O panorama em que vivemos atualmente, pelas razões que todos sabem, é o de que, enquanto muitos se cuidam, fazendo o isolamento social, outros em suas inocências ou irresponsabilidades, aglomerados e sem máscaras, sem receio do amanhã, abarrotam as ruas e praças sem nenhuma necessidade, dificultando a descendência do pico do vírus letal. E em plena ascensão do inimigo invisível, o presidente Bolsonaro, achando pouco, resolve vetar a obrigatoriedade de máscaras no comércio e nas igrejas, e ao mesmo tempo acometido da Covid-19, rejeitando assim, a realidade. Aliás, ele tentou esconder seu estado de saúde o quanto pôde. É um negacionista convicto.
Esses passantes que estão nas ruas de forma desnecessária, estão comemorando o que? Mais de 70 mil mortes? Mais de um milhão e meio de contaminados pela Covid-19? Será que eles não sabem, que os responsáveis por mais da metade das mortes mundiais por esse inimigo invisível são Estados Unidos, México e Brasil?
Basta entender que em diversos países do mundo, e não apenas no Brasil, grande número de pessoas saem às ruas depois de pelo menos três meses de quarentena, e mesmo assim, já estão tendo que recuar, involuir. Citamos como exemplo, certas áreas na Espanha, e do toque de recolher estabelecido em Miami. Não há dúvida também, de que a contaminação expandiu-se em Paris, quando da realização daquele festival de música que atraiu milhares de pessoas.
Portanto, quem sai às ruas de forma inconveniente, está comemorando, repetimos, o que?
Só se for a descoberta de que essa peste escancarou também a extrema pobreza e, sobretudo, a desigualdade com que convivemos nos dias de hoje, em nosso país.
Enquanto isso, a nossa economia e as contas públicas estão no universo da imprevisibilidade, assim como o mercado, pois não se sabe quantas empresas conseguirão sobreviver à crise. Basta dizer que o presidente do Banco Central confessou que o cenário é devastador, mas ao mesmo tempo, afirma enxergar uma possível melhora. Sem esquecer que o déficit na Previdência deve se acentuar, e que milhares de trabalhadores já perderam o emprego. O nosso futuro está cada vez mais incerto. E esse quadro sombrio, também está afetando fortemente, é claro, outros países, pois segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o novo coronavírus representa a “maior ameaça à economia global desde a crise financeira de 2008.
Assim sendo, para passar essa crise, bom seria se essas pessoas, só saíssem de casa quando extremamente necessário, ou do contrário só quando inventarem a vacina. O fato de estarmos entrando num processo de flexibilização, não significa que já é possível colocar o pé no acelerador.
Não queremos ser exemplo, mas há mais de quatro meses que somos um membro absolutamente disciplinado do grupo de risco — fazemos tudo que nos mandam fazer, não saímos de casa, lavamos as mãos o dia inteiro, usamos máscara e álcool em gel sempre que necessário.
Por favor, continuem em casa!!!