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MENTIRAS SINCERAS NÃO ME INTERESSAM… leia o novo artigo de Marcos Thomaz

Sabadão qualquer desses. Família toda em casa. Céu azul e sol a pino, daqueles convites inadiáveis para uma praia em João Pessoa…

Lá estávamos nós, a caminho… Antes, parada para abastecer e aproveito para ir a uma loja de grãos na conveniência montar o tradicional kit de amendoim, castanha e todas estas guloseimas praianas!

Eu juro, quando adentrei aquele recinto meu único objetivo era comprar uns aperitivos básicos para um tradicional dia de praia…

Mas eis que essa maldição nacional me persegue e atormenta. Falo desta praga da ignorância que contaminou o país de forma muito mais virulenta que qualquer coronavírus…

Logo de cara, antes de fazer o pedido, escuto o proprietário em seu carioquês, ainda mais chiado que TV fora do ar (já perceberam que carioca, ou nordestino que se debanda para o Rio, força ainda mais o sotaque quando está em outra localidade? Pois vejam, ou como diz a “entidade” Gilberto Gil: “procurem saber”.

Derivações a parte, vou retomar… o carioca, paramentado com a camisa do Fluminense bradava com outro cliente, amigo, seja lá o que for:

-Está provado, cara. Sério, já foi provado que o Cid Gomes, lá, foi quem atirou nele próprio, naquele trator. Não foi nenhum policial, não…

No que o interlocutor, assentindo, responde:

-É, eu sei!  Nem vi sangue, foi tudo forjado.

Eu, mantinha-me calado (jurei me poupar destas arengas inglórias e percebi ser completa perda de tempo debater com quem quer mergulhar nas trevas). Além do mais, nem havia sido chamado na conversa de lunáticos, digo terraplanistas, digo olavistas, ô bolsonaristas… ah, esta seita que reúne tudo  e nada ao mesmo tempo!

Mas, alto lá, eu não havia sido chamado até então…

eis que um simples meneio de cabeça do segundo personagem da conversa, o coloca em minha direção…

Olhando hoje, agora, bem que pode ter sido apenas um movimento involuntário, mas me pareceu um claro convite, indagação, naquela linha: – o que você acha? Eu juro que, quase ouvi isso e olha que nem queria participar do “muído”… jamais!

Logo, devidamente convidado, não titubeei.  E sem deixar a peteca cair, arrematei:

– Vocês acreditam, aliás elegem um presidente por conta de uma facada, envolta em várias suspeitas, mas afirmam categoricamente que o episódio mais claro, explícito, envolvendo opositor é mentira?!?! Pra piorar, vale lembrar que se tratava do grupo responsável pelo maior sistema de fake news e mentiras desta pobre República tupiniquim… Enfim, essa facada é a coisa menos relevante que está posta aí… fato é que nesta terra arrasada chamada Brasil, cada um acredita no que lhe convêm. Vejam vocês, por exemplo… triste Brasil!!

Neste momento, um cidadão ainda oculto, até então pra mim ausente no ambiente, encurva o corpo sentado em uma cadeira, que estava encoberta pelo mostruário do balcão. Ele simplesmente sorri com entusiasmo e satisfação em minha direção. Estas linguagens corporais, que bastam aos que se entendem…

Compra paga, sacola em mãos, assim pude seguir de alma já lavada para curtir a brisa leve e o mar de águas quase termais do Cabo Branco, afinal como diz a canção do amigo Patativa apesar de tudo, “a vida (ainda é) boa a beira-mar em João Pessoa” .

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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