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Ruy Carneiro afirma que Temer terá a chance de se tornar um estadista

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O presidente do PSDB na Paraíba, Ruy Carneiro, afirmou que o vice-presidente da República, Michel Temer, terá a chance de se tornar um estadista, ao assumir a presidência, caso se confirme a aprovação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que será votado hoje no Senado Federal. Para Ruy, não há dúvida que o Brasil vive hoje um dia histórico, que marcará o final da era PT no governo.

 

“O vice-presidente Temer já sinalizou positivamente ao decidir cortar ministérios indicando que tomará medidas de austeridade, que é o que o País está precisando e o povo brasileiro cobrando. Com isso ele começa bem, mas é importante lembrar que as políticas sociais precisam ser mantidas e os direitos preservados”, declarou o tucano.

 

Ruy disse que reconhece que a tarefa não é fácil, mas cabe ao sucessor de Dilma encontrar uma fórmula para conseguir implementar uma política econômica que resgate o Brasil da crise em que está mergulhado e devolva a credibilidade do País.

 

“Mais que isso, o governo precisa controlar a inflação para que a dona de casa retome seu poder de compra. Será necessário algumas medidas duras, que só um governante com espírito de estadista terá a coragem de tomar. Se ele for por esse caminho entrará para a história e, no futuro, mesmo os que hoje não o apoiam terão que reconhecer sua importância nesse governo de transição”, avaliou.

Maranhão ressalta que votou em Dilma, lembra de quebra de acordo com o PT e vota pela saída da presidenta

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Ao ocupar a tribuna do Senado nesta quarta-feira, o senador José Maranhão considerou lamentável estar presenciando, pela segunda vez, o julgamento de impeachment de um Presidente da República.  Mas destacou que, no momento, o Brasil atravessa uma das piores crises da História. Ele lembrou que foi testemunha presencial das últimas quatro crises que assolaram a vida pública nacional: a que resultou no suicídio de Getúlio; a renúncia de Jânio Quadros e deposição de João Goulart; o parlamentarismo e depois volta ao presidencialismo; e o processo de impeachment do presidente Collor de Mello.

 

“Esta é uma crise que tem repercussões profundas na nossa economia, destroçando uma posição que parecia definitiva para o nosso País, e que está, neste momento, caminhando para uma solução, mas que é traumática. Porém, na política, como na vida fisiológica, quando se tem um quisto ou um tumor, não há solução sem sangue. O sangue aqui é a contrariedade do povo brasileiro, que está nas ruas reclamando, porque sofrendo e pagando a maior conta”, ressaltou o senador, ao destacar os brasileiros que atribuem a perda de seus empregos às consequências de uma política econômica que não deu certo. “As consequências sociais são evidentes, com programas que foram instituídos debaixo do aplauso de toda a Nação brasileira e que, de repente, estão se esvaindo e deixando as pessoas frustradas”.

 

Na opinião do senador, não há dúvidas da relação de causa e efeito entre o que está acontecendo com as finanças do Brasil e a crise. “Com a inflação que já está batendo às portas com uma força muito grande e que, se não for detida, nós vamos viver dias piores do que aqueles que vivemos antes do governo Sarney. Quase 12 milhões de desempregados! Os sistemas de saúde e de educação começam a se desorganizar de uma forma que incomoda muito a população. A população que está na rua clamando por mudanças e que, certamente, tem a consciência social do que está acontecendo, está sentindo os efeitos mais gravosos desta crise e, legitimamente, é essa população que tem o direito de clamar por mudanças na vida econômica, na vida social e, sobretudo, na vida política brasileira”. José Maranhão também rebateu argumentos de que seria golpe cassar o mandato de uma Presidente legitimamente eleita. “Eu sou insuspeito para isso, porque votei no primeiro e no segundo turnos na Presidente Dilma Rousseff”, disse, ao lembrar, porém, que disputou a eleição para o Senado mesmo depois da quebra de um acordo entre o seu Partido, PMDB, e o PT. “Quebraram o acordo faltando poucos dias para a realização das convenções. Mas, mesmo assim, mantive os compromissos que havia firmado com a direção nacional do meu Partido e do PT”.

 

José Maranhão admitiu um sentimento de tristeza em verificar a decepção com o governo Dilma. “Peço desculpas aos eleitores da Paraíba que me ouviram e por isso sufragaram o nome da Presidente Dilma Rousseff”. Ele disse que analisou cuidadosamente os argumentos da denúncia, as alegações da defesa e o parecer do relator, Senador Antônio Anastasia (PSDB/MG). Ao concluir que há indícios suficientes para o prosseguimento do processo de impeachment, o senador citou a abertura de crédito suplementar, mediante decreto, que infringiu dispositivo expresso da Lei Orçamentária;  a ofensa aos artigos 85 e 167 da Constituição Federal; e a contratação ilegal de operação de crédito com instituições financeiras controladas pela União.

 

“Já ouvi muitas vezes o argumento, que eu acredito falacioso, de que não se podia cassar o mandato de uma Presidente que teve uma votação de mais de 43 milhões de votos. Esse é um argumento que só pode servir às ditaduras – as ditaduras começam sempre por uma eleição. Porque quando o eleitor vota em algum candidato para algum cargo, o eleitor não está dando uma procuração em branco para esse candidato se desviar de seus compromissos, sobretudo o compromisso maior com a lei e com a Constituição do País, e fazer do mandato tudo aquilo que ele entende; para seguir os caminhos que lhe aprouvessem. O senso jurídico e o senso político da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Constituição brasileira, que é a Lei Maior, não concordam com esse tipo de argumento nem autorizam ninguém, por maior que tenha sido a sua vitória, por mais expressiva que tenha sido a sua votação num pleito, a desviar-se do caminho da democracia e do caminho da Constituição”, concluiu José Maranhão, ao defender a continuidade do processo de impeachment no Senado.

TCE-PB aprova prestações de contas anuais de nove prefeitos paraibanos

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TCE envia a gestores decisão sobre irregularidade de pagamento a agentes públicos afastados

O Tribunal de Contas da Paraíba, reunido nesta quarta-feira (11), emitiu parecer favorável à aprovação das contas anuais de nove prefeitos paraibanos. Foram eles os de Bananeiras (Douglas Lucena Moura de Medeiros), Condado (Caio Rodrigo Bezerra Paixão), Santa Terezinha (José de Arimateia Nunes Camboim), São José do Sabugi (Iracema Nelis de Araújo Dantas), Boqueirão (João Paulo Barbosa Leal Segundo), Matureia (Daniel Dantas Wanderley) e Emas (José William Segundo Madruga), referentes ao exercício de 2013.

O do município de Pedro Régis (José Aurélio Ferreira) teve a aprovação das contas de 2014, o mesmo ocorrendo com as de idêntico exercício apresentadas pelo presidente da Câmara Municipal de Serra Redonda, vereador Antonio Anselmo Tavares de Pontes. Também foram aprovadas, desta vez em grau de recurso, as contas do ex-prefeito de Queimadas (José Carlos Sousa Rego, exercício de 2011).

REPROVAÇÃO – A Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer teve dois dirigentes no exercício de 2010. O TCE aprovou, com ressalvas, as contas atinentes à gestão do ex-secretário Francisco de Assis Silva e desaprovou as do período do ex-gestor Cristiano Zenaide Paiva, a quem impôs o débito de R$ 650.148,36 por serviços de execução não comprovada e gastos excessivos com transporte estudantil. Ainda cabe recurso da decisão tomada conforme voto do conselheiro Fábio Nogueira, relator do processo.

Conduzida pelo vice-presidente André Carlo Torres Pontes (no exercício da presidência, em razão de viagem institucional do titular Arthur Cunha Lima), a sessão plenária teve as participações dos conselheiros Nominando Diniz, Fábio Nogueira, Fernando Catão e Marcos Costa. Também, dos conselheiros substitutos Antonio Cláudio Silva Santos, Antonio Gomes Vieira Filho, Renato Sérgio e Oscar Mamede Santiago Melo. O Ministério Público de Contas esteve representado pela procuradora geral Sheyla Barreto Braga de Queiroz.

 

Ascom/TCE-PB

 

Teori Zavascki nega pedido do governo para anular impeachment

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O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (11)pedido do governo para anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com a decisão, o Senado poderá manter a votação que poderá decidir pelo afastamento de Dilma do mandato, caso os senadores aprovem a instauração do processo.

Zavascki foi sorteado relator do caso na noite desta terça, horas após a Advocacia Geral da União (AGU) protocolar a ação. Segundo a assessoria da Corte, ele passaria a noite analisando o pedido do governo.

O mandado de segurança aponta que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment, em dezembro, em retaliação a Dilma, após a bancada do PT na Câmara decidir votar a favor da abertura do processo de cassação do deputado no Conselho de Ética.

 

G1

Rômulo Gouveia critica falta de planejamento e investimentos da Cagepa em Campina Grande

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O deputado federal Rômulo Gouveia (PSD) usou a tribuna da Câmara Federal, nesta terça-feira (10), para relatar a crise hídrica que a Paraíba enfrenta, cobrar ações dos governos executivos e criticar a falta de planejamento e investimento da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) em Campina Grande, destacando que a cidade pode entrar em colapso total de abastecimento.

 

“Chegamos a um ponto que por conta da redução do volume de água do Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), a Cagepa, só tem como garantir o abastecimento de Campina Grande até o começo do ano de 2017. O açude hoje está com 9,8% (nove vírgula oito por cento), ou seja, 40.145.808m³ (quarenta milhões, cento e quarenta e cinco mil, oitocentos e oito metros cúbicos) de sua capacidade máxima que é 411.686.287m³ (quatrocentos e onze milhões, seiscentos e oitenta e seis mil, duzentos e oitenta e sete metros cúbicos) e está prestes a atingir o seu volume morto”, revelou o deputado, relatando a situação crítica que enfrenta uma das cidades mais importantes do interior nordestino.

 

O deputado criticou a falta de atenção da Cagepa com Campina Grande e relatou os investimentos que o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) esta tendo que fazer: “A população de Campina Grande tem sido vítima do descaso e da falta de investimentos por parte da Companhia, que não aplica os recursos arrecadados em prol da segurança hídrica local. Infelizmente, diante dessa triste situação, o prefeito terá que fazer um investimento de R$ 10 milhões (dez milhões de reais)  numa adutora destinada a atender ao futuro Complexo Aluízio Campos, maior conjunto habitacional em construção no Brasil, com 4.100 residências”.

 

Gouveia lembrou que um levantamento da Prefeitura ponta que a Cagepa deve ao município um montante de R$ 499 milhões (quatrocentos e noventa e nove milhões de reais). O deputado destacou que concessão da Companhia está vencida e, por isso, a administração municipal estuda uma solução para o problema.

 

Lembrando que Campina Grande é uma cidade de 450 milhões de habitantes, Rômulo Gouveia cobrou ações efetivas para amenizar a crise hídrica que a região enfrenta: “A Cagepa, lamentavelmente, mesmo neste atual cenário de crise hídrica, não tem, sequer, um plano “B” para o possível colapso d’água em Campina Grande. É preciso celeridade nas obras hídricas desenvolvidas pelo governo estadual e a realização de outras ações que garantam o abastecimento de água, sobretudo Campina Grande, que sofre com a escassez do Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), responsável pelo abastecimento de Campina e outros municípios do Compartimento da Borborema”.

Murilo Galdino propõe reformulação de lei e conta de energia pode ficar mais baixa

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O vereador Murilo Galdino propôs há exatamente um ano, a reformulação de uma lei com o objetivo e reduzir o valor da tarifa de energia elétrica em Campina Grande, mas que ainda não foi votada. Na sessão desta terça-feira (10), na Câmara Municipal de Campina Grande, a matéria estava na pauta, mas a maioria dos vereadores saiu antes do término da sessão, inviabilizando a apreciação da propositura. A expectativa do líder do PSB no legislativo campinense é de que a matéria seja votada nesta quarta-feira (11).

O vereador Murilo Galdino (PSB) fez uma convocação aos colegas, nesta quarta-feira (13) durante sessão da Câmara Municipal, para que sejam corrigidos erros cometidos por eles em 2013, quando aprovaram uma lei que transferiu para a Prefeitura de Campina Grande, a responsabilidade pela iluminação pública. Ele apresentou propõe alterações na CIP (Contribuição de Iluminação Pública), o que na prática resultará em baixa no preço da energia para os consumidores de Campina Grande.
Com aprovação da Lei 5.401 de 2013 que alterou uma lei de 2002 e elevou a CIP, e os recentes aumentos nas tarifas de iluminação pública, promovidos pela ANEEL, o vereador explicou que as taxas ficaram ainda mais altas para a população.

Para reparar o problema e reduzir o valor final da energia para o consumidor de Campina, Murilo propõe a reformulação da Lei 5.401 de dezembro de 2013, estendendo a faixa de isenção, que passa dos atuais 60kw para 80kw. “Só esta mudança já possibilita que uma maior parcela da população seja isenta desta tarifação”, disse.

Murilo Galdino propôs também que a CIP não ultrapasse os 10% para imóveis residenciais e 15 % para imóveis não residenciais. Na lei anterior, o percentual era de 18% e 20%, respectivamente do consumo efetivo de energia de cada contribuinte. “A intenção é minimizar impacto das altas que tivemos nas tarifas de energia elétrica”, disse o vereador.

“Lamento que apesar de estar na pauta de hoje, nossa propositura não foi votada porque muitos vereadores saíram do plenário antes do término da sessão e faltou o quórum necessário, o que é uma pena porque só quem sofre é a população de Campina Grande. Esperamos que amanhã haja sensibilidade dos colegas para a apreciação de uma matéria que é de interesse da coletividade”, disse.

Na próxima segunda, Ricardo Marcelo se filia ao PMDB e diz que quer colaborar com a construção partidária

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O deputado estadual Ricardo Marcelo se filia na próxima segunda-feira (16) ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). O evento será realizado na sede da legenda, localizada na avenida Duarte da Silveira, nº 751, no Centro de João Pessoa, a partir das 10 horas. “Ingresso ao PMDB para somar e para ajudar na construção e fortalecimento da estrutura partidária”, afirmou o parlamentar.

Ricardo Marcelo está em seu quarto mandato como deputado estadual e encontrava-se sem partido. “Parei e avaliei os convites que me foram feitos e decidi pela filiação ao PMDB, pela história que a legenda tem e pela possibilidade de desenvolver um trabalho diferenciado lá dentro”, comentou.

O parlamentar contou que tem muitos amigos dentro do PMDB, a exemplo do senador José Maranhão, responsável pelo convite para ingressar na legenda. De acordo com ele, dentro do partido se tem bons quadros e uma estrutura adequada para desenvolver um trabalho em defesa do povo paraibano.

“Acredito na política como instrumento de transformação da sociedade. Decidi concluir o meu mandato dentro do PMDB, pois acredito em suas ideologias e admiro os seus quadros e a sua forma democrática de agir. Dentro de um partido é preciso que todos tenham vez e voz e é assim que funciona a legenda”, comentou.

Perfil – Administrador de empresas, Ricardo Marcelo está no seu quarto mandato como deputado estadual. Em sua primeira eleição, no ano de 2002, obteve 17 mil votos. Na segunda, em 2006, foi reeleito com uma votação 70% maior que a do primeiro mandato. O terceiro mandato foi conquistado com 35 mil votos no pleito de 2010. Na eleição passada foi reconduzido ao posto com 45.061 votos.

Ricardo Marcelo foi presidente da Assembleia por duas legislaturas. No comando do parlamento, se destacou pela defesa da autonomia do Poder, pela modernização da infraestrutura administrativa, além da valorização do servidor.

Apostou sempre diálogo para o encaminhamento das demandas da sociedade e como o melhor instrumento de preservação da autonomia e harmonia entre os poderes, usou a verba de publicidade para campanhas educativas. Ele comandou o ‘SOS Seca Paraíba’, um movimento suprapartidário com o objetivo de chamar a atenção do Governo Federal para ações emergenciais e duradouras sobre a convivência com a seca.

IMPEACHMENT NO SENADO: Renan rejeita pedidos para suspender votação

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O presidente do Senado, Renan Calheiros, indeferiu uma série de pedidos da base governista para suspender a sessão de votação do pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A primeira questão de ordem, apresentada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), requeria a paralisação da sessão até que o Supremo Tribunal Federal decida sobre recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) nesta terça-feira (10).

O recurso citado é um mandado de segurança em que a defesa da presidente Dilma Rousseff alega que o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceitou a denúncia em “desvio de finalidade”. Na semana passada, o Supremo afastou Cunha do mandato de deputado federal e da Presidência da Câmara.

No documento, a AGU pede que sejam anulados todos os atos praticados por Cunha desde o recebimento da denúncia contra ele pelo STF, em março deste ano, até a autorização final do plenário da Câmara dos Deputados para abertura do processo de impeachment.

A análise está sendo feita pelo relator, ministro Teori Zavascki.

Ao rejeitar o pedido, Renan Calheiros lembrou que a Câmara dos Deputados decidiu pela admissibilidade do processo e disse que o Senado deve cumprir o que lhe manda a Constituição, e não esperar uma decisão do Supremo.

— A Câmara dos Deputados já autorizou o processamento no âmbito do Senado Federal, e a Denúncia nº 1, de 2016, chega hoje à última etapa do juízo de admissibilidade, com a votação da matéria. Evidentemente, só cabe ao Senado Federal, neste momento, cumprir o seu múnus constitucional, e não antecipar a eventual deliberação do Supremo Tribunal Federal, se sequer se sabe se ele acolherá as razões ou não da senhora Presidente da República — disse Renan.

Questionamentos

Renan Calheiros rejeitou ainda outras quatro questões de ordem. Em uma deles, Lindbergh Farias (PT-RJ) pedia a suspensão do processo até análise das contas de Dilma de 2015. Renan acolheu a decisão já proferida pela Comissão do Impeachment sobre o assunto.

O presidente do Senado também negou procedimento de questão de ordem de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que pedia a suspeição do relator do processo de impeachment, Antonio Anastasia (PSDB-MG). Segundo Vanessa, o pedido de impeachment foi apresentado por pessoas ligada ao PSDB, o que inviabilizaria a relatoria de um membro do partido.

Renan Calheiros indeferiu ainda questão de ordem de Fátima Bezerra (PT-RN). A senadora apontou irregularidade no processo por ausência de resolução da Câmara comunicando decisão sobre o processo. Renan lembrou que a comunicação se deu por ofício como no julgamento do então presidente Fernando Collor, em 1992.

Chicana

Senadores de oposição criticaram as tentativas da base governista de atrasar o processo e afirmaram que todas as questões de ordem já foram resolvidas anteriormente pela Comissão Especial do Impeachment.

—  São matérias vencidas — disse o senador Alvaro Dias (PV-PR).

O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), chamou a atitude dos parlamentares governistas de “manobra procrastinatória”. Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acusou o governo de apelar para “chicanas”.

Lindbergh rebateu as acusações afirmando que o governo não apresentou as questões de ordem parar atrasar o processo, mas sim porque elas servirão de base para futuros questionamentos no Supremo Tribunal Federal.

Agência Senado

Foto de Pedro França (AS)

Maranhão recua e decide revogar decisão de anular sessão do impeachment

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O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu ainda na noite desta segunda-feira (10) revogar a decisão de anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Maranhão assinou dois ofícios, um com a decisão da presidência da Câmara e outro destinado ao presidente do Senado, Renan Calheiros. O texto do documento sobre a decisão tomada diz o seguinte:

“Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016 por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre a Denúncia por Crime de Responsabilidade n.1/2015”.

No documento destinado a Renan Calheiros, Waldir Maranhão apenas comunica oficialmente a revogação da decisão de anular a sessões dos dias 15, 16 e 17 de abril.

 

 

Cassação de Delcídio será votada amanhã, e impeachment começa a ser votado na 4ª

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Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) conduz a análise de cinco projetos de resolução autorizando operações de crédito de estados e União com instituições financeiras internacionais

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deu aval nesta segunda-feira (9) para o plenário da Casa votar o parecer do Conselho de Ética que pede a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). A votação no plenário, com participação de todos os senadores, está marcada para ocorrer nesta terça-feira (10).

A reunião ocorreu no plenário principal do Senado, e não na sala em que a comissão geralmente se reúne. A mudança ocorreu porque foi aprovada uma urgência, logo após a leitura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, para que o caso de Delcídio seja definitivamente decidido pelo Senado nesta terça.

Ao tentar agilizar a votação do caso de Delcídio, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) argumentou que teria dificuldade para colocar em votação o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, prevista para começar na quarta-feira (11).

O senador Delcídio do Amaral responde a processo por quebra de decoro parlamentar por tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato. O Conselho de Ética decidiu pela cassação do mandato do senador, mas o relatório precisava do aval da CCJ, que analisa se o processo no conselho cumpriu os dispositivos legais.

O parecer da CCJ, elaborado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), afirmou que não houve vícios no processo durante tramitação no Conselho de Ética. O relatório foi aprovado por unanimidade pelos membros da CCJ.

Votação inicialmente adiada
Mais cedo, a CCJ do Senado adiou a votação do relatório que trata da constitucionalidade do parecer do Conselho de Ética que pede a cassação de Delcídio do Amaral. No plenário, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reclamou da decisão e disse que não caberia à CCJ produzir provas, somente analisar esses aspectos técnicos do parecer.

Renan também falou que seria muito difícil marcar a sessão para votar a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma sem antes resolver a questão de Delcídio. A dificuldade, segundo Renan, seria convocar uma votação da admissibilidade do impeachment –  um processo posterior ao da cassação de Delcídio, que teve início em dezembro – antes da votação da perda de mandato de Delcídio.

Mais cedo, nesta segunda, foi lido no plenário um resumo do parecer da comissão especial do impeachment que recomenda a abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff pela Casa. Com a leitura, a votação poderá ocorrer na quarta-feira (9).

Após a fala de Renan sobre o possível atraso da votação do processo de impeachment, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou um requerimento de urgência para votar o parecer da CCJ em plenário, o que possibilitou a nova sessão com membros do colegiado que aprovou o parecer sobre Delcídio.

Delcídio na CCJ
Mais cedo, nesta segunda, Delcídio prestou depoimento à CCJ e pediu “desculpas” pelo constrangimento que causou aos senadores. Ele também criticou a celeridade do processo que o investiga no Conselho de Ética do Senado. O parlamentar disse, ainda, que não roubou nem desviou dinheiro público.

“Eu não roubei, não desviei dinheiro, não tenho conta no exterior. Estou sendo acusado de que? De obstrução de Justiça. E obstrução de Justiça quando eu, como líder do governo, inadvertidamente, volto a repetir, peço desculpas, errei, mas agi a mando”, disse o senador sem explicar quem ordenou que ele obstruísse a Justiça.

Depois, em entrevista a jornalistas, Delcídio do Amaral disse que, como era líder do governo, agia sob ordens da presidente da República, Dilma Rousseff, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A sessão da CCJ chegou a ser suspensa após os senadores aprovarem um requerimento que pedia informações adicionais sobre o processo contra Delcídio que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). O adiamento da votação do parecer acabou sendo criticado por Renan Caheiros.

Mais tarde, o próprio presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB) reconheceu que os documentos adicionais solicitados ao STF não seriam obtidos porque estão sob segredo de justiça.

 

Globo.com