O processo para liberação da antecipação do valor de R$ 2 milhões ao Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, já está em tramitação em caráter de urgência e o recurso deve ser creditado o mais breve possível. A medida autorizada pelo governador João Azevêdo tem o objetivo de viabilizar a continuidade dos serviços oncológicos oferecidos pela unidade hospitalar a mais de 160 municípios da região, que têm a FAP como principal referência em oncologia.
Desde o final do ano passado, a unidade vem enfrentando dificuldades para a realização de cirurgias no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, atualmente, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mantém um convênio no valor de R$ 5 milhões por ano.
“A antecipação desse recurso vai evitar que os pacientes fiquem desamparados até que a situação seja regularizada. Nós temos o compromisso de garantir o funcionamento da rede de oncologia da Paraíba. Essa medida ajudará diretamente quem luta contra o câncer e precisa prosseguir com o tratamento”, ressaltou.
O secretário também mencionou a importância de uma gestão compartilhada no Hospital da FAP. “É fundamental que o Estado e os municípios trabalhem juntos, especialmente em momentos críticos como este, a fim de que o paciente, que já vive um momento difícil em decorrência do câncer, tenha assegurado o acesso a todos os serviços que lhes são necessários”, pontuou Ari Reis.
Assistência oncológica – O Governo da Paraíba tem realizado uma série de investimentos para fortalecer a rede de oncologia no estado. Uma das políticas públicas implantadas é o Programa Paraíba Contra o Câncer, que com uma abordagem integrada e humanizada, estruturou e ampliou a rede de atenção ao paciente oncológico, com o diagnóstico precoce e melhor eficiência no tratamento, atendendo à população de todas as regiões.
Em apenas um ano, o Paraíba Contra o Câncer realizou 5.470 atendimentos entre consultas, exames de diagnóstico, biópsias, tratamentos e cirurgias, com um investimento superior a R$ 21 milhões no custeio de hospitais públicos, além da expansão dos serviços nos hospitais da rede estadual para viabilizar cirurgias, quimioterapia, entre outros procedimentos da assistência em oncologia.