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A PORTA DO SOL DAS AMÉRICAS – Leia Demétrius Faustino

A cidade cercada por belezas exuberantes, e que combina de forma única o encanto das praias com a riqueza cultural e histórica, proporcionando uma experiência memorável para os seus visitantes, completa neste 05 de agosto de 2023, exatamente 438 anos, reunindo o passado e o presente em harmonia, preservando suas raízes, numa história de amor escrita pelo tempo.

Conhecida por ser o lugar a receber os primeiros raios solares no Brasil, essa cidade bastante arborizada, tendo a acácia como uma árvore-símbolo, nascida as margens do rio Sanhauá, tem parte de seu território no ponto mais oriental das Américas, e o local onde o sol nasce primeiro.  E aqui na porta do sol das Américas, ainda há ambientes para o ser humano viver passeios livres, prazerosos e turísticos.

Nas ruas, encontramos o pulsar da vida, a alegria e hospitalidade contagiantes dos paraibanos, sem esquecer que quem visita João Pessoa leva consigo a memória de sorrisos sinceros e abraços calorosos.

Quem melhor define a capital da Paraíba são as crônicas de Gonzaga Rodrigues, pois é através dessas publicações impressas, digitais, que conhecemos as singularidades do lugar, onde através delas também é possível identificar memórias, críticas e observações tanto do povo, quanto de sua cultura e os espaços físicos da cidade. E através do lirismo e da construção pessoal, suas crônicas vão desenhando a imagem da cidade, principalmente do cotidiano, que é o maior combustível para o processo de criatividade e inovação do cronista.

Gonzaga compreende e sente a alma da cidade, pois sua participação, ainda que como espectador das vivências de seu espaço o diferencia dos demais. E essa é uma consciência que ele, ainda que de maneira arisca, consegue ter. O que ele entende por “daqui a algum tempo” já chegou.

Como todo sertanejo seguimos a estrada para morar em João Pessoa, e já pré-adolescente chegamos tangido pela vontade e ânsia de estudar, e quase a nossa vida inteira aqui estamos e se estabelecemos. Com o passar do tempo adquirimos uma simbiose quase umbilical com João Pessoa. Hoje, assuntos variados vão compondo uma verdadeira colcha de retalhos em nossas memórias.

Temos lembranças, por exemplo, das casas com seus quintais de árvores imensos, fazendo da cidade um grande pomar de cajueiros, mangueiras, pés de fruta-pão, e assim também eram povoadas as ruas e praças, que, com o tempo, ficaram desapegados da história.

Lembranças das lendas urbanas a exemplo da recomendação de muitas pessoas em relação a nadar na lagoa do Parque Sólon de Lucena. Diz a lenda que quem desobedece a tal advertência e se aventura nas águas, acaba sugado e absorvido pelo lodo. Acredita-se que essa lenda foi criada após um acidente, ocorrido em um feriado de 7 de setembro na década de 70. Nele, 25 pessoas morreram, entre elas, 19 crianças. A lenda diz ainda que os espíritos ainda habitam o local.

Outra lenda é contada há alguns anos na cidade, que é a existência de um suposto túnel subterrâneo na Igreja de São Francisco, que fica no centro histórico de João Pessoa. Diz a lenda que era um canal que ligava a igreja até o porto de Cabedelo e seria uma rota de fuga.

Passado o tempo João Pessoa cuja paisagem era formada por uma expressiva existência de residências familiares, devido a especulação imobiliária esse cenário foi aos poucos sendo modificado, dando espaço as construções de alto padrão.

Já não há mais lenda urbana, mas a cidade continua bela.

João Pessoa, 05 de agosto de 2023.

Thaysa Videres
Thaysa Videres
Jornalista - Assessora de Comunicação - Repórter do PautaPB / [email protected]

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