O imbróglio envolvendo o rumo do Podemos na Paraíba e o encontro com o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) foram as duas posturas adotadas pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) que contribuíram para o distanciamento do parlamentar com o governador João Azevêdo (Cidadania). A afirmação foi feita pelo deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) ao comentar as especulações sobre o possível racha entre o senador e o governador com vistas às eleições de 2022.
“Antes tenho que dizer é que se Veneziano ficar na base vai ter minha alegria e meu contentamento, porque foi nele que votamos para senador em 2018. Se me perguntarem se eu vou me dar o direito de passar a agredir o senador veneziano, eu digo não vão contar comigo. Eu não tenho por que agredir porque não sou inimigo nem adversário, não tenho mágoa, nem razão para atacá-lo, agora venhamos e convenhamos, a respeito da postura quando houve o distanciamento. Primeiro houve a história do Podemos que ele não gostou achando que houve uma articulação do governo para lhe subtrair o podemos. Com quem eu conversei sustentaram que não, que o motivo do Podemos procurar a base foi que o presidente não gostou e eu também não gostaria quando Veneziano assumiu o comando do MDB e havia expectativa do Podemos que ele, pela expressão estadual e nacional, viesse a comandar o Podemos, e o outro foi a história do encontro com Cássio, que depois os dois negaram”, pontou.
Hervázio ainda disse que não é porque Veneziano é aliado que ele deve ter lugar garantido na chapa. “Não, claro que não (que Veneziano não deveria ter garantido lugar na chapa). Garantido? Óbvio que não. Eu não estou falando em nome do governador. Ele tem espaço dentro do governo, na chapa não porque só existem duas vagas cobiçadas”, defendeu.