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Charlie Watts, o homem que “jogava de terno” – No texto de Marcos Thomaz

No futebol, que também é arte em estado bruto, tem um jargão popular que diz que “fulano joga, ou jogava de terno” para se referir ao estilo de determinado jogador, “classudo”, elegante, extremamente técnico.

 

A transposição da definição para a música “cai como uma luva” no baterista dos Rolling Stones, Charlie Watts, que nos deixou esta semana.

 

Watts, literalmente, tocava de terno, em todos os sentidos.

 

Na vestimenta alinhada, na alta costura, e no estilo técnico, preciso, sempre refinado.

 

O homem que deu pulsação, irrigou a sonoridade dos Rolling Stones por nada menos que seis décadas.

 

O líder das baquetas stoneanas, aliás, forma ao lado de Ringo Star, aquele de um certo grupo chamado Beatles, uma dupla de bateristas fora do padrão “espetaculoso”, ruidoso, acelerado e furioso do rock”n roll. Econômicos,ambos muitas vezes, foram até criticados pela aparente simplicidade.

 

Em Watts, especificamente, há a questão básica do tempo sonoro. Uma marca e cronômetro próprio, que tornam a simplicidade e suavidade estilística dele em algo extremamente complexo em ser reproduzido fidedignamente. Oriundo do jazz, absorveu o rock e deu nova essência ao estilo mais universal dentre todos.

 

A partida do oitentão, Charlie Watts, leva também um pouco da aura do rock. Junto aos companheiros de Stones formaram o mais longevo e lucrativo grupo de todos os tempos , talvez, a maior banda do estilo da história.

 

No legado de influências sobre outros artistas, nos riffs marcantes, lendas míticas únicas de Keith Richards, na presença incendiária de um dos maiores frontmans, Mick Jagger, na lealdade discreta de Ronie Wood, na altivez impertubável de Charlie Watts.

 

Mas a rotina de uma banda sexagenária faz até um elegante senhor “descer do salto”, digo “amarrotar o paletó”. Em um dos inúmeros episódios megalomaníacos do líder Jagger, Watts perdeu as estribeiras e, para marcar seu próprio território, desferiu um soco contra o colega turnês e estúdios, apenas por ter sido chamado de “meu baterista”.

 

Obrigado, Watts, obrigado Stones. Viva a imortalidade do Rock!

 

SE LIGA NO AUMENTA

 

Mas o que é que tem a ver Glauber Rocha (estampado na imagem que ilustra o texto), futebol (citado no começo do texto) e Charlie Watts?? Calma, juventude. No AUMENTA tudo tem a ver e se não tiver a gente bate no liquidificador e processa. Tanto o stonerquanto o baiano do Cinema Novo serão celebrados no programa desta semana. As homenagens se estendem também ao guitarrista e produtor Paulo Rafael, inclusive com execução de um de seus últimos trabalhos, na condução musical do paraibano Severino. Cola o ouvido no alto falante e AUMENTA a partir das 20 horas na Rádio Tabajara FM 105,5, pela internet, ou através do AumentaCast nas principais plataformas de streaming.

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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