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Pré-candidato a prefeito de João Pessoa diz que vota a favor do impeachment

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O pré-candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB e deputado federal Manoel Júnior disse em nota que ‘vota a favor do impeachment da presidente Dilma’.

Nota

Amigos e amigas paraibanos,

Vivemos um momento delicado em nosso país e que exige coragem, firmeza e equilíbrio em nossas decisões. Precisamos construir um novo horizonte de esperanças para as gerações futuras e lhes mostrar que ainda é possível mantermos a dignidade na política.

O pais está estarrecido pela onda de corrupção, falta de zelo com o bem público, e em todos os recantos clama por uma atitude renovadora de nossas Instituições. O povo nas ruas pede mudanças.

Depois de analisar profundamente a peça acusatória e me debruçar atentamente sobre a defesa da presidente Dilma Rousseff (PT) recepcionei o parecer do relator da comissão de impeachment da Câmara de Deputados, Joavir Arantes (PTB-GO). Na segunda-feira (11), me posicionarei pela admissibilidade de seu voto e, posteriormente, votarei a favor da saída da presidente da República do cargo.

Jamais poderia me posicionar contra o povo brasileiro, o sentimento de indignação da sociedade é grande. O impeachment da presidente é desejável por mais de 70% da população, por isso entendo que Dilma Rousseff deve se afastar do cargo, pois só assim a nossa Nação voltará aos trilhos do desenvolvimento.

Manoel Junior

Deputado Federal – PMDB/PB

Vereador convoca reunião do PPS para tratar das eleições de 2016

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O presidente do PPS em João Pessoa, vereador Bruno Farias, anunciou a convocação do Diretório e dos pré-candidatos da sigla a uma vaga no Legislativo Municipal para a próxima quinta-feira (14), às 17h, no hotel Hardman, para deliberar sobre a posição da legenda nas eleições do dia 2 de outubro deste ano.

Segundo o vereador, um acordo no partido tinha definido, anteriormente, que após os prazos para as novas filiações partidárias o PPS iria se reunir para ouvir as opiniões dos diretorianos, filiados e quem vai disputar as eleições este ano. “Estou cumprindo agora com o que foi acertado. A hora é de definições e queremos ouvir, democraticamente, os que fazem o PPS da Capital para saber que rumos tomaremos na disputa eleitoral de 2016”, afirmou Bruno.

Abaixo segue a íntegra do edital de convocação:

CONVOCAÇÃO

 

O presidente Municipal do PPS de João Pessoa, com base nas atribuições concedidas pelo Estatuto do Partido Popular Socialista, convoca todo o Diretório Municipal, além dos pré-candidatos a vereador e demais filiados para Reunião Ordinária a ser realizada no dia 14 de Abril de 2016 (quinta-feira), às 17h00 horas, no Salão Potiguar do Hotel Hardman Praia, situado na Av. João Mauricio, 1341, Manaíra, em João Pessoa, capital da Paraíba, para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:

1.    Informes Gerais;

2.    Posicionamento do Partido com relação ao pleito eleitoral de 2016;

3.  Apresentação das datas do calendário eleitoral e as novas regras eleitorais;

4. Apresentação dos candidatos a vereador pelo PPS em João Pessoa;

 

                 Atenciosamente, 

 

                                         Bruno Farias de Paiva

                    Presidente Municipal do PPS em João Pessoa

 

João Pessoa, 7 de Abril de 2016

 

Clementino Itinerante leva serviços de saúde a Pedro Régis neste sábado

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O Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga, unidade integrante da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realiza, neste sábado (9), várias ações de saúde, com caráter educativo e preventivo. O Programa Clementino Itinerante vai atender à população do município de Pedro Régis e os serviços estarão disponíveis no Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade.

A equipe do Clementino Itinerante estará presente no local, das 8h às 16h, disponibilizando testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites virais. Haverá também a verificação de pressão arterial, testes de glicemia, além da distribuição de preservativos masculino, feminino e material educativo. A Companhia da Saúde e do Sorriso do CHCF também levará, com toda sua irreverência, uma mensagem de saúde de forma educativa para o público em geral.

De acordo com a diretora-geral do Complexo Clementino Fraga, Adriana Teixeira, o Programa Clementino Itinerante tem o objetivo de levar o serviço de saúde pública até onde a população está. “O nosso serviço, por meio do atendimento e das orientações que fazemos nas comunidades e municípios da Paraíba têm um foco: levar uma saúde de qualidade até aqueles que não possuem acesso a esses meios. O Clementino Itinerante foi criado com esse intuito”, enfatizou Adriana Teixeira.

Paraíba perde versão impressa de um dos jornais mais importantes do Estado

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O presidente da Rede Paraíba de Comunicação, Eduardo Carlos, divulgou nota onde anuncia, após 45 anos em circulação, o fim da versão impressa do Jornal da Paraíba, um dos mais importantes veículos de comunicação do Estado.

De acordo com a nota, o periódico deixa de circular a partir da próxima terça-feira (12).

Segue abaixo a íntegra da nota emitida pela Rede Paraíba de Comunicação sobre o fim do Jornal da Paraíba.

Caros colaboradores,

A partir da próxima terça-feira (12/04), o Jornal da Paraíba deixa de circular em sua edição impressa. O seu conteúdo migrará para o formato digital.

A decisão de interromper a circulação impressa segue uma tendência mundial, resultado do crescimento das plataformas digitais. Mas, também, está relacionada ao agravamento da atual crise brasileira, que atinge o setor produtivo em seus mais diversos segmentos.

Suspender a circulação impressa de um jornal com quase 45 anos não foi uma decisão fácil. Sabemos do papel desempenhado pelo Jornal da Paraíba, da sua história, do seu compromisso com o desenvolvimento do nosso Estado. Como sabemos de que modo uma decisão como esta atinge o capital humano que empresta sua força de trabalho ao crescimento das nossas empresas. Mas foi necessário fazê-lo.

Não vou mencionar nomes para não cometer injustiças. Expresso aqui o nosso agradecimento a todos, mas todos mesmo, os que, ao longo dessas quatro décadas e meia, fizeram o Jornal da Paraíba ser o que ele é. E torço, muito sinceramente, para que os que nos deixam reencontrem o seu lugar no mercado de trabalho.

Atenciosamente,

Eduardo Carlos
Presidente da Rede Paraíba de Comunicação

Bancada do PSB na Câmara dos Deputados decide apoiar impeachment de Dilma

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A bancada do PSB na Câmara dos Deputados divulgou nota, nesta quinta-feira (7), na qual apoia o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. A decisão foi aprovada durante reunião com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e será levada para a Comissão Executiva Nacional, que deliberará sobre a posição do partido na próxima segunda-feira (11).
Leia a nota na íntegra:
NOTA DA BANCADA DO PSB NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
 
Brasília (DF), 7 de abril de 2016
 
A Bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara dos Deputados decidiu, em reunião com a Presidência Nacional da Legenda, apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que ora tramita na Câmara dos Deputados.
 
Tal decisão se deve a razões de ordem política, inquestionáveis, tendo Sua Excelência perdido completamente a condição de liderar uma retomada, diante da desastrosa gestão do País, que nos levou a uma crise profunda; bem assim, a razões jurídicas que autorizam, nesta fase, a abertura de processo, pois o seu julgamento será realizado no Senado Federal.
 
Esta posição será defendida na reunião da Comissão Executiva Nacional do PSB que acontece na próxima segunda-feira (11), em Brasília.
Portal do PSB

 

Comissão do Impeachment começa discussão do relatório nesta sexta

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A discussão está prevista para iniciar às 15 horas, mas o presidente da comissão, Rogério Rosso, se reúne com os líderes partidários às 11 horas, para tentar um consenso quanto aos procedimentos. O relatório deverá ser votado apenas na segunda-feira (11), a partir das 17 horas.

A Comissão Especial do Impeachment vai começar a discutir o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), nesta sexta-feira (8), às 15 horas. O presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), anunciou que os trabalhos poderão se estender pela madrugada de sábado e que não será convocada nova reunião até segunda-feira, data da votação do parecer.

Antes do início das discussões, Rosso se reúne com os líderes partidários às 11 horas, para tentar um consenso quanto aos procedimentos.

Segundo Rogério Rosso, todo esforço é no sentido do cumprimento do prazo máximo de cinco sessões para a emissão do parecer pela comissão, que vence na próxima segunda-feira (11).

Até agora, a secretaria da comissão especial contabilizou 108 inscritos e 25 líderes para debater o relatório, o que, pelo tempo de cada orador, totalizaria 27 horas e meia de discussão.

Divergência sobre o rito
O líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), sustentou que o rito definido pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Regimento da Câmara não preveem o funcionamento da comissão nos finais de semana. “A decisão judicial e o regimento rezam dias regulares. Essa atipicidade, em um caso tão importante como esse, joga para a desestabilização. Nós temos que obedecer a regra: sexta e segunda de manhã conclui; e segue durante a semana. Votação durante a semana, como sempre foi.”

Já o líder do PSDB, deputado Antonio Imbassay (BA), defende a continuidade dos trabalhos no fim de semana. “A situação do Brasil é de excepcionalidade, há uma comoção social e todos querem ver esse processo encerrado. Essa colocação do PT de que a Constituição e o Regimento não sugerem que se trabalhe dia de domingo, é brincadeira! Tem que trabalhar. Tanta gente trabalha domingo, por que nós não podemos trabalhar sábado, domingo, notadamente num momento como este?”

A comissão especial do impeachment não realizou sessão nesta quinta-feira por conta do pedido de vista conjunta feito após a leitura do relatório no dia anterior.

O prazo de duas sessões do Plenário se encerra nesta sexta-feira. O relatório deverá ser votado apenas na segunda-feira (11), a partir das 17 horas.

Agência Câmara

Vereador participa de evento e vira atração em Mandacaru

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O vereador Santino (PMN) participou de um evento público ao lado do prefeito Luciano Cartaxo no bairro de Mandacaru, em João Pessoa, e virou uma verdadeira atração à parte.

A população fez uma verdadeira ‘tietagem’ com Santino, querendo tirar selfies e cumprimentando o parlamentar.

Santino agradeceu o carinho a recepção popular e disse que “sempre teve essa aproximação com a população porque é uma pessoa do povo”.

TCE-PB responsabiliza ex-prefeito de Cabedelo por irregularidades em obras de Intermares

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O ex-prefeito de Cabedelo, José Francisco Régis, vai ter que ressarcir aos cofres da prefeitura o montante de R$ 216.490,62, decorrente de excesso de gastos em obras de melhoramento e pavimentação no sistema viário do bairro de Intermares. Essa foi a decisão da 1ª Câmara Deliberativa do Tribunal de Contas da Paraíba, que na manhã desta quinta-feira (07), apreciou uma extensa pauta de julgamento com mais de 400 processos, entre os quais, prestações de contas, inspeções especiais, licitações e contratos, denúncias, recursos e atos de pessoal.

O relator do processo foi o conselheiro substituto, Antônio Gomes Vieira Filho, que no relatório destacou inspeçãoin loco realizada no município e a defesa do ex-prefeito, que não apresentou subsídios suficientes para rebater as irregularidades apontadas pelo órgão técnico do TCE. O mesmo entendimento foi exarado no parecer do Ministério Público de Contas, evidenciando-se que a Auditoria anexou aos autos fotos que confirmam os fatos constatados e em confronto com os argumentos da defesa.

O colegiado ainda julgou pela irregularidade do processo licitatório na modalidade pregão presencial, realizado pela prefeitura municipal de Cruz do Espírito Santo, destinado à locação de veículos. De acordo com o voto do relator, conselheiro Fernando Catão, o município não apresentou documentos que justifiquem a contratação, bem como a regularidade fiscal dos participantes. O gestor ainda foi multado em R$ 8.800,00. Do mesmo modo, também foi considerada irregular uma licitação na modalidade Convite, da Prefeitura de Pocinhos, processo 16234/12.

Nesse caso, o convite se destinou à locação de veículo de tipo caminhão com carroceria aberta e capacidade para 7 toneladas, destinado à limpeza urbana do município. A auditoria constatou que não foi feito o levantamento do quantitativo de lixo a ser recolhido, nem mesmo o custo do serviço a ser contratado. Por outro lado, evidenciou-se que a pesquisa de preços realizada não permite aferir se o preço está compatível com os valores de mercado.

Na relatoria do conselheiro Marcos Antônio Costa, a Câmara considerou legais os processos de regularização de vínculo funcional dos agentes de saúde, contratados excepcionalmente pelas prefeituras municipais de Monteiro e Serra Branca. Os candidatos foram submetidos aprovados em processo seletivo público.

Cautelar – Constante na pauta de julgamento, foi referendada uma Medida Cautelar, expedida pelo conselheiro Renato Sérgio Santiago Melo, para suspender o processo licitatório, modalidade Pregão Presencial, nº 20/2016, promovido pela Prefeitura Municipal de São João do Rio do Peixe.

Na denúncia, o impetrante, Jacob Muniz Medeiros, alega a carência de disponibilização do edital do certame em sítio eletrônico ou em veículo de circulação nacional, observando que “ somente poderia ter acesso ao ato convocatório na sede da comuna”. O relator concedeu um prazo de 15 dias ao prefeito José Airton Pires de Souza, para apresentar esclarecimentos acerca de denúncia encaminhada ao TCE.

A 1ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba é presidida pelo conselheiro Fábio Túlio Nogueira e realizou sua 2.650ª sessão ordinária. Foram agendados 431 processos. Completam o colegiado os conselheiros Fernando Rodrigues Catão, Marcos Antônio Costa, Renato Sérgio Santiago Melo (substituto) e Antônio Gomes Vieira Filho (substituto). Pelo Ministério Público de Contas atuou o procurador Luciano Andrade Farias.

 

Ascom/TCE-PB

Adriano Galdino diz que Assembleia está aberta às políticas de desenvolvimento rural sustentável

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O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, participou na noite desta quarta-feira (6) da abertura da 2ª Conferência Estadual de Assistência e Extensão Rural e na Reforma Agrária. Na ocasião, o deputado ressaltou que a Assembleia Legislativa está aberta a acolher demandas do setor na condição de parceira que produz leis que beneficiam o homem do campo com base na promoção do desenvolvimento rural sustentável.

Adriano Galdino relatou que uma comissão representativa do segmento irá apresentar aos deputados na ALPB propostas de políticas públicas para a agricultura familiar.

O presidente da Assembleia destacou ainda a importância de se produzir alimentos saudáveis. “É fundamental discutir as políticas públicas para se melhorar a qualidade dos alimentos. Está na hora de se começar a produzir alimentação de forma responsável, mais planejada para que o homem tenha  saúde, daí a necessidade desses debates sobre agroecologia”, pontuou.

Por meio de um vídeo o ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, apresentou sua mensagem aos participantes. “Nós queremos produzir alimentos em quantidade e qualidade e que efetivamente promovam a saúde e vida das pessoas, para isto é preciso investir na pesquisa e na extensão”, declarou.

O secretário de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Lenildo Morais, representou o governador Ricardo Coutinho no evento. Ele afirmou que a conferência estadual é a segunda etapa de um modelo de controle social que já vem sendo adotado no Brasil e na Paraíba, “que é justamente fazer com que todas as políticas relativas à assistência técnica e extensão rural possam ser debatidas gestores, por agricultores e pelos movimentos sociais também”. Aqui no estado aconteceram 15 conferências territoriais ou regionais. Na 2ª Conferência Estadual serão eleitos os 40 delegados que irão a Brasília participar da 2ª Conferência Nacional.

Já o diretor de assistência técnica do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marenilson Batista, ex-secretário de Agricultura da Paraíba destacou que “depois dessa conferência a assistência técnica precisa ter a marca da responsabilidade pela produção de alimentos saudáveis. Não dá mais para produzir com veneno”.

O delegado do MDA na Paraíba, Gonzaga Júnior, afirmou que a agricultura familiar  é um grande pivô de desenvolvimento no estado e no país “e para isto a assistência técnica hoje deve ser voltada para a inovação com tecnologias sociais também onde a  gente possa consolidar a questão da produção de alimentos com qualidade, além de garantia de créditos e de comercialização”.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf-PB), Ednaldo Leite, existe a necessidade de mais infraestrutura no campo para benefício das pequenas propriedades como saneamento, estradas, créditos, comercialização e reforma agrária, distribuição de sementes na hora certa. Disse que os governos têm ajudado mas preciso muito mais e para isto os agricultores precisam de melhor organização. “a conferência é importante, está reunindo pequenos produtores, o  governo e a sociedade civil, então é fundamental a gente estar na mesma sala discutindo os problemas que não são somente dos agricultores mas da sociedade como um todo”.

O evento reúne até esta sexta-feira (8), no Centro de Convenções do Garden Hotel, cerca de 200 pessoas e representantes de organismo diretamente envolvidos com o tema “Ater, agroecologia e alimentos saudáveis”. São agricultores, pescadores, povos indígenas, quilombolas, mulheres, jovens e gestores públicos.

A realização é do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds).
Mais de 22 mil pessoas participaram das conferências municipais e territoriais e agora acontecem as conferências estaduais  preparatórias da conferência nacional que acontecerá em Brasília. O evento nacional, marcado para ocorrer de 31 de maio a 3 de junho, em Brasília, deve reunir mil pessoas de todo o Brasil para discutir políticas rurais.

Relator dá parecer favorável a processo de impeachment de Dilma

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O relator da comissão especial do impeachment da Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (PTB-GO), apresentou nesta quarta-feira (6) parecer favorável (LEIA A ÍNTEGRA) à abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Na conclusão (veja ao final desta reportagem) do parecer, de 128 páginas, ele diz que a denúncia, de autoria dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaina Paschoal, preenche “todas as condições jurídicas e políticas” para ser aceita.
No parecer, o relator avalia somente a “admissibilidade” do processo, isto é, se reúne os requisitos mínimos para ser instaurado. Na hipótese de o plenário da Câmara aprovar a abertura do processo, o julgamento do impeachment será feito posteriormente pelo Senado.

“Uma vez que a Denúncia preenche todas as condições jurídicas e políticas relativas à sua admissibilidade, e que não são pertinentes as diligências, a oitiva das testemunhas e a produção de provas ao juízo preliminar desta Casa, sendo relacionadas ao juízo de mérito, vale dizer, à procedência ou improcedência da acusação, conclui o Relator pela admissibilidade jurídica e política da acusação e pela consequente autorização para a instauração, pelo Senado Federal, do processo por crime de responsabilidade”, escreveu o relator no texto.

Após a divulgação do relatório, o G1 procurou a assessoria do Palácio do Planalto, que, até a última atualização desta reportagem, não tinha informado se irá se manifestar.

Atribuições do relator

No texto, o relator explica que cabe a ele e à comissão analisar:
– se há na denúncia elementos informativos que indiquem atentado à Constituição;
– se há elementos mínimos de “prova” que dão lastro à acusação e indicam, em tese, o cometimento de crime de responsabilidade;
– se a acusação é vazia, temerária, ou infundada a ponto de comprometer a viabilidade de eventual processo;
– se os fatos analisados seriam de gravidade suficiente para justificar a instauração do processo;
– se, considerados os argumentos da defesa técnica da presidente, subsistem a gravidade dos fatos narrados e os elementos de prova que acompanham a denúncia

‘Pedaladas fiscais’

Um dos principais pontos em que o relatório se baseia para justificar a abertura do processo são as chamadas “pedaladas fiscais”, nome dado ao atraso do repasse pela União aos bancos públicos do dinheiro para pagamento de pagar benefícios sociais de diversos programas federais. A prática é interpretada por alguns como um empréstimo dos bancos ao Tesouro, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Jovair Arantes sustentou que os atrasos nos repasses do Tesouro Nacional para os bancos públicos “não eram apenas meros atrasos ou aceitáveis descompassos de fluxos de caixa, mas constituíram engenhoso mecanismo de ocultação de déficit fiscal, com valores muito expressivos a partir de 2013”.

O relator diz ainda que “a continuidade e a magnitude da prática”, assim como a “notoriedade e a repercussão” desde as primeiras discussões no âmbito do Tribunal de Contas da União, “podem caracterizar o dolo da sua conduta, assim como a prática de crime de responsabilidade, no decurso do atual mandato”. Segundo o deputado, os atrasos são empréstimos à União, o que pode, sim, configurar crime de responsabilidade.

Em outro trecho do documento, o relator afirma que o Poder Legislativo “não permitirá a usurpação de sua função mais importante” que é o de fazer o controle político das finanças públicas.

“As condutas da Denunciada, a princípio, violentam exatamente essa missão constitucional do Poder Legislativo, em grave ruptura do basilar princípio constitucional da separação dos Poderes, além de por em risco o equilíbrio das contas públicas e a saúde financeira do País, com prejuízos irreparáveis para a economia e para os direitos mais fundamentais dos cidadãos brasileiros”, diz o deputado.

“Enfim, segundo a minha análise, a magnitude e o alcance das violações praticadas pela Presidente da República constituíram grave desvio dos seus deveres funcionais, com prejuízos para os interesses da Nação e com a quebra da confiança que lhe foi depositada. Tais atos justificam a abertura do excepcional mecanismo do impeachment”, afirma.

Créditos suplementares

Arantes também aponta como justificativa para o processo de impeachment a abertura de créditos suplementares, por decreto, sem autorização do Congresso.

“Não se tratam de atos de menor gravidade”, registrou Arantes. Segundo ele, há “sérios indícios de graves e sistemáticos atentados a princípios sensíveis da Constituição Federal, mais precisamente a separação dos poderes, o controle parlamentar das finanças públicas, a boa gestão dos dinheiros públicos e o respeito às leis orçamentárias”.

Segundo o relator, a edição dos decretos, ampliando despesas, somente seria admitida sob a condição de que a meta fiscal estivesse sendo cumprida, para não contrariar a Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, ele destaca que “a meta fiscal em vigor na data de edição dos decretos estava comprometida”.

Ele alega que a presidente “tinha conhecimento do caráter proibitivo e da ilicitude da conduta” porque em 2015 já havia um debate público acerca do tema. Jovair Arantes considerou ter havido ainda “sérios indícios de conduta pessoal dolosa” (intencional) da presidente ao desrespeitar a competência do Congresso em controlar as finanças públicas e as leis orçamentárias.

Para Jovair Arantes, ao editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso, num total de R$ 2,5 bilhões, em 2015, Dilma usurpou competência do Legislativo de fazer o controle do Orçamento. O deputado afirmou ainda que o Congresso se viu “constrangido” a aprovar a revisão da meta fiscal de 2015, autorizando rombo de R$ 119,9 bilhões.

“Os fatos mostram sérios indícios de inconstitucionalidade, ilegalidade e irresponsabilidade fiscal, negando-se a vigência e eficácia do art. 4º da Lei Orçamentária, e, por consequência, atentando contra o Poder Legislativo, que se vê constrangido, diante do fato consumado e, no intuito de evitar o colapso das contas públicas, a aprovar uma meta fiscal que passa a depender, em última instância, da vontade exclusiva da Presidente da República”, disse.

Atos anteriores ao mandato

No parecer, Jovair Arantes afirmou que Dilma também pode ser responsabilizada por atos cometidos em seu primeiro mandato e que estejam listados na denúncia de Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.
Segundo ele, há jurisprudência no sentido de que, desde que os atos tenham sido cometidos na função de presidente, pode haver punição em mandato posterior.

“Em nosso entendimento, a interpretação mais fiel à vontade constitucional deve ser no sentido de possibilitar a responsabilização do Chefe do Poder Executivo por atos cometidos em qualquer um dos dois mandatos consecutivos, desde que ainda esteja no exercício das funções presidenciais”, sustentou o relator.

Apesar de defender esse posicionamento, Jovair Arantes disse que só considerou no relatório trecho da denúncia relativo a 2015, para evitar questionamentos e por considerar as acusações “suficientes” para instaurar o processo.

“A primeira razão é o intuito de evitar eventual alegação de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, até mesmo porque a Defesa nada disse sobre esses fatos. A segunda é porque, nos termos em que a Denúncia foi supostamente recebida pelo Presidente da Câmara dos Deputados, no entendimento deste Relator, já existem motivos suficientes para a formação de juízo desta Casa”, disse o deputado.

Ao acolher o pedido de impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), só considerou acusações relacionadas ao segundo mandato de Dilma, por entender que ela não poderia ser responsabilizada por fatos ocorridos antes. Cunha destacou na semana passada, porém, que a comissão especial poderia discordar dele e considerar acusações relativas a 2014. Já deputados do PT alegam que o colegiado precisa se ater aos termos da decisão de Cunha.

‘Golpe”

No documento, Jovair Arantes contesta a afirmação dos movimentos contrários ao impeachment de que o processo enfrentado por Dilma seria um “‘golpe’ contra a democracia”.

“Com todo o respeito, ao contrário! A previsão constitucional do processo de impeachment confirma os valores democráticos adotados por nossa Constituição. Se fosse ‘golpe’ não estaria em nossa Lei Maior”, diz o deputado.

“Desde que respeitadas as suas balizas democráticas, o processo do impeachment não é golpe de Estado, na exata medida em que ele objetiva preservar os valores ético-jurídicos e político-administrativos consagrados na Constituição Federal de 1988”, afirma.

Arantes cita trechos de entrevistas dos ministros do Supremo Tribunal FederalDias Toffoli e Carmen Lúcia que disseram não considerar que o impeachment seja um golpe.

O documento também traz exemplos de pedidos de impeachment “formulados por correntes políticas que, hoje, dizem que se trata de “golpe”, mas que, no passado, legitimamente, pediram o impedimento do Presidente da República” da época, entre eles deputados do PT e do PCdoB, que formularam pedidos para afastar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Não é porque a Denunciada foi eleita legitimamente, pelo voto popular, com mais de 54 milhões de eleitores, que estaria ela beneficiada por um salvo conduto para praticar quaisquer atos, ainda que nocivos ao País e, principalmente, contrários à lei e à Constituição”, continua o deputado.

Votação

A expectativa é que a votação do relatório de Jovair Arantes na comissão especial do impeachment aconteça só na segunda-feira (11). Se o parecer for aprovado na comissão, terá de seguir para votação no plenário, onde são necessários pelo menos 342 votos dentre os 513 deputados para que a abertura do processo seja autorizada. Se autorizada, o processo segue para o Senado, que é a instância julgadora, responsável por determinar se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade.

Após a leitura do parecer, será concedido pedido de vista coletivo (mais tempo para os deputados analisarem) no prazo de duas sessões legislativas. Esse prazo terminará na próxima sexta-feira (8), quando, a partir das 15h, terá início a etapa de discussão do parecer.

Todos os 65 integrantes titulares e os 65 suplentes da comissão terão direito a discursar durante 15 minutos cada um. Além disso, deputados que não são membros e que estiverem inscritos também poderão falar por dez minutos cada.

O presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), tentou fazer um acordo com os líderes partidários para reduzir o tempo dos discursos, uma vez que, somadas, as falas dos integrantes da comissão somariam mais de 32 horas.

No entanto, não houve consenso, e o mais provável é que sejam convocadas sessões para sábado ou domingo para que todos possam discursar.

A decisão sobre isso só será tomada na sexta-feira à tarde conforme o número de inscritos para discursar. O prazo para os parlamentares se inscreverem começa às 14h desta quarta e termina quando a sessão começar, na sexta.

As discussões serão encerradas às 17h de segunda-feira, quando deverá ter início a votação do parecer. Para que o parecer seja aprovado na comissão, basta maioria simples. Se não for aprovado, um relator será nomeado na hora para elaborar outro parecer contrário.

No dia seguinte à votação na comissão, o resultado da votação na comissão será publicado no “Diário Oficial da Câmara”.
Depois de transcorrido o prazo de 48 horas, a proposta de impeachment será incluída na pauta do plenário principal para ser votada por todos os deputados.

Para que o processo seja aberto e possa seguir para deliberação pelo Senado, são necessários pelo menos 342 votos favoráveis, dentre os 513 deputados.
G1