Sessenta pacientes que aguardavam na fila de regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) foram beneficiados pelo mutirão de cirurgias realizado neste fim de semana no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). A ação atendeu 60 pacientes, sendo 24 com cirurgias endovasculares e 36 cirurgias dermatológicas para tratar câncer de pele, com foco no tratamento de doenças graves, prevenção de complicações e redução do tempo de espera por procedimentos especializados.
Referência do SUS em cirurgia vascular na Paraíba, o Hospital São Vicente de Paulo concentra atendimentos de alta complexidade e tem papel estratégico no tratamento de doenças vasculares que colocam em risco a vida e a integridade dos pacientes, como os casos de obstrução arterial com risco iminente de amputação.
O mutirão integra a adesão do hospital ao Programa Agora Tem Especialistas, iniciativa do Ministério da Saúde voltada à ampliação do acesso a atendimentos especializados no SUS, especialmente em áreas com alta demanda reprimida.


Entre os procedimentos realizados, a arteriografia associada à angioplastia tem papel decisivo no salvamento de membros em pacientes com Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), condição que provoca o fechamento progressivo das artérias e pode levar à amputação.
“A arteriografia permite diagnosticar e tratar a doença arterial obstrutiva periférica, que causa o fechamento das artérias. Com esse procedimento, conseguimos restabelecer o fluxo sanguíneo e, em muitos casos, salvar o membro do paciente, evitando a amputação”, explicou o chefe da Cirurgia Vascular do Hospital São Vicente de Paulo, Manoel Ricardo.
Atendimento intensivo e acompanhamento ministerial
No primeiro dia do mutirão, a ação foi acompanhada pelo presidente do Instituto Walfredo Guedes Pereira (IWGP), mantenedor do hospital, Geraldo Guedes Pereira Filho, pelo secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, Jérzey Timóteo Ribeiro, entre outros, que foram ver de perto os atendimentos e a estrutura montada para o mutirão.
“Temos o orgulho de concluir mais um mutirão de cirurgias que representa não apenas uma ação de alívio imediato para nossos pacientes, mas também um passo importante no fortalecimento da nossa missão de oferecer saúde de qualidade a todos que precisam. Ao longo deste fim de semana, realizamos dezenas de procedimentos essenciais, ajudando a reduzir as filas e oferecendo um atendimento especializado a quem estava aguardando há meses,” afirmou o presidente do IWGP, Geraldo Guedes Pereira Filho.
“Agradeço imensamente aos profissionais, voluntários e parceiros que tornaram isso possível, reafirmando nosso compromisso com a saúde pública e com a vida dos cidadãos que confiam no Hospital São Vicente de Paulo,” destacou Geraldo Guedes Pereira Filho.
Parcerias e ampliação do acesso
A iniciativa é resultado da articulação entre o hospital, o Ministério da Saúde e entidades filantrópicas, com o apoio institucional da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Segundo o secretário adjunto da SGTES/MS, Jérzey Timóteo Ribeiro, a proposta é ampliar o modelo para outros hospitais, e novos mutirões já estão previstos para o primeiro trimestre do próximo ano. “Esse é apenas o começo. Já temos outro mutirão programado até março, e a tendência é que as próximas edições sejam ainda maiores. Essa adesão crescente mostra que estamos no caminho certo”, destacou.
Humanização e impacto direto na vida dos pacientes
Para familiares e pacientes, o mutirão representa mais do que números: significa alívio, esperança e qualidade de vida. Um dos pacientes atendidos corria risco iminente de perder o pé e até a perna, mas teve o membro preservado após o procedimento vascular realizado durante o mutirão.
“Havia um risco muito sério de amputação. Com a arteriografia e a angioplastia, foi possível limpar as artérias e restabelecer o fluxo sanguíneo. Fomos acolhidos por uma equipe extremamente humanizada. Só temos gratidão a Deus e ao Hospital São Vicente de Paulo”, relatou Leonardo Madeiro, filho e acompanhante do paciente Manoel Madeiro.
O mutirão contou ainda com a participação do vice-presidente do IWGP, Ricardo Duarte, diretora administrativa do HSVP, Sônia Delgado, assessora técnica do HSVP, Flávia Marques, deputado estadual, Luciano Cartaxo, assessor institucional do Ministério da Saúde, Adalberto Fulgêncio, gerente executiva da Regulação Estadual, Lidiane Nascimento e o coordenador do Opera PB, Dr Emmanuel Vinícius.











