A cidade de João Pessoa liderou a geração de empregos – em termos proporcionais – entre as capitais do Nordeste, no mês de setembro, com saldo positivo de 2.314 novos postos de trabalho – resultante de 11.038 admissões e 8.724 desligamentos, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo positivo na capital paraibana representa 38% dos empregos gerados na Paraíba (6.084), estado que obteve o terceiro maior crescimento proporcional (1,1%) do número total de trabalhadores, entre as 27 Unidades Federativas.


Com relação ao mês de setembro deste ano, João Pessoa ampliou o estoque total de trabalhadores em 1,04%, o melhor resultado entre as demais capitais nordestinas. Em seguida, estão Aracaju (0,91%), Maceió (0,81%) e Teresina (0,77%). Apenas Recife registrou resultado negativo (-0,24%). Em números absolutos, João Pessoa teve o terceiro melhor desempenho, com saldo de 2.314 empregos. A liderança ficou com Fortaleza (3.507) e Salvador (2.471), cidades com populações bem maiores. A capital pernambucana teve saldo negativo de 1.396 empregos.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Bruno Farias, o desempenho positivo de João Pessoa referente à geração de empregos resulta de um modelo de gestão ativa, que busca resultados, com atração de empresas e captação de parcerias para oferta de empregos, por meio do Sistema Nacional de Emprego de João Pessoa (Sine-JP).


“João Pessoa tem um ambiente favorável à geração de negócios. Aqui, os investidores encontram rapidez na abertura de empresas, com redução de burocracia, trabalhadores capacitados e mercado consumidor em alta. Temos uma economia forte no comércio e no setor de serviços, sobretudo, na área de turismo, que envolve os segmentos de bares, restaurantes e hotelaria, entre outros”, comentou Bruno Farias.
Sobre o Sine-JP, o dirigente destacou sua importante função na geração de empregos, com seu papel de intermediação. Além do trabalho diário na busca de parceiros para oferta de empregos, são realizados os Feirões de Empregabilidade, ao longo do ano. “Encaminhamos trabalhadores que têm capacidade para assumir vagas e, aqueles que ainda não estão prontos, direcionamos para capacitações”, pontuou.
Setores – O grande destaque do mês de setembro foi o desempenho do setor de serviços, que registrou saldo de 1.723 empregos, o que representa 74,46% do resultado total da cidade. As demais atividades econômicas registraram os seguintes desempenhos: comércio (312), construção civil (257) e indústria (23). Na agropecuária houve um saldo negativo de um posto de trabalho.


Acumulado do ano – No acumulado de janeiro a setembro de 2025, João Pessoa liderou isoladamente a geração de empregos entre as capitais nordestinas. Com saldo de 12.936 novos postos de trabalho, houve um crescimento de 6,08% no estoque total de trabalhadores na cidade. Na sequência da lista de melhores desempenhos estão São Luís (4,8%) e Teresina (4,37%). No tocante aos números absolutos, os melhores resultados são os de Salvador (27.683), Fortaleza (22.146), Recife (16.452) e São Luís (15.218). João Pessoa está na quinta posição.
O secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, João Bosco, destacou que, nos últimos meses, a cidade de João Pessoa tem conquistado excelentes resultados. “Em âmbito do Nordeste, lidera com distância a geração de empregos no acumulado do ano, em relação ao segundo colocado, que foi a cidade de São Luís. O setor de comércio tem apresentado resultados progressivos ao longo do ano e o de serviços está sempre em alta. Também vale destacar a construção civil, que tem dado uma grande contribuição nos anos de 2024 e 2025, com aquecimento do setor”, avaliou.
A força da indústria de João Pessoa também pode ser avaliada pelo parque industrial das cidades vizinhas, como Cabedelo, Conde e Santa Rita, que estão instaladas nessas localidades pela proximidade com a Capital, que tem um grande mercado consumidor dos produtos. “João Pessoa é o motor dessa locomotiva, representando uma média de 30% dos resultados de todo o estado da Paraíba”, contextualizou João Bosco.
Estoque total de trabalhadores – Com o preenchimento de novos postos de trabalho em setembro, a cidade de João Pessoa passou a contar com um estoque total de 225.621 trabalhadores formais, distribuídos pelos seguintes setores: serviços (130.027), comércio (48.992), construção civil (29.032), indústria (16.703) e agropecuária (870).
Desde o início da gestão do prefeito Cícero Lucena, de janeiro de 2021 até setembro de 2025, a cidade de João Pessoa cresceu com 60.766 novos postos de trabalho. “Em 57 meses de governo do prefeito Cícero Lucena, em apenas quatro houve saldo negativo na geração de empregos, o que é um resultado excelente”, avaliou João Bosco.
Micro e pequenas empresas – O secretário-executivo ainda destacou a importância das micro e pequenas empresas na geração de empregos, um segmento diretamente atendido pelas duas Salas do Empreendedor administradas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest). Os espaços disponibilizam serviços de formalização, emissão de documentos, capacitação, orientação para acesso a crédito e gestão de negócios. As Salas estão localizadas na Rua Diogo Velho, 150, Centro, e no Centro Cultural de Mangabeira – Avenida Josefa Taveira, 1777, Mangabeira.
“A grande maioria das empresas no Brasil são micro e pequenas. Nosso trabalho com esse segmento e com os empreendedores individuais é que não gerem oportunidades apenas para o titular do negócio, mas que ampliem a capacidade produtiva, gerando mais empregos. João Pessoa tem um laço forte com essas empresas e realizamos um grande trabalho em parceria com o Sebrae, o que repercute nos números favoráveis da geração de empregos”, explanou João Bosco.
Perspectivas – As perspectivas para os próximos meses também são positivas, podendo estender-se para o ano seguinte, conforme explicou João Bosco. “Teremos as contratações de final de ano, para o comércio e o setor de serviços, considerando a alta estação do turismo, e a expectativa é que até metade dessas vagas mantenha-se em 2026, tendo em vista que o Carnaval será no início do ano. Podemos manter o nível do emprego em alta até metade de 2026, passar por período de estabilidade e depois voltar a crescer novamente”, estimou.



 
                                    








