A política de Cabedelo voltou a ferver nos últimos dias. Um documento que circula em grupos de WhatsApp mostra uma procuração assinada por Flávio de Lima Monteiro, conhecido como “Fatoka”, apontado pelas autoridades como integrante de uma facção criminosa que atua na Paraíba. No documento, Fatoka nomeia como suas representantes legais Alana Cordeiro e Cynthia Denize Silva Cordeiro – respectivamente esposa e sogra do presidente da Câmara Municipal, Edvaldo Neto.
A revelação acontece às vésperas do julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode resultar na cassação do prefeito André Coutinho (Avante). O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) vai analisar o recurso apresentado pela defesa do gestor, que tenta reverter a decisão de primeira instância.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) sustenta que André Coutinho teria sido beneficiado por pessoas ligadas ao crime organizado durante a campanha eleitoral, inclusive empregando indicados de “Fatoka” quando ainda presidia a Câmara Municipal.
A defesa do prefeito nega as acusações e afirma que ele foi eleito com 66% dos votos, determinando, após a posse, a exigência de certidões criminais negativas para todos os servidores. Também destaca que Cynthia Cordeiro, sogra de Edvaldo Neto, foi exonerada do cargo de secretária municipal de Políticas Públicas para as Mulheres.
Caso a cassação de André Coutinho seja mantida, Edvaldo Neto assumirá interinamente o comando da Prefeitura de Cabedelo. A possível ligação de familiares do vereador com um investigado por tráfico, no entanto, já levanta preocupação entre agentes políticos da cidade, que acreditam que o Ministério Público pode abrir novas apurações sobre o caso.

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