Em entrevista concedida nesta quinta-feira (19) à Rádio Arapuan FM, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) reforçou que ainda é cedo para o grupo governista definir os nomes que irão compor a chapa majoritária para as eleições de 2026. Segundo ele, apesar das especulações e articulações em curso, o momento é de diálogo e construção interna dentro do partido.
“Estão querendo que se defina uma chapa há mais de um ano da convenção do ano que vem. Não vai acontecer isso agora. Nós temos que discutir internamente. Política é dinâmica”, afirmou.
Várias opções
Ao ser questionado sobre as movimentações do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e sobre a possível candidatura do prefeito de Patos, Nabor Wanderley, ao Senado, Hugo evitou cravar nomes, mas reconheceu que o partido possui alternativas fortes.
“Nós temos o nome de Adriano Galdino, temos Wilson Filho e outros nomes que ainda podem se filiar ao Republicanos. Não vamos bater martelo agora. Queremos a melhor chapa possível para manter a unidade do nosso bloco”, explicou.
Sobre Adriano Galdino
Hugo também comentou a postura do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), apontado como um dos principais nomes do partido para a disputa majoritária.
“Adriano tem seu temperamento próprio. É previsível. Nós temos uma convivência muito verdadeira, com correção mútua. Ser aliado não é concordar com tudo, mas manter lealdade”, garantiu.
Governador? Só no tempo certo
Citado como um possível candidato ao governo da Paraíba, Hugo Motta descartou, por ora, qualquer definição sobre seu futuro político. Aos 35 anos, disse que o foco atual é consolidar sua atuação em Brasília, onde preside a Comissão Mista de Orçamento — uma das mais estratégicas do Congresso.
“Assumi há quatro meses um dos cargos mais importantes do Brasil. Não posso já anunciar candidatura ao governo. Seria uma irresponsabilidade com meus colegas e com o país. Tenho que pensar no Brasil, me relacionar com o governo federal”, pontuou.
Apesar disso, reconheceu que ser governador do estado é uma honra desejada por qualquer político, mas voltou a reforçar que “política tem momento”.
Foco no trabalho
Hugo criticou a antecipação do debate eleitoral e destacou que o cidadão comum quer saber mais sobre as ações práticas dos políticos do que sobre os bastidores da política.
“O agricultor, o funcionário público, o professor, o desempregado, querem saber o que estamos fazendo para melhorar a vida deles. Nós somos testados a cada quatro anos. Não há concurso para deputado”, alfinetou.