O secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, não descartou, na manhã desta segunda-feira (31) determinar uma intervenção na saúde de Campina Grande diante das mortes e bebês e gestantes no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).
Ari Reis disse ainda que o último óbito registrado ainda não havia sido notificado no sistema da Secretaria de Estado da Saúde, mas que equipes foram deslocadas à cidade para buscar informações e acompanhar a situação de perto.
“Estamos ofertando apoio na regulação, apoio à gestão municipal, redirecionando gestantes de outros municípios que antes eram referenciadas para o Isea, encaminhando para maternidades em Queimadas e em Monteiro”, afirmou.
Mortes em série no Isea
No último fim de semana, o bebê Ravi Emane morreu após o parto no Isea. A família registrou boletim de ocorrência e aponta falhas no atendimento médico. Esse foi o segundo caso de morte neonatal na unidade em menos de um mês.
Na semana anterior, Danielle Morais, de 38 anos, morreu 25 dias após perder o bebê durante o parto, também no Isea. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apura o caso como possível crime obstétrico. A paciente teve o útero removido após complicações no procedimento.
O bebê Davi Elô, filho de Danielle, não resistiu ao parto. A denúncia de negligência médica partiu da família.