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Aluna denuncia caso de racismo em escola privada de JP durante apresentação de trabalho

No último dia 6 de novembro de 2024, em uma escola privada no bairro de mangabeira, em João Pessoa, uma aluna relatou ter sido vítima de racismo por parte de sua professora de história durante a apresentação de um trabalho escolar. O episódio ocorreu na sala de aula, e gerou indignação entre alunos e profissionais da instituição.

A estudante menor que fez a denúncia, explicou que, enquanto lia o texto de sua apresentação no celular, foi interrompida pela professora de história, que pediu que ela deixasse o aparelho. Diante da justificativa da aluna sobre a necessidade do dispositivo para a apresentação, a professora teria dito:

“Você sabe, né, [nome da aluna], por você ser uma mulher negra, você tem que ser 10 vezes melhor que os outros. Eu nem queria fazer a comparação com você, mas olha para a colega do seu lado (uma aluna branca). Quem você acha que teria mais chances de entrar em uma faculdade? Você ou ela? Quem você acha que eles aceitariam? Por você ser uma mulher negra, você tem que dar exemplo e tem que ser 10 vezes melhor!”

Após essas declarações, a professora não permitiu que a aluna continuasse a apresentação, além de impedi-la de retornar ao seu lugar. Segundo a estudante, ao final da atividade, a docente tentou justificar suas palavras, afirmando que apenas queria motivá-la a superar a “preguiça”.

A estudante relatou que, após o ocorrido, começou a chorar e sofreu uma crise de falta de ar devido à humilhação que sentiu diante de seus colegas. Ao perceber o estado emocional da adolescente, alguns alunos acionaram a psicóloga da escola, que retirou a jovem da sala e ofereceu apoio.

Além desse episódio, a estudante revelou que, na semana anterior, a mesma professora fez outro comentário racista durante a aula. Na ocasião, comparou situações hipotéticas em uma loja, afirmando: “Se eu entrasse em uma loja, não iria me sentir constrangida. Agora, se [nome da aluna] entrasse, por ser negra, iria se sentir constrangida.”

As advogadas, Dra. Raissa Helena e Dra. Mirela Cristina, que assumiram o caso, destacaram a gravidade da situação e afirmaram que medidas legais estão sendo tomadas.

A escola ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, contudo, o relato gerou repercussão e indignação entre os outros alunos. As advogadas do caso,

Thaysa Videres
Thaysa Videres
Jornalista - Assessora de Comunicação - Repórter do PautaPB / [email protected]

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