A Central Estadual de Transplantes registrou nos primeiros seis meses de 2024 a realização de 171 cirurgias de implantação de órgãos ou tecidos. O número é 36,8% maior em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram feitos 125 transplantes. Só este ano, já foram realizados 129 transplantes de córneas, cinco de coração, 11 de rim, 20 de fígado, e seis de medula óssea. Em 2023, até junho, a Paraíba tinha o registro de 92 transplantes de córneas, cinco transplantes de coração, 19 de rim, 11 de fígado, e três de medula óssea.
A última doação foi registrada na tarde de sexta-feira (5), quando os familiares de um homem 45 anos, vítima de isquemia cerebral, autorizaram a doação dos rins e córneas, após a confirmação da morte encefálica. O paciente doador estava internado na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular, na capital do estado.
Os órgãos foram aceitos pela Central de Transplantes de Pernambuco, sendo o rim direito destinado a uma mulher de 48 anos, e o rim esquerdo para outra mulher, de 29 anos. As córneas foram encaminhadas para o Banco de Olhos da Paraíba, onde passam inicialmente por uma avaliação.
A diretora da Central de Transplantes, Rafaela Dias, atribui o aumento nos números de transplantes a uma combinação de fatores. “Esse crescimento é um reflexo positivo do olhar diferenciado que a gestão tem e das campanhas de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, que têm contribuído para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes que aguardam por transplantes,” pontua.
Para ser doador de órgãos não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar a família, em vida, do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.