De acordo com a gerente operacional de Atenção Primária da SES, Roseanny Marques, o manejo é uma agenda mais do que prioritária e estratégica. “A agenda é importante devido à necessidade de fortalecimento das ações da Atenção Primária para o enfrentamento dos casos respiratórios no estado da Paraíba, diante do cenário observado no momento, com aumento do número de vírus identificados na síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave, bem como pelos óbitos ocorridos”, disse.
O facilitador da qualificação foi o pediatra Flávio de Melo. Ele falou sobre diagnóstico, manejo clínico dos casos leves, transmissão e grupos de maior risco – menores de 5 anos, principalmente, menores de 2 anos; maiores de 60 anos; pessoas com anemia falciforme; obesidade; diabetes; com doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas; gestantes e puérperas.
O médico ainda falou dos sintomas que os profissionais devem ficar atentos, como infecção das vias aéreas com febre; temperatura maior de 37,8 graus, por 2 ou 3 dias; calafrios; mal-estar; dor de cabeça; de garganta; tosse seca; rouquidão; conjuntivite e ainda sintomas gastrointestinais.
Quanto às formas de transmissão, alertou que bebês com idade entre zero e dois meses não devem ser visitados e que crianças com sintomas devem ficar afastadas da escola por um período mínimo de sete dias.
“É muito importante a atuação dos profissionais da Atenção Primária nesses casos, como estratégia de contenção da transmissão”, afirmou o médico, que alertou ainda quanto à importância da vacina. “Sempre há dúvidas se a criança que esteja com catarro pode ser vacinada. Pode sim, sem problema nenhum”, aconselhou.
Até essa quinta-feira (11), foram abertos 313 leitos direcionados para o atendimento das síndromes respiratórias, sendo 268 de enfermaria e 45 de UTI. Essa iniciativa do Governo do Estado é uma estratégia de suporte para o cenário atual, mas outras doenças seguem com a devida assistência nos 247 leitos pediátricos. Outros 62 leitos podem ser abertos nos próximos dias.