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Cândida Vargas realiza roda de conversa para profissionais sobre acolhimento às mulheres vítimas de violência

O Instituto Cândida Vargas (ICV), administrado pela Prefeitura de João Pessoa, realizou, na tarde desta terça-feira (28), uma roda de conversa sobre ‘Registro documental dos profissionais de saúde no atendimento às mulheres vítimas de violência’. A ação foi voltada para os profissionais da instituição, que receberam mais informações sobre a temática.

Estiveram conduzindo a roda, o professor de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o enfermeiro Alan Dionizio Carneiro, e a delegada da Polícia Civil da Paraíba, Anny Karoline Carneiro, que atualmente é coordenadora das Delegacias Especializadas da Mulher do Estado da Paraíba. Ambos apresentaram o assunto no Auditório do Ambulatório do ICV.

A Roda de Conversa proporcionou um diálogo aberto com os profissionais do ICV destacando a violência contra a mulher enquanto fenômeno social, cultural, jurídico e de saúde pública. Violência esta baseada nas relações assimétricas de gênero, como bem destacou a delegada Anny Carneiro, que trouxe ainda informações sobre o contexto social da violência e da importância da notificação compulsória dos casos de violência e a contribuição dos profissionais de saúde para a atividade policial e de justiça. A delegada apresentou os dados relativos ao número de casos de violência contra a mulher e de feminicídio no estado da Paraíba.

“A roda de conversa tratou da importância do registro documental dos profissionais de saúde no atendimento às mulheres vítimas de violência, sensibilizando para o papel fundamental dos profissionais de saúde no combate à violência de gênero, por meio da documentação e notificação do atendimento aos órgãos competentes”, disse a delegada.

O professor Alan Dionizio tratou, primeiramente, da complexidade do cuidado às vítimas de violência, da necessidade de uma assistência integral humanizada, culminando com políticas públicas capazes de oferecer uma rede de apoio à mulher na qual os serviços estejam efetivamente interligados. “Recordamos alguns marcos regulatórios da atenção humanizada às mulheres vítimas de violência para, então, tratarmos do cuidado com a vítima de violência sexual, a partir do registro: preservando a autonomia da mulher, permitindo que ela expresse livremente seus sentimentos e relate o que lhe aconteceu”, contou.

O ICV é uma instituição reconhecida no estado da Paraíba voltada para assistência à mulher no ciclo gravídico-puerperal, como se consolida como um serviço de referência para o cuidado às vítimas de violência. “Esse evento demonstra a preocupação da gestão com a capacitação das equipes multiprofissionais de saúde e com a qualidade do serviço para melhor atender às vítimas de violência sexual”, disse o diretor-geral do ICV, Quintino Régis.

Para Sandra Garcia, coordenadora Multiprofissional do ICV, discutir sobre o registro no atendimento a esse segmento social supre uma carência na formação acadêmica dos profissionais de saúde. “Reforço a importância de, enquanto serviço de referência no atendimento a mulheres vítimas de violência, criarmos espaços formativos para a equipe de saúde que possam contribuir na reflexão do processo de trabalho, forma de organização do serviço e discussão dos nossos fluxos e protocolos”, destacou.

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