“Trago verdades, ó incautos!
Bolsonaro e o Centrão é uma versão profana da parábola do filho pródigo: “o bom filho a casa torna”
Nasceu, cresceu e é fruto dali. “Lé com cré”.
Como o próprio e os seguidores da seita adoram blasfemar:
“E conhecereis a verdade e ela vos libertará!!”
Recebam, hereges!!”
Há exatamente dois anos, eu, graciosamente, escrevia esta heresia acima e cutucava os “mitomaníacos” com a brutal incoerência que alimenta esta anomalia que eles chamam de ideologia.
Sim e hoje sigo a máxima, que virou meme dos mais diretos, e grita ao pé da orelha:
BOLSONARO TE ENGANOU!
Essa frase vem ilustrando paisagens, manifestações e sendo verbalizada Brasil afora.
Talvez, seja a melhor, mais eficaz e tradução mais fidedigna do que, de fato, aconteceu com o mergulho ao abismo que o país deu nos últimos anos.
Claro, não desprezemos, o núcleo duro do Bolsonarismo. Aqueles 25% de fiéis convictos, que mantêm-se, conscientemente, leais ao processo de destruição nacional.
Estes são casos perdidos, almas desviadas na essência.
Compactuam dos mesmos sentimentos nocivos, se identificam com o discurso violento, sectário, autoritário, bélico, radical, insano até o talo.
Mas, ainda nesta leva dos 25% dos que não arredam pé, mesmo enquanto o país explode, há também os apopléticos!
Manipulados, que permanecem em catarse, repetidores de um discurso incoerente, que já “caiu por terra”, foi desmontado pelas ações do próprio governo Bolsonaro, desde o primeiro dia que chegou ao poder.
Parece não haver “soro anti-hipnótico” para os seres entorpecidos.
Um destes desmontes latentes, escancarados do Bolsonarismo é o discurso de anti-sistêmico, out sider, como se o cidadão representasse a negação da política convencional.
Ora, Bolsonaro é a personificação do fisiologismo político, como o próprio disse, após ENGANAR os iludidos, ele sempre foi CENTRÃO, assim mesmo de boca cheia, cuspindo farofa na sua cara.
De lá fingiu sair, mas por lá sempre permaneceu e para o colo dele se entregou publicamente, sem qualquer dor na consciência.
Nunca, jamais, nem em todo o seu histórico de arranjos e acordos escusos, o país esteve tão dependente, refém das tramóias do centrão.
É, na prática, o nefasto semi-presidencialismo implantado.
E vale frisar, que com razão, a todo sensato já incomodava a tradicional praxes de “toma lá, dá cá” (quem esquece dos pobres bolsonaristas enchendo a boca pra falar sobre o fim disso?).
Criam os ingênuos que Bolsonaro iria acabar com a troca de cargos, cessão de ministérios aos vorazes, sedentos.
Quem ocupa o ministério mais cobiçado do governo federal? Ciro Nogueira, aquele bom rapaz, que também manda no FNDE, um tal fundo bilionário da educação que tem pastores ungidos por Deus, abençoando e repartindo a verba a quem lhes pagar o dízimo, se é que me entende!?!
Mas você ainda reverbera que acabou a corrupção!
É de dar dó.
Voltando ao super poder do Centrão.
Bolsonaro deu a eles, simplesmente, a chave do cofre.
Orçamento secreto é, nada mais, nada menos que uma botija de dezenas de bilhões de reais a reluzir a cara lisa do Lira, o Arthur, presidente da Câmara Federal, o tal presidente biônico do Brasil.
Inebriado pela sensação de poder Lira quase interviu pessoalmente na Petrobrás, enquadrando presidente da estatal, publicamente.
É um festival de PEC sem vergonha pra lá e pra cá (PEC das Embaixadas etc e coisa e tal)
Mas o grand finale, o golpe de misericórdia ensaiado é a “PEC do Centrão”!
Uma tentativa escancarada de acabar com a separação e independência entre os poderes, ferindo cláusula pétrea da Constituição.
A proposta quer dar ao Congresso poder de mudar decisão do Supremo Tribunal Federal quando não houver unanimidade entre os ministros.
A quem serve o Centrão? A quem serve Bolsonaro?
Se retroalimentam da mesma fonte.