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Dia dos namorados – leia Demétrius Faustino

Entre outras lendas, uma diz que um bispo da Igreja Católica, Valentim de Terni ou São Valentim, realizava matrimônios em Roma quando o imperador Cláudio II decidiu torna-los ilegais, por entender que homens solteiros seriam soldados mais destemidos, por não possuírem outras responsabilidades fora do exército, e também em razão de pouquíssimos recrutamentos.

Entretanto, contrariando as ordens, o bispo continuou realizando as cerimônias matrimoniais, e em razão dessa desobediência, foi condenado à morte, sendo seu martírio considerado por muitos como sendo a origem do Dia dos Namorados.

também narrativas de que, na cadeia, Valentim, sem fazer casamentos, recebia flores e cartas de pessoas de todos os arredores, e que acreditavam no amor. E dentre essas pessoas que enviaram cartas ao bispo, uma delas foi Artérias, filha do carcereiro, por quem Valentim se apaixonou.

Dentro desse contexto histórico, é possível compreender o porquê da troca de cartões, de flores, e das juras de amor, no Dia dos Namorados. Nessa data, os casais se tornam publicitários em potencial, em razão da forma de demonstrar que são apaixonados.

Aliás, já afirmou um pensador anônimo, que no Dia dos Namorados não se anuncia cigarros, hidratantes ou máquinas de lavar, mas se anuncia o amor, pois acredita-se que vivê-lo em segredo nesse instante, diminui sua intensidade.

O Dia dos Namorados gera sentimentos diversos nas pessoas, mas é sempre bom lembrar que se trata apenas de uma data, e importante, é claro, mas que pode ser uma data alegre, animada, triste ou angustiante.

Em verdade quem melhora o homem e a mulher, é sem dúvida, o amor. Ou seja, é preciso não deixar o amor passar. Para tanto, siga a lição de Drummond:

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida; Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu; Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês; Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.; Por isso, preste atenção nos sinais – não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Mas é fato que o dia dos namorados era visto como o dia de celebrar as relações, e que atualmente, essas relações vão e vem de maneira tão rápida que quase não dá tempo de alguma celebração. Talvez porque ninguém tolere mais a sofrência do tipo quem eu quero não me quer

Mas ainda há tempo de salvaguardar nossos relacionamentos e ainda há tempo de solidificar as relações. Basta deixarmos de substituir a sociedade do espetáculo, a vida perfeita exibida em perfis das redes sociais na internet, pela vida “real”.

E de novo, Drummond:

“João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili, que não amava ninguém: João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para a tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes, que não tinha entrado na história!”.

João Pessoa, 12 de junho de 2022.

Thaysa Videres
Thaysa Videres
Jornalista - Assessora de Comunicação - Repórter do PautaPB / [email protected]

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