“Não tem consulta, não tem nada. Nem soro. Eu vejo muitas mães tendo que sair pra comprar soro para seus filhos”. Essa frase, que chocou a Paraíba, foi proferida por Teresa Carneiro, suplente do conselho de saúde da cidade de Sapé, a respeito da situação de abandono do hospital Sá Andrade.
Além do descaso no hospital público, durante entrevista ao programa de rádio “Jornal 100.5 Notícias”, da Líder FM de Santa Rita, na última semana, Teresa afirmou, entre outras coisas, que a secretaria de saúde de Sapé não está fornecendo medicamentos, garantidos por lei, a pacientes com insuficiência renal e que realizam hemodiálise.
Sobre a disponibilidade de transporte para que os cidadãos mais humildes de Sapé realizem o tratamento em João Pessoa, Teresa garantiu que o setor é uma bagunça e muitos pacientes tem deixado de ter um tratamento digno na capital por falta de organização da Prefeitura de Sapé.
“Já questionei sobre como é feito esse transporte, se tem uma planilha, como a prefeitura sabe onde tá cada carro e me foi dito que existe um coordenador, que foi nomeado pelo prefeito, e que fica com uma agenda no bolso. É ele quem diz quem tem direito ao transporte, a hora, tudo com base num rascunho. Um exemplo: ela agenda para 4h da manhã e quando a pessoa se descola para o ponto combinado, o carro já tem passado 3h30, ou só chega 5h30, ou esquecem de passar. Não existe a mínima organização”.
Segundo Teresa, a única coisa que funciona a contento na saúde, na gestão do prefeito Sidnei Paiva (DEM), é a vacinação da covid-19, apesar da desorganização quanto às filas.