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Na volta às aulas, Agevisa diz que prevenção à Covid-19 é responsabilidade de toda a comunidade escolar

Tendo em vista o retorno às aulas nas redes estadual, municipal e particular neste mês de fevereiro, o diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária, Geraldo Moreira de Menezes, alerta as escolas e os pais ou responsáveis pelos alunos que o retorno deve ser planejado com segurança, principalmente para as crianças ainda não imunizadas contra a Covid-19.

“Os cuidados são de responsabilidade, não somente do poder público, dos dirigentes, professores, equipes de especialistas e demais funcionários das unidades de ensino, mas também das próprias famílias que integram a comunidade escolar. Se todos fizerem sua parte no cumprimento dos protocolos sanitários, as possíveis contaminações pelo coronavírus serão evitadas, e isto consistirá em benefício para toda a coletividade”, enfatizou.

Geraldo Moreira também destacou a responsabilidade dos familiares dos alunos com a saúde daqueles que com eles convivem diariamente. Nesse sentido, o diretor da Agevisa ressaltou a importância e a responsabilidade social de todos no sentido de levar suas crianças para serem vacinadas, pois, com isso, além de as estarem protegendo de uma doença que mata pessoas de todas as faixas etárias, ainda estarão contribuindo para barrar o avanço do coronavírus e suas variantes.

Momento Agevisa – Desde o início do mês, o tema “volta às aulas com segurança sanitária” vem sendo abordado pela Agevisa/PB. O assunto foi destaque no informativo radiofônico Momento Agevisa, que vai ao ar no início das manhãs das quintas-feiras dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara (AM-1110) e FM (105.5). A edição está disponível em https://agevisa.pb.gov.br/servicos/audios/273-edicao-de-03-de-fevereiro-de-2022-volta-as-aulas-com-seguranca-e-prevencao-a-covid-19.mp3.

Em entrevista à jornalista Rosângela Cardoso, o gerente-técnico de Integração e Articulação da Agevisa Paraíba da Agevisa, Rogério Santana, reconheceu que a pandemia da Covid-19 trouxe prejuízos para o aprendizado e para o convívio social dos alunos, especialmente para as camadas mais jovens, mas afirmou que a volta à escola não pode ser encarada apenas pelo lado da importância da socialização como uma das principais aliadas do desenvolvimento das crianças.

“É importante que os profissionais de educação, em conjunto com as famílias, saibam cuidar bem para que as crianças se adequem e se adaptem aos protocolos sanitários imprescindíveis para prevenir a infecção pelo coronavírus”, comentou Rogério Santana. Ele observou que o principal cuidado hoje está relacionado à vacina, que é comprovadamente eficaz no enfrentamento da Covid-19, especialmente no sentido de evitar a forma mais grave da doença.

“Apesar do atraso, comparado com outros países, já tivemos o início da vacinação infantil no Brasil, e as crianças que estiverem na faixa etária para receber a imunização devem ser vacinadas o mais rápido possível para se evitar um risco de infecção desnecessário. E a responsabilidade por esta proteção tem maior peso nos pais ou responsáveis, pois é a eles que cabe a iniciativa de levar suas crianças aos postos de vacinação para que as mesmas possam ser imunizadas e protegidas”, enfatizou.

Outro fator que aumenta a importância de acelerar a vacinação das crianças é a disseminação da variante Ômicron, que, como já se sabe, é bem mais contagiosa. Conforme Rogério, sem qualquer dúvida, a população pode confiar na eficácia das vacinas para suas crianças, pois estudos relacionados aos imunizantes disponíveis hoje para a vacinação infantil demonstraram proteção entre 87% e 92% para internações e casos graves de Covid-19. “Isso mostra que a vacina é eficaz e segura”, observou.

Quanto a possíveis reações à vacina, o gerente-técnico da Agevisa/PB ressaltou que os riscos observados são mínimos perto do que a doença provoca. “Nos Estados Unidos, por exemplo, os dados são de que em nove milhões de doses aplicadas em crianças de cinco a onze anos de idade, registrou-se somente onze casos de miocardite, ocorrências estas que tiveram uma boa evolução, sem internação e sem risco para as crianças”, explicou.

Equívocos – Devido à preocupação dominante no início da pandemia ter se direcionado aos idosos, muitos acreditaram que a Covid-19 não era ameaça para as crianças e adolescentes. A esse tipo de pensamento, Rogério Santana classificou de “Um grande equívoco”. “No Brasil, contabiliza-se 2.625 mortes de pessoas com idade entre zero e 19 anos desde a confirmação do primeiro caso da doença no País até o dia 06 de dezembro de 2021, com uma média de quatro óbitos por dia”, informou.

No primeiro ano da pandemia (2020), pouco ou quase nada se falava em torno do perigo da Covid-19 para crianças e jovens no Brasil, fato também considerado outro grande equívoco pelo gerente-técnico Rogério Santana.

“Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020, ocorreram no Brasil 373 mortes de pessoas com menos de um ano de idade por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pela Covid-19; outras 189 na faixa entre um e cinco anos de idade e 641 óbitos de pessoas com idade entre seis a 19 anos, somando-se um total de 1.203 casos. Em 2021, os números são ainda maiores, e estão relacionados à morte de 418 bebês menores de um ano; 208 crianças entre um e cinco anos de idade, e de 796 pessoas entre seis e 19 anos, o que representa um total de 1.422 óbitos”, informou.

Multissistêmica – De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o Brasil registrou 1.400 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica, doença que aparece após a infecção por Covid-19, com pelo menos outras 85 mortes de crianças e adolescentes. “Uma das características da Síndrome Inflamatória Multissistêmica – explicou Rogério Santana –, é o comprometimento cardíaco, com miocardite, arritmia e uma série de outros problemas, fato que comprova que o coronavírus não é brincadeira e provoca muito mais doenças cardíacas do que a gente imagina, inclusive nas crianças”.

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