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Chama o Zé Gotinha… Lá em casa estamos aceitando vacina até na testa!!

Ei, você aí…

 

Só estou me dirigindo a você por conta das vacinas. Apenas elas nos permitiram estar aqui travando este diálogo imaginário.

 

Sabe aquele coquetel de drogas que injetaram, ou as simples gotinhas, que te aplicaram??

 

“vou explicar como vai ser e acredite não vai doer! lá lá lá lá lá…”

 

Foram elas que garantiram sua longevidade e nos trouxeram até este momento.

 

Sabe aquela imagem da tia-avó com sequelas de paralisia infantil? As mesmas, que covardemente eram alvos de comentários e apelidos jocosos na sua infância?

 

Então, nossa geração só superou e não conviveu ativamente com isso devido às doses mágicas desenvolvidas para nos imunizar.

 

Ah, e seus hipotéticos filhos??

 

Se essas drogas não tiraram a sua virilidade (como creêm alguns céticos quanto aos antídotos anticovid, por exemplo) e você tiver se reproduzido, com certeza seus rebentos tomaram dezenas destes imunizantes até os cinco anos, livrando-os de doenças.

 

Verdade que, hoje, a maior parte destas enfermidades combatidas com vacinas já estão banalizadas, algumas com doenças erradicadas há décadas, mas não custa lembrar, que já dizimaram gerações.

 

Mas ainda assim, com todo esse histórico, com a perpetuação da humanidade creditada em boa parte ao surgimento de vacinas, nos deparamos com a onda antivax a se espraiar mundo afora.

Aqui no Brasil, na terra onde todo absurdo tem precedente e proporção maior, o cenário beira o surreal.

 

Câmaras e Assembléias Legislativas invadidas, agressões a fiscais de bares e restaurantes, que exigiam medidas sanitárias básicas, movimento articulado de desinformação ocupando todos os espaços.

 

Tudo avalizado pelo presidente da República. Aquele que criou um cenário apocalíptico, onde as vacinas transformariam pessoas em jacarés, ou pior, espalharia AIDS dentre todos.

 

O mesmo que questionava eficácia e segurança de vacinas referendadas pela ciência, mas se tornou garoto propaganda de remédios ineficazes, apesar de toda negativa de estudos e tudo o mais.

 

A última “boa nova” do mau velhinho foi colocar em suspeição a vacina para crianças a partir de cinco anos de idade, inclusive intimidando servidores técnicos da ANVISA.

 

Dentre as asneiras, Bolsonaro falou sobre autorização dos pais das crianças para que estas se vacinem.

 

Na cabeça sociopata dele os menores devem se dirigir em bando, tipo zumbis, para os postos de vacinação, escondidos dos pais e teleguiados por comunistas devoradores de… criancinhas.

 

E estes disparates proferidos com ar institucional ganham eco, pasmem…

 

Não precisa ser especialista para saber que vacinas, ou uma simples aspirina, qualquer medicação, droga para qualquer doença apresentam efeitos colaterais, riscos de reações.

 

É assim desde sempre. E especialistas sustentam que, nos imunizantes para combater o novo Coronavírus, os riscos são infinitamente menores que os da própria Covid.

 

Ora, simples, é assim que se baseiam as pesquisas com aval científico.

 

Sim, a isso dá-se o nome de ciência, aquela mesma que nos trouxe até aqui!

 

Lembra?

 

Mais que isso, apesar de serem muito menos afetadas pela Covid, mais de mil crianças de 0 a 9 anos morreram pela doença desde o início da pandemia. Por outro lado, de 2006 a 2020, 955 bebês faleceram de outras doenças com imunizantes disponíveis.

 

O que isso quer dizer? Que em intervalo de tempo 8 vezes menor, sem proteção vacinal, o novo Coronavírus matou mais imberbes do que a soma de todas as doenças que dispõe de antídoto.

 

Mas você prefere sustentar e espalhar suas crenças em teses estapafúrdias, surgidas sem qualquer critério, ou embasamento e nenhuma referência do meio científico?!?!

 

Eu não.

 

A propósito, ontem, 20 de dezembro, meu caçula Ben completou exatos cinco anos, entrando na faixa etária limite da vacinação. A vacina é um presente da ciência para ele. Nós reconhecemos, agradecemos e aguardamos ansiosos…

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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