Em Sessão Solene do Congresso Nacional, a senadora Nilda Gondim (MDB-PB) defendeu a mudança de hábitos e a adoção de medidas preventivas como elementos indispensáveis de promoção da saúde da mulher. Convocada pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em atenção a requerimento assinado pela senadora Leila Barros (Cidadania-DF) e pelas deputadas federais Tereza Nelma (PSDB-AL) e Celina Leão (PP-DF), a sessão marcou o encerramento da Campanha Outubro Rosa de Combate ao Câncer de Mama no âmbito do Congresso Nacional.
Durante a campanha, o Congresso Nacional foi iluminado na tonalidade rosa; imagens e frases de conscientização sobre o câncer de mama foram projetadas; foi realizada uma exposição fotográfica intitulada “Simplesmente Amor”, no Espaço Galeria, do Senado Federal; audiências públicas para divulgação e debate sobre questões relacionadas ao câncer de mama foram realizadas; lenços e adereços de cabeça foram arrecadados, e houve também a realização de corte de cabelos, com a participação de vários salões de beleza da Capital Federal, para doação à Rede Feminina de Combate ao Câncer e ao Hospital da Criança de Brasília. Também foi planejada ação social para oferecer exames gratuitos de mamografia às funcionárias terceirizadas do Senado e da Câmara dos Deputados.
Valorização e autoestima – Na Sessão Solene presidida pela senadora Leila Barros, a senadora Nilda Gondim afirmou que o cuidado com a saúde antecede toda e qualquer iniciativa da mulher. “Nós temos valores; temos uma representação muito grande no contexto familiar, político e social, mas precisamos, antes de tudo, pensar na nossa saúde, mudando de hábitos e buscando sempre acompanhamento profissional especializado e preventivo para podermos estar presentes, com a devida segurança, nos vários espaços de poder e de decisão da sociedade que vimos conquistando e consolidando ao longo do tempo”, enfatizou.
Falando especificamente do objeto principal da Campanha Outubro Rosa, a senadora emedebista citou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que colocam o câncer de mama como problema de saúde pública que mais mata mulheres brasileiras vítimas de câncer todos os anos. Ela observou que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), pelo menos 28% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados por meio da adoção de hábitos de vida mais saudáveis.
“Essa mudança de comportamento pode reduzir a triste estatística de aproximadamente 60 mil mulheres diagnosticadas por ano com câncer de mama. Vamos cuidar da nossa saúde para podermos, com garra, determinação e vontade, continuar lutando e vencendo as barreiras da discriminação ainda impostas ao nosso segmento feminino, apesar das grandes conquistas que já obtivemos”, ressaltou, salientando que cabe ao poder público oferecer os meios necessários aos exames preventivos e ao tratamento, no caso de positividade dos referidos exames.
Nilda Gondim acrescentou que a valorização da mulher passa pelo cuidado com a saúde e com a autoestima. “A mulher pode ser o que ela quiser. Essa é a verdade. Mas é importante que ela saiba se valorizar, aumentar sua autoestima e enfrentar e superar as discriminações em uma sociedade injusta e desigual”, observou.
Derrubada de veto – A senadora Leila Barros, que presidiu a Sessão Solene, agradeceu o envolvimento de instituições parceiras e lembrou que o câncer de mama pode ser tratado. “As mulheres precisam estar cada vez mais conscientes da importância dos exames preventivos e do diagnóstico precoce, pois isso aumenta muito as chances de cura”, afirmou a senadora, que pediu a derrubada do veto ao Projeto de Lei nº 6.330/2019, que dispõe sobre o acesso rápido aos medicamentos orais contra o câncer: “O PL foi vetado em setembro passado, e cabe a nós, congressistas, derrubar o veto e assegurar às brasileiras e aos brasileiros esse direito fundamental, quando se depara com o desafio de enfrentar um câncer”, afirmou.