A Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), realiza uma nova edição do Festival Barril de Cultura, neste sábado (9), às 16h, no Centro Cultural Parque Casa da Pólvora. O evento marca a ocupação do Centro Histórico da Capital com dança, literatura e artes visuais e se estende até o dia 29.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, observou que a Prefeitura de João Pessoa buscou, através da realização do Barril de Cultura, respeitar e valorizar a classe artística cultural ocupando o espaço de vivência.
“A experiência que estamos desenvolvendo na Casa da Pólvora tem um valor de promover as artes de maneira integrada. Tem se consolidado porque atrai a atenção dos nossos estudantes da rede municipal de ensino, dos moradores e turistas. Estamos dinamizando a Casa da Pólvora, estimulando e valorizando nossos artistas em diversas modalidades de criação”, pontuou.
Para a coordenadora da Casa da Pólvora, Ana Maia, a realização de mais uma edição do Festival traz a sensação de dever cumprido pelo compromisso que haviam assumido com os artistas. Segundo ela, além de esquecidos, eles também sofreram os impactos da pandemia.
“Isso é o um marco da retomada do movimento cultural no Centro Histórico de João Pessoa depois de tantos meses parado devido a pandemia. Graças ao avanço da vacinação e às medidas eficazes de segurança contra a Covid-19, podemos aos poucos ir voltando”, afirmou.
Obras – A dançarina Thaimary Ribeiro vai apresentar a performance “Somos Encruzilhadas”, que mostra uma conexão com a ancestralidade. A apresentação revela uma forma de resistência contra o racismo e a violência da mulher negra. Traz cunho de denúncia através do corpo e da voz.
Para ela, a alegria está em poder voltar a atuar presencialmente. “Todas as atividades que eu estava fazendo eram on-line devido a todo esse contexto pandêmico. Poder voltar, ver e interagir, mesmo que distante devido às medidas sanitárias. Estou muito feliz em trocar energia com o público”, disse Thaimary.
Com a proposta de uma exposição fotográfica, o artista visual Perazzo Freire busca apresentar energias e reconexões com a ancestralidade religiosa da Jurema Sagrada, cujo berço é o município de Alhandra, no Litoral Sul da Paraíba. O fotógrafo pretende mostrar um pouco de tradição e cultura da religião, assim como alguns elementos materiais e territoriais.
“Essa exposição surge da união de uma paixão, que é a fotografia, com o reencontro da ancestralidade a partir da religião da Jurema Sagrada. Uma religião de uma cultura tão importante para a Paraíba”, comentou Perazzo.
Na literatura, Aymê Vasconcelos e Waleska Maria vão levar o fragmento de uma poesia encenada sobre oráculos e tarôs como formas de acesso a uma inteligência coletiva, assim como criticar algumas esferas da sociedade. As artistas esperam que o evento traga a volta da ocupação do Centro Histórico de João Pessoa.