Reunindo mais de 200 lideranças de diversos segmentos paraibanos, o recém constituído Grupo de Participação Popular lançou, nesta quinta-feira (30), um manifesto ao povo paraibano em que apontam diversos crimes cometidos no decorrer da pandemia pelo governo brasileiro, convocam a população a ir às ruas neste dia 02 de outubro e exigem o imediato impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Entre os 214 signatários iniciais do manifesto, constam professores, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, advogados, jornalistas, músicos, ativistas culturais, dirigentes sindicais, lideranças comunitárias, movimentos sociais como o de luta pela moradia, além de partidos políticos, servidores públicos de diversos setores e secretários de Estado, reunindo filiados ao Cidadania (partido do Governador João Azevedo), ao PT, PSB e PTB, com destaques para nomes como do ex-presidente do PSB pessoense, Ronaldo Barbosa, do ex-deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, Chico Lopes, do advogado Agamenon Vieira, dos gestores públicos Tibério Limeira, Rubens Freire e Walkiria Alencar, além da Coordenadora nacional do movimento de luta pela moradia, Eunice Carneiro, entre outros.
Na carta, o grupo afirma que a sociedade brasileira está em um momento que requer posicionamento claro das forças democráticas e populares em enfretamento ao caos estabelecido pelo Governo Bolsonaro, tanto no trato da crise sanitária, como em questões relativas ao desemprego, a situação econômica, ao aumento do custo de vida, a questão ambiental, as relações internacionais, as pautas identitárias e a constante ameaça à democracia.
Ao analisar a situação político-administrativa o grupo ressalta que a atitude do governo federal tem repercutido negativamente sobre Estados e Municípios, lembrando dos ataques a que os governos progressistas e do campo popular tem sido vítima, citando que o Estado da Paraíba é exemplo desses ataques, e que o Governo João Azevedo tem demonstrado uma grande capacidade de enfrentamento a essa adversidade, se caracterizando pela defesa do estado democrático de direito, dando prioridade às demandas das camadas populares da sociedade e por ter no diálogo com todos os segmentos da sociedade, em um método diferente de fazer política.
Ao final, o Grupo que caracteriza o governo Bolsonaro como genocida, miliciano, apologista da tortura, antidemocrático e golpista, ressalta que a experiência vivida durante a gestão do Presidente Lula demonstrou que é possível governos comprometidos com a maioria da nossa sociedade e que encontrem no diálogo a forma de superação de divergências, conclamando a população para participar ativamente das manifestações contra Bolsonaro, especialmente neste dia 02 de outubro, cuja concentração na capital paraibana ocorre em frente ao Lyceu Paraibano, à partir das 9 horas.