O acesso ao alimento é dever do Poder Público e a Prefeitura de João Pessoa vem garantindo alimentação para grande parte da população nos restaurantes populares. Os espaços são equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional, que são a efetivação da política do direito humano à alimentação conforme está previsto na Constituição Federal.
No primeiro semestre, os dois restaurantes populares, administrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), forneceram 340.450 refeições (almoço). Instalados no Varadouro e em Mangabeira, os dois espaços funcionam de segunda a sexta-feira, das 10h30 às 13h, e atendem qualquer pessoa mediante o pagamento de R$ 1.
De acordo com a diretora de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Mariângela Duarte, no restaurante do Varadouro são servidas 1.625 refeições por dia, enquanto em Mangabeira são 1.125, ou seja, 2.750 almoços diários e mais de 55 mil por mês. Ela ressalta que não é preciso fazer cadastro para ter acesso ao serviço.
“Qualquer pessoa pode fazer refeição nos restaurantes populares, que funcionam na modalidade bandejão. Não necessita cadastro prévio. Ela entra na fila, paga R$ 1 e almoça no local. Esse valor representa muito na economia doméstica. Por exemplo, uma família com cinco pessoas almoça por R$ 5”, afirma Mariângela.
O valor e a qualidade da refeição são apontados como atrativo pelos usuários dos restaurantes populares, a exemplo de José Fernandes de Souza, que almoça diariamente no restaurante popular de Mangabeira. “Eu moro no Valentina e trabalho em Mangabeira, por isso almoço aqui todos os dias. Aqui eu encontro comida boa com preço acessível”, conta.
Já o motoboy Marco de Lucena, que almoça no local, destaca o preço da refeição. “A alimentação é boa, a gente percebe que é feita todos os dias e o valor simbólico de R$ 1 cai muito bem no bolso, não só no meu, mas no de várias pessoas que não podem pagar por uma refeição. Por esse preço a gente não faz nem um lanche”, diz.
Cardápio – Com o objetivo de oferecer um cardápio variado, com proteínas, verduras e legumes, as refeições servidas nos restaurantes populares é calculada com base no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e com o valor calórico da refeição é um pouco maior do que o recomendado diariamente para um ser humano normal.
Segundo o secretário da Sedes, Felipe Leitão, o cardápio é elaborado pela empresa fornecedora em parceria com a Sedes. “As empresas contratadas pela Prefeitura para fornecer a alimentação contam com um nutricionista responsável pela elaboração do cardápio, que é submetido à nossa equipe de nutricionistas para aprovação”, explica.
Mudanças – O secretário Felipe Leitão informa que atualmente os restaurantes populares estão servindo também refeições em marmitas térmicas, as chamadas quentinhas, mas que vai voltar a atender apenas exclusivamente na modalidade bandejão, ou seja, as pessoas terão que almoçar no local.
“A modalidade sempre foi bandejão, mas com a pandemia nós precisamos adaptar o atendimento devido ao protocolo sanitário, e uma dessas medidas foi ofertar refeições em marmitas porque os refeitórios foram isolados. À medida que a flexibilização foi acontecendo, nós fomos abrindo. Então, nos próximos dias, vai voltar a ser exclusivamente bandejão”, alerta.
Doações – O secretário conta ainda que para evitar desperdício, as sobras limpas, aquelas que não foram vendidas no caixa, são doadas ao Banco de Alimentos da Prefeitura, que repassa às instituições socioassistenciais para consumo imediato.
