O Brasil voltará a ocupar um assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas no biênio 2022-2023, após 11 anos. Será a 11ª vez que o país vai integrar o colegiado (a última foi no biênio 2010-2011).
O Brasil recebeu 181 votos na eleição que ocorreu nesta sexta-feira (11) em Nova York, durante a 75ª Assembleia Geral da ONU. Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão e Gana também foram eleitos.
O Conselho de Segurança é formado 15 países com direito a voto. Mas apenas Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia são membros permanentes e têm poder de veto.
Os outros 10 assentos são temporários, e os países são eleitos para ocupá-los de forma rotativa, em mandatos de dois anos.
O governo brasileiro tenta, há muitos anos, um assento permanente no conselho. O país integra o G4, grupo formado também por Japão, Alemanha e Índia, que defende mudanças no Conselho de Segurança (veja no vídeo abaixo).
Dilma volta a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU
Segundo o Itamaraty, a eleição desta sexta “reflete o reconhecimento da histórica contribuição brasileira para a paz e a segurança internacionais”.
O país recebeu o voto de 181 dos 190 países que participaram. Houve 8 abstenções e 1 voto no Peru, que não era candidato. Na última vez em que foi eleito, em 2009, o Brasil recebeu 182 dos 183 votos.
O Ministério das Relações Exteriores disse, em nota, que pretende “fortalecer as missões de paz da ONU e defender os mandatos que corroborem a interdependência entre segurança e desenvolvimento”.
O governo brasileiro também cumprimentou Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão e Gana, que também foram eleitos para ocupar assentos não permanentes no colegiado.
O Brasil já fez parte do Conselho de Segurança da ONU nos seguintes biênios: 1946-47, 1951-52, 1954-55, 1963-64, 1967-68, 1988-89, 1993-94, 1998-99, 2004-05 e 2010-11.
G1