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JULIETTE E O FENÔMENO DE SANTIFICAÇÃO NACIONAL – Por Marcos Thomaz

Passada a euforia, a catarse, a vibração pelo resultado final do BBB, não estou aqui para cortar barato de “seu ninguém”. Nem quero ser esse careta chato… logo eu, que respeito demais “ a viagem” alheia.

 

Mas para não perder o hábito de “bizoiar” o buraco duzôto, trago verdades insuspeitas…

 

Sinto avisar a alguns navegantes que a votação não era para canonizar a nova Santa da Igreja Católica e sim para um resultado final de reality show. Em nenhum momento o critério universal para escolha foi a definição máxima de moral e ética. Onde estava escrita esta regrinha??

 

Que legal que a vitoriosa foi a Juliette, mas esqueçam a mitificação, por favor. Esse negócio de mito a gente já sabe onde deu… Típico patrulhamento do “bom e justo”, que, no primeiro deslize da dita santa, tacam a pedra. Eu que não embarco nessa. Deixem a conterrânea usufruir do milhão sem a aura da santidade e, os ônus mais pesados que os bônus, que essa auréola traz. Aqui, na temperamental Terra Brazilis, se santifica e demoniza “Genis” em intervalo de poucas horas.

 

Como bem profetizou a própria Juliette, ainda dentro do programa e agora, mais do que nunca, ela que se proteja da “maldade dessa gente boa” e da “bondade dessa gente ruim”. O que tem de urubu rondando… Poupem a menina de Campina Grande dessa palmatória, que muitos de vocês próprios estarão sedentos para usar contra ela, logo ali, após a esquina.

 

Por sinal, o amigo Yuri Carvalho postou em suas redes que “Juliette conseguiu uma façanha histórica ao unir João Pessoa e Campina Grande”. Campinenses e pessoenses umbilicalmente unidos em uma mesma causa. Nem Jackson do Pandeiro, sequer minha amiga Val Donato conseguiram tamanho feito!?!

 

No mais, quero dizer aos rasgados de emoção que tudo isso era apenas o BBB, amigos. Puro e total entretenimento… e que ótimo que a grande vencedora foi ela, que maravilhoso que foi a paraibana, nordestina, simplória, autêntica, cheia de nossos símbolos, sotaques, riqueza regional crua, sem a maquiagem que ela tanto manuseia bem apenas para embelezar ainda mais os outros, nunca para disfarçar a si própria!

 

Sem dúvidas Juliette é um personagem único, carismático! Basta ver o espanto que causa aos estudiosos de novas mídias e fenômenos digitais. “Quebrou a banca” do sistema. É divertida, simples, natural em todas as suas nuances, porque acima de tudo humana, aliás, como haviam outros serumaninhos especiais ali, como, felizmente ainda HÃO nesse mundo de cão. Bingo, sempre sonhei em colocar um HÃO em uma frase. Alô Brown, receba. Quem aí não lembra da célebre “nesse hão de são” de “Uma Brasileira”, música dos Paralamas? É do meu conterrâneo timbaleiro, que também fez música exatamente para… Juliete. Aliás, ele e mais uns 30 artistas brasileiros até o momento. E subindo. Só aqui na PB recebi umas 6 demonstrações de homenagens, incluindo a do mestre Totonho, que já comentei aqui mesmo neste humilde espaço. Reza a lenda que até Sandro Becker vai fazer nova versão da clássica: “Julietatá, tá me chamando…” Faciço não, mestre da malícia.

 

CURTINHA

 

Já que o assunto é BBB vamos seguir o clima de colunista social:

 

1)Imediatamente após o resultado já teve gente chamando a Juliette de “namoradinha do Brasil”. Vôte!! Isso era pra ser um elogio?? Associar a paraibana a um apelido dado ao “picolé de chuchu” da Regina Duarte?? Aquela senhora insossa e desvairada? a atriz que transferiu para a vida real uma mistura da Víuva Porcina com a Rainha da Sucata?? Tenham dó da menina Juliette.

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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