Após ficar 34 dias internada devido à covid-19, sendo 20 na Unidade de Terapia Intensiva-UTI, a comerciante de Manaus Ana Clélia Rocha de Sousa, 53 anos, teve alta médica do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh) nesta segunda-feira, 22. “Agora estou me sentindo com vida”, disse pouco antes de deixar a instituição.
“Lá em Manaus eu não teria a chance de viver e aqui me colocaram a vida. Eu estou muito grata. Grata ao povo da Paraíba. Grata ao hospital que me acolheu. Grata aos profissionais daqui. É só gratidão”, resume a paciente, que chegou ao HULW no dia 17 de janeiro deste ano, num voo da Força Aérea Brasileira.
Antes de ser transferida para João Pessoa, Ana Clélia viveu momentos de aflição em um hospital de Manaus. “Eu estava em uma cadeira de rodas, durante dois dias no hospital, vendo gente morrer na minha frente. O médico disse que eu só ia ter um dia de vida porque não tinha leito, não tinha oxigênio, não tinha UTI. E eu precisava de uma UTI. Aí Deus me escolheu para vir para cá. Eu fui uma das escolhidas pelo médico e eu disse que vinha. Cheguei aqui no tempo certo”, relata.
Além de Ana Clélia, outros 31 pacientes oriundos do Estado do Amazonas também receberam assistência do Hospital Universitário Lauro Wanderley. Dois chegaram por conta própria à Paraíba e 30 vieram para João Pessoa por meio de uma ação humanitária coordenada pelo Ministério da Saúde e que também envolveu o Ministério da Educação, por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A primeira transferência de pacientes de Manaus para o HULW-UFPB ocorreu no dia 17 de janeiro e a segunda, no dia 7 de fevereiro. A rede de apoio federal foi criada para desafogar o sistema de saúde de Manaus, que entrou em situação crítica devido ao aumento de casos de covid-19. Dos 32 pacientes amazonenses que chegaram a ser internados no Lauro Wanderley, apenas um se encontra na instituição no momento, recebendo assistência na UTI Covid.
Assessoria