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Agevisa/PB ressalta inexistência de comprovação científica de eficácia da cloroquina contra a Covid-19

A Agência Estadual de Vigilância Sanitária ressaltou, na edição desta semana do informativo radiofônico Momento Agevisa, a inexistência de qualquer comprovação científica de eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a Covid-19. O tema foi abordado em entrevista concedida pelo inspetor sanitário James Fialho, integrante da equipe que presta serviços na Diretoria Técnica de Medicamentos da Agevisa/PB.

 

No informativo semanal da Agevisa veiculado dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara, James falou sobre o tema “A não utilização da cloroquina ou da hidroxicloroquina em pacientes com diagnóstico da Covid-19” e afirmou que a agência reguladora paraibana tem a mesma posição da Anvisa em relação ao fato de que ainda não há nenhum tratamento eficaz contra a Covid-19 e que a vacina ainda é a única forma de proteger a população da ameaça do coronavírus.

 

Referindo-se especificamente aos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina, James Fialho falou do perigo da utilização dos mesmos pelos pacientes de Covid-19 em face da inexistência de comprovação científica relacionada às suas eficácias contra a doença. “Quando se recomenda o uso de um medicamento fora prescrição e bula, se tem uma base para sustentar a prescrição. Com dados severos, infelizmente a gente não tem nenhum tratamento nem para prevenção nem para o tratamento ativo contra a Covid”, enfatizou. E acrescentou: “Em termos de ciência, de pesquisa, de robustez, de resultados, a gente não tem nada publicado sobre este assunto”.

 

Riscos – Sobre os riscos relacionados à utilização da cloroquina e da hidroxicloroquina por pacientes com Covid-19, o inspetor sanitário da Agevisa disse que, além dos perigos do uso indiscriminado, mal prescrito, dos referidos medicamentos, dentre os quais os riscos cardiológicos relacionados à cloroquina (que podem ser temporários, mas também graves), há ainda a questão do emprego associado do antibiótico azitromicina que, se mal utilizado, pode acarretar problemas adicionais de resistência bacteriana extremamente nocivos à saúde pública.

 

Nota Técnica – No informativo Momento Agevisa, James Fialho fez referência a Nota Técnica da Agevisa publicada em maio de 2020 recomendando a não utilização, no âmbito do Estado da Paraíba, de medicamentos como cloroquina e hidroxocloroquina (com ou sem associação à azitromicina) no manejo de pacientes acometidos de Covid-19.

 

Na Nota Técnica nº 07/2020, a Agevisa ressaltou, à época, que as diferentes evidências científicas apontavam não haver benefícios no uso de tais medicamentos no contexto da pandemia ocasionada pelo coronavírus, considerando a segurança e a eficácia do tratamento. “No momento atual, o que ainda se tem é que não se recomenda a prescrição dos referidos medicamentos”, enfatizou o inspetor sanitário.

 

Vigência – Com vigência vinculada à eficácia do Decreto Estadual nº 40.122, de 13 de março de 2020, que declarou Situação de Emergência no Estado da Paraíba, a Nota Técnica nº 07/2020, citada por James Fialho, tomou por base, além de toda a legislação estadual e nacional relacionada ao enfrentamento da pandemia relacionada ao coronavírus, o Parecer Técnico nº 052/2020, emitido pela Diretoria Técnica de Medicamentos, Alimentos, Produtos e Toxicologia da Agevisa/PB, assim como no fato de não existir, até o momento, evidências científicas robustas que possibilitem a indicação de terapia farmacológica específica, conforme afirmado em orientações do próprio Ministério da Saúde.

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