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FRASES E ATITUDES DO PRESIDENTE SOBRE A COVID-19; Escreve Demétrius Faustino

Quase passando da marca de 200 mil mortos na pandemia da Covid-19, sendo o segundo país do mundo nesse ranking fúnebre, e no momento em que brasileiros ainda vivem em tensão ininterrupta, com o espírito já um tanto cansado, sem saber quando será a vacinação e com que calendário, pois no quesito plano de imunização contra a Covid 19, o ministério da Saúde tem sido de uma inépcia impressionante, se dispomos a fazer uma sucinta retrospectiva acerca das atitudes inconvenientes do presidente Jair Messias Bolsonaro sobre o assunto, a contar do começo da aparição da doença no Brasil, lembrando que atualmente ele permanece negando a magnitude da graveza da situação sanitária, fazendo chacotas, entre frases e atitudes, com a maioria dos que temem à Covid-19.

Pois bem. No início da crise entre nós, ou seja, no mês de março, onde não tínhamos nenhuma morte até então, e enquanto isso parte do mundo já se encontrava em situação crítica, foi quando o atual inquilino do Palácio da Alvorada falou mais barbaridades espantosas., a exemplo de afirmar que a Covid-19 estava sendo “superdimensionada”.

No dia 10, admitiu haver “uma pequena crise”, mas que não era “esse problema todo que a grande mídia propaga”.

Entretanto, no dia seguinte, a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia, e o capitão mesmo assim não deu ouvidos a tal decisão, e no dia 15 ultrapassou o seu limite, como lhe é peculiar, e categoricamente disse que havia “interesses econômicos” por trás da pandemia.

Cinco dias após esse fato, disse que “depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não”.

Melhor sorte não foi dada ao presidente no dia 22, porquanto já tínhamos 34 mortes, e este deixou clara a sua teimosia quando garantiu que a previsão era que não chegaríamos a 800, o número de mortos pela gripe H1N1.

Com a mortalidade aumentando diariamente (46 por dia), o irrequieto Bolsonaro fez um pronunciamento pregando o fim do isolamento.

E em outro pronunciamento oficial, desta feita no dia 26 ainda do mês de março, momento em que o Brasil já apontava um quadro com 77 mortes, afirmou que alimentou uma imagem sua para grande parte do povo brasileiro e que nunca correspondeu à realidade: “Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, o máximo que me aconteceria seria ser acometido de uma gripezinha, ou um resfriadinho”.

Com o aumento das mortes, finalmente, ele admitiu, apesar da forma sarcástica: “O vírus está aí, vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, não como moleques”.

Chegamos ao mês de abril, onde em meados deste o número de mortes já chegava a mais de dois mil, e nesse período, ocorreu uma disputa aberta com o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Aos repórteres que lhe perguntavam sobre o número de mortes, assim respondeu: “Quem fala disso é coveiro. Eu não sou coveiro”.

Com mais de cinco mil mortes o ex-tenente sindicalista que acabou saindo do Exército por questões disciplinares, promovido a capitão, resignado com o resultado do seu jogo, assim se expressou de forma aberta: “E daí? Quer que eu faça o quê?”.

Com o crescimento do número de mortes, que chegavam naquela ocasião a 162.802, e infectados, Bolsonaro chamou a atenção da população: “Não podemos fugir da realidade. Temos que deixar de ser um país de maricas”.

E em vídeo recente fez uma piada homofóbica em relação aos que temem a Covid-19, caindo em excesso de riso junto com outros parelhos.

Diante dos números assustadores, no Brasil e no mundo, Bolsonaro teve a insolência de dizer, poucos dias atrás, exatamente no dia 10: “Estamos vivendo o finalzinho de uma pandemia”. Pasmem!!!

Enfim, são atitudes que fogem da alçada de um ser humano normal. Sem esquecer que Jair Bolsonaro também contrariou as orientações das autoridades internacionais de saúde, onde, por exemplo, participou de aglomerações; criticou o uso de máscara; e recomendou o uso de remédios sem comprovação científica.

O que podemos dizer é que todos esses absurdos cometidos pelo Chefe da Nação, durante todo o ano, tem deixado a nossa gente que um dia foi doce e cordial, amarga e com medo.

Já se fala em “geração Covid” para marcar e simbolizar este tempo tão completamente anormal – e irracional.

João Pessoa, Dezembro de 2020.

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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