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Diego Tavares utiliza redes sociais para manifestar indignação e subscreve voto de repúdio e apuração do julgamento que absolveu acusado de estupro

O senador Diego Tavares (Progressistas) utilizou suas redes sociais, na noite desta segunda-feira (03), para manifestar indignação com o julgamento que absolveu o empresário André de Camargo Aranha do crime de estupro contra a influenciadora digital Mariana Ferrer, 23 anos, fato ocorrido em uma festa em Florianópolis, em 2018. O Senado aprovou por unanimidade nesta terça-feira (3) voto de repúdio ao advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, ao juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e ao promotor de Justiça Tiago Carriço de Oliveira, que atuaram no julgamento, ocorrido em setembro.

O julgamento na 3ª Vara Criminal de Florianópolis resultou na absolvição do empresário, pois o juiz acolheu a tese da defesa de que foi cometido um “estupro culposo” e que André de Camargo não teria tido a intenção do crime, apesar de a vítima estar dopada. Para Diego Tavares, Mariana Ferrer foi colocada na posição de ré em um julgamento composto somente por homens, apontando o dedo e a culpando por fazer/postar o queria como qualquer homem e mulher está livre pra fazer. “Foi humilhada mesmo diante de todas as provas enquanto o réu rico saiu ileso esbanjando a ‘vitória’. Isso só prova o quanto regredimos como sociedade”, afirmou.

O vídeo do julgamento foi divulgado em reportagem do The Intercept Brasil e mostra Cláudio Gastão divulgando fotos de Mariana em poses que classifica como “posições ginecológicas” e a acusando de utilizar-se da própria virgindade para promoção nas redes. O juiz Rudson Marcos se limita a dizer que a audiência poderia ser suspensa, para que a publicitária se recompusesse.

A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), responsável pela Procuradoria da Mulher do Senado, foi uma das autoras do voto de repúdio. A Procuradoria apresentou ainda um pedido para que Ministério Público anule a sentença, e representações junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que apurem os fatos. Além de Diego Tavares, os pedidos foram subscritos pelos demais senadores.

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