Depois de mais de um ano de investigações, desde a deflagração da primeira fase da Operação Famintos, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça Federal ontem a denúncia que tem como alvo o núcleo de servidores e ex-gestores da Educação de Campina Grande. A denúncia é assinada pela procuradora da República Acácia Soares Suassuna.
Foram denunciados pelo MPF o ex-secretário de Administração do município, Paulo Roberto Diniz; as ex-secretárias de Educação, Iolanda Barbosa e Verônica Bezerra; o atual secretário de educação do município, Rodolfo Gaudêncio, que na época dos fatos investigados era assessor jurídico da pasta; a ex-pregoeira oficial do município, Gabriella Coutinho; o ex-chefe de licitações da prefeitura, Helder Giuseppe; a ex-diretora administrativa da Educação, Maria do Socorro Menezes de Melo; Maria José Ribeiro Diniz (esposa de Paulo Diniz), além de outros 10 servidores da prefeitura e 5 empresários.
Na denúncia, o MPF aponta licitações que teriam sido fraudadas com o suposto envolvimento dos denunciados e considera, em um dos trechos, o ex-secretário de Administração Paulo Roberto Diniz como sendo o chefe do suposto ‘esquema’ (no núcleo político).
Para o MPF, a maior parte dos denunciados teria cometido crimes como peculato, fraudes em licitações e organização criminosa. Alguns, porém, como no caso de gestores escolares e empresários envolvidos no suposto ‘esquema’, foram denunciados pelos crimes de corrupção passiva e ativa.
Sistema de vouchers- Ainda no tocante a gestão da educação de Romero, ontem (20) a ex-secretária de Educação de Campina e ex-cunhada do prefeito Iolanda Barbosa, fez uso das suas redes socais para destacar que é contraria a proposta do candidato a prefeito do grupo situacionista Bruno Cunha Lima (PSD) de implantar o sistema de voucher na educação municipal, considerada por muitos especialistas como a privatização do sistema de educação pública. “Com o Novo Fundeb, aprovado pela Câmara e Senado em 2020, há recursos vinculados a oferta da Educação Infantil; portanto, não podemos aceitar o Voucher como estratégia de privatização do financiamento público da Educação Infantil”, diz trecho do post de Iolanda.
Bruno confia em Iolanda – Em agosto deste de 2019, Bruno ao analisar o começo da ‘Operação Famintos’, ele saiu integralmente na defesa da ex-cunhada do prefeito Iolanda Barbosa. “Eu confio completamente na lisura do processo que é tomado pela ex-secretária Iolanda Barbosa “, afirmou Bruno Cunha Lima.