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Ministério Público recomenda medidas para garantir direitos a mulheres que façam interrupção de gravidez decorrente de estupro

O Ministério Público da Paraíba recomendou às maternidades Frei Damião, Cândida Vargas, Hospital General Edson Ramalho, Conselho Regional de Medicina (CRM/PB), Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB); Secretaria Municipal da Saúde de João Pessoa (SMS/JP) e Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) medidas sobre a comunicação compulsória a autoridades policiais em casos de interrupção de gravidez em decorrência de estupro. A recomendação foi expedida pela promotora de Justiça da Saúde da Capital, Maria das Graças Azevedo.

Segundo a promotora, essa comunicação compulsória deve apenas ser feita para fins estatísticos para formulação de políticas públicas de segurança e para policiamento, sem informações pessoais da vítima, exceto em consentimento expresso dela para que o crime seja apurado pela polícia ou quando absolutamente incapaz.

Além disso, foi recomendado que não se ofereça a visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia, exceto quando haja pedido espontâneo da vítima, devendo ser garantidos todos seus direitos como paciente.

Foi recomendado ainda que as mulheres que buscam atendimento para interromper gravidez resultante de estupro devem se orientadas acerca da probabilidade dos riscos descritos no termo no caso do procedimento realizado com acompanhamento médico, bem como dos riscos da própria manutenção da gravidez e parto.

Em agosto, o Ministério da Saúde editou a Portaria n° 2.282/2020 dispondo sobre Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do SUS. Com a nova portaria, passou a ser obrigatória pelo profissional de saúde que realiza o atendimento da vítima de violência sexual a notificação à autoridade policial dos casos em que houver indícios ou confirmação do crime de estupro, com a preservação de possíveis evidências materiais do crime, a serem entregues imediatamente à autoridade policial.

A promotora estabeleceu o prazo de 15 dias para acatamento da recomendação.

Direito

A promotora destaca que a vítima de estupro tem direito a tratamento integral de saúde

através do SUS, incluindo a profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e a interrupção da gravidez resultante do crime e que esse direito ao tratamento de saúde não depende do registro de boletim de ocorrência, podendo a vítima de violência sexual ter acesso ao atendimento de saúde e ao aborto legal sem querer, por motivos de foro íntimo, comunicar o fato à polícia.

Além disso, quando a vítima de violência sexual procura o serviço de saúde, deve ter garantido o direito ao sigilo médico das informações fornecidas por ela e sobre o tratamento recebido. Para a promotora, o sigilo médico é uma decorrência do direito fundamental à intimidade, por proteger informações pessoais e íntimas do paciente, que, por necessidade do tratamento, são confiadas a profissionais de saúde.

Ainda de acordo com Maria das Graças, não se mostra razoável nem clinicamente necessária a oferta para visualização do embrião para a vítima de violência sexual que procura o serviço de saúde para interrupção da gravidez resultante do estupro, tendo o efeito apenas de constranger e gerar culpa na vítima pelo exercício de um direito.

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LEO BEZERRA, A BOLA DA VEZ! – A convenção partidária do Cidadania e do Progressistas está marcada para para ser realizada em conjunto na próxima quarta-feira (16), e, certamente, será nesse dia que será apresentado o nome do vice de Cícero Lucena. Embora o presidente do Cidadania, vereador Bruno Farias, esteja fazendo uma campanha para ser o indicado, o nome do outro vereador, Leo Bezerra, ganhou força para ser o escolhido pelo governador João Azevêdo e compor a chapa com Cícero. Lembremos que Leo foi o primeiro a defender, antes mesmo de Cícero decidir se retornaria ou não à vida política, seu nome para disputar à Prefeitura de João Pessoa e, também, se colocou à disposição para ser o seu vice. Leo ainda apresentou na CMJP, um projeto da época em que Cícero foi prefeito da Capital, onde a prefeitura era responsável por entrega de medicamentos nas residências. E não custa ligar uma coisa a outra, o deputado estadual Hervázio Bezerra, que está como Secretário de Esportes da Paraíba, está usando suas redes sociais para lembrar momentos de campanhas ao lado de Cícero; Hervázio que foi Secretário de Saúde de João Pessoa, na gestão do “caboclinho”. Por fim, podemos lembrar que Hervázio desejava voltar à Assembleia e por conjunturas políticas, para ajudar o governador João Azevêdo, aceitou permanecer na pasta. Já Leo Bezerra foi o vereador de João Pessoa mais bem votado na última eleição e é um parlamentar bastante assíduo nos debates da Casa e tem um carisma muito grande junto dos pessoenses. #LEOBEZERRAVICE #CICEROELEOBEZERRA #PREFEITOEVICEDEJOÃOPESSOA
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Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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