O Hospital Municipal Santa Isabel (HMSI) é referência no tratamento da covid-19 e tem elaborado e discutido novos protocolos de atendimento aos pacientes e realizado capacitações das equipes de trabalho. O cuidado com os usuários tem sido refletido na redução do tempo de internação e das infecções hospitalares.Porém, muito antes da pandemia do novo coronavírus,as boas práticas de saúde já eram adotadas, baseando-se nas ações instituídas por grandes hospitais como o Albert Einstein.
A diretora do HMSI, Maria Dorinha Macedo, explicou que antes do coronavírus, o hospital já fazia parte de um projeto chamado Proadi-SUS, com o apoio do Hospital Albert Einstein, que visa a segurança do paciente em larga escala e trabalha a mudança de cultura, técnicas e práticas em benefício dessa segurança. “Como vínhamos trabalhando com esse objetivo, quando nos tornamos referência em covid-19, apesar do desconhecimento sobre a doença e das dificuldades, a equipe conseguiu cuidar desses pacientes de forma correta”, disse ela.
Em todos esses meses de pandemia, o Santa Isabel elaborou e discutiu novos protocolos, como também aprimorou semanalmente cada um deles, pois a cada semana surgiu uma novidade da doença. Também foram feitos treinamentos e capacitação dos profissionais, incentivando hábitos simples, como lavar as mãos de maneira correta e a forma ideal de paramentação com os EPIs (equipamento de proteção individual).
Segundo Maria Dorinha explicou, todos os cuidados ajudaram a diminuir o número de infecções hospitalares: “temos uma equipe com infectologistas e enfermeiros que,com as práticas adequadas, tem o objetivo de reduzir o tempo do paciente no hospital e, consequentemente, sua exposição a infecções hospitalares”.
Segundo ela, entre as infecções mais comuns em hospitais, houve redução da infecção urinária: de 5,6% para zero; infecção respiratória, que acontece com pacientes entubados: de 6,5% para 4,2%; e infecção sanguínea: de 8,2% para 5,1%.
Em abril, o Santa Isabel teve mais um acréscimo na melhoria do seu funcionamento durante a pandemia, participando do projeto “Todos pela saúde”, do Hospital Sírio-Libanês, cuja equipe fez uma visita e formou um gabinete de crise com uma comissão multidisciplinar. O objetivo deste gabinete era melhorar o funcionamento do hospital e resolver problemas de forma rápida e segura. “Temos reuniões diárias em conjunto com cada setor para garantir gerenciamento e funcionamento de forma plena do hospital”, afirmou a diretora.
Ela enfatizou que essas reuniões melhoraram a comunicação interna do hospital, facilitando a vida de toda equipe profissional. “Será um legado que o projeto deixou e iremos levar conosco, mesmo após a pandemia”, finalizou ela.
Residência Médica – O hospital possui ainda o Programa de Residência Médica do SUS, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, em três especialidades: Cirurgia Geral, Clínica Médica e Proctologia. Os residentes continuam trabalhando durante a pandemia, tendo um aprendizado intenso e se capacitando cada vez mais. O programa de residência,além da formação acadêmica, aborda a melhoria da qualidade do atendimento do paciente, dando prioridade à humanização do usuário.
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