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QUANDO A PANDEMIA PASSAR (O FUTEBOL) – Escreve Demétrius Faustino

Demétrius Faustino

 

Nesses tempos de silêncios internos, capazes de propor, de um lado, paz e recolhimento, e de outro, medo e solidão, a luta pela proteção da vida tem sido a prioridade. Entretanto, por mais grave que seja essa atual doença infecciosa que se espalha de forma rápida e descontrolada, ela acabará passando, como ocorreu com outras no passado.

Contudo, já é certo que o ano já recebeu sua sentença condenatória, e vai entrar para a história como um dos grandes desastres do século 21, pois em decorrência da imposição de quarentena, que é imprescindível para evitar a propagação da doença, o mundo parou e de forma desastrosa.

Agora é procurar entender que reaver a vida em comum no futuro não é suficiente, mas encontrar formas de fortalecer esta possibilidade sim, porquanto não podemos esquecer o quanto a perda do contato humano durante este tempo nos tem empobrecido profundamente.

Para tanto, é preciso  ler os sinais que a COVID-19 tem exibido de forma clara e visualizar o futuro, seguindo numa direção, com uma meta voltada para a reconstrução de um mundo melhor, e em meio a tanta angústia e perplexidade, semear a esperança.

A queda da atividade econômica é a maior das muitas consequências desta quarentena, assunto este debatido à exaustão, e que, portanto, preferimos nos reportar a outros efeitos negativos que a pandemia trouxe, como por exemplo, ao nosso futebol.

Depois de meses sem nenhuma competição esportiva de peso, onde a bola não rola nos gramados brasileiros desde março, ainda não se tem data estipulada para a sua volta, mas algumas mudanças, cremos, devem acontecer, em razão do atraso no calendário.

Assim sendo, com o atraso de partidas, as equipes provavelmente devem jogar mais no retorno, causando um aumento do número de datas e assim um prolongamento de diversos torneios; a torcida em estádios brasileiros de futebol deve ser a última coisa a voltar a “normalidade”; com alto risco de contágio, os jogos de todas as competições devem acontecer sem público por bastante tempo, onde se vai poder ouvir os reclames, murmúrios, sussurros e palavrões dos protagonistas pela TV; os jogadores não devem comemorar seus gols como são acostumados, com abraços, por exemplo.

Outras medidas como distanciamento social no banco de reservas, comissão técnica e atletas com máscaras, também devem ser tomadas.

A pandemia tirou também o brilho do nosso futebol, mas como diria Lulu Santos nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Pois tudo passa, tudo sempre passará.

João Pessoa, maio de 2020.

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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