Preocupada, Estela realiza audiência pública para debater os impactos da Reforma da Previdência

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Para a deputada estadual Estela Bezerra, as reformas pretendidas pelo Congresso em relação à Previdência Social atingem diretamente os trabalhadores mais humildes e as mulheres de forma mais grave. A informação e a mobilização são as nossas maiores forças nesse momento”.

Nesse sentido, a deputada Estela Bezerra realiza nesta sexta-feira (7), uma audiência pública para debater os impactos da Reforma da Previdência no país. As atividades começam a partir das 9h, no Plenário José Mariz, da Assembleia Legislativa da Paraíba.

Desde o início do ano, Estela Bezerra tem percorrido vários municípios da Paraíba em audiência públicas que discutem e debatem os riscos que os trabalhadores correm com a Reforma da Previdência. Para a parlamentar, é essencial que os trabalhadores e trabalhadoras entendam os pontos da Reforma e possam se posicionar.

Outro ponto que precisa ser discutido é o impacto da Reforma na economia dos pequenos municípios do país. De acordo com pesquisa realizada pela Compara Brasil, a pedido da revista Carta Capital, em 68% dos municípios brasileiros, a circulação de valores gerada por benefícios pagos pela Previdência é superior ao FPM – Fundo de Participação dos Municípios. Para Estela, essa questão precisa ser enfrentada principalmente por prefeitos e vereadores:

“Essa proposta impacta principalmente a receita dos pequenos municípios, quando alguns possuem o FPM menor que a receita gerada por aposentados e pensionistas. Prefeito e vereador que zela por seu município não pode estar ao lado de quem vota a favor dessa reforma”, afirma a deputada.

É grave também o que se pretende em relação às mulheres. Ao igualar o tempo de contribuição entre homens e mulheres para os 65 anos, a reforma não contempla as jornadas  duplas que as mulheres desempenham diariamente. “É um desrespeito ao trabalho valioso que é realizado de forma solitária pelas mulheres, que é o trabalho doméstico, e que só é computado e reconhecido no momento da aposentadoria, quando as mulheres conseguem o benefício 5 anos mais cedo que os homens”.

“A importância desse debate na Assembleia é justificada pela urgência em informar a população sobre o que se pretende. Só a mobilização e a pressão popular vai conseguir barrar essa reforma”, finalizou Estela.

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