O vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, disse que é motivo de constrangimento para a administração municipal o governador do Estado, Ricardo Coutinho, passar uma reprimenda pública anunciando que vai fazer o calçamento das ruas no entorno da barreira do Cabo Branco, obra simples de responsabilidade do prefeito Luciano Cartaxo e que se arrasta há quase dois anos, irritando quem tem que trafegar diariamente por aquele local.
“Eu chamei atenção desse caso quando listei a falta de planejamento da Prefeitura em documento enviado aos filiados do PPS. Meu gabinete fica na Estação da Artes, construÃda por Luciano Agra, e todo dia tenho que passar pelo aperreio que todos enfrentam. Colocaram uma lama asfáltica, arrastada pelas chuvas, deixando só a buraqueira em um dos pontos turÃsticos mais visitados de nossa cidade. Não adianta ficar culpando órgãos ambientais pelas falhas da própria gestão. Existiam várias alternativas de ruas paralelas no local”, afirmou Bandeira.
O que está ocorrendo no entorno da barreira do Cabo Branco, na avaliação do vice-prefeito, decorre do que “nós dissemos publicamente quando avaliamos a gestão. A falta de planejamento, a não estipulação de metas, a ausência de cobrança de um cronograma de atividades por parte do prefeito aos seus secretários. Como não tem isso, aà recebe um carão do governador e reage de forma atabalhoada. Junta vários secretários e assessores, bota uma máquina da Seinfra e uns funcionários e chama a imprensa. Para quê? Acaba revelando exatamente que a obra não foi feita e estava paralisada”, constatou.
Nonato Bandeira disse que o contribuinte quer é solução de uma vez do poder público para um dos acessos mais importantes da cidade, não apenas sob o ponto de vista do turismo, já que por lá transitam quem vai para o Centro de Convenções e as Estações Ciências e das Artes, mas também para garantir o deslocamento de quem mora no Seixas, na Penha, Jacarapé, Conde e todo o litoral sul paraibano.
Segundo o vice-prefeito da Capital, também é constrangedor ver o Estado realizando obras de competência exclusiva da Prefeitura, a exemplo do calçamento de ruas no conjunto Cidade Verde. “Ainda temos as obras viárias como o Trevo de Mangabeira, a Perimetral Sul e o alargamento de Cruz das Armas, que no mÃnimo poderiam ter uma contrapartida do municÃpio”, complementou.