Deputado paraibano defende fim do presidencialismo como solução para crise política

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O deputado Marcondes Gadelha (PSC) usou a Tribuna na Câmara Federal, na tarde desta quinta-feira (16), para defender a implantação do parlamentarismo no Brasil como solução para a atual crise política e econômica. Para ele, a população que foi às ruas no último domingo em todo o País, não protestou apenas contra o Governo. Mas, sim, contra o modelo político que está estabelecido.

“As ruas deram um recado eloquente, cabal e definitivo no domingo passado. Exige uma solução urgente, um desfecho no curto prazo para a crise institucional que estamos vivendo. Três alternativas são apontadas corriqueiramente: o impeachment, a destituição pelo TSE ou a renúncia. Mas, eu entendo que nós devemos ir mais longe. Devemos procurar superar de uma vez por todas, esse drama cíclico que atinge o País. Apagar esse carma, esse estigma, que marca o esforço do povo brasileiro, como semente de inércia e de frustação, que é o sistema presidencialista de governo”, defendeu.

Marcones Gadelha acredita que o presidencialismo no Brasil e em toda a América Latina acumula uma história de fracasso, de uma crise atrás da outra. “Renúncia, suicídio, golpe de Estado, impeachment, ditadura e, sobretudo, ineficiência, atraso econômico e corrupção desenfreada. Mas mesmo na situação atual o parlamentarismo já é a solução ideal para garantir a governabilidade”, sustentou.

Ele citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do senador Aluizio Nunes Ferreira, tratando da implantação do sistema parlamentarista de Governo. O documento, segundo ele, propõe o início da vigência do parlamentarismo para 2018, mas estabelece uma regra de transição para o enfrentamento da crise atual que o País enfrenta.

“Nós devemos atender ao clamor das ruas. Devemos ficar atentos aquele espetáculo majestoso, que foi o povo ocupando ruas, praças e avenidas pelo País inteiro. Mas, acima de tudo, nós temos que implantar um regime de governo que o povo não precisa ir às ruas quando tiver que mudar os rumos como o País esteja sendo conduzido administrativamente”, finalizou.

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