Residências continuam sendo cenário de maior número de acidentes fatais no país

A segurança com a rede elétrica é fundamental para preservar vidas, seja dentro ou fora de casa. Pensando nisso, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) promove, em agosto, a Campanha Nacional de Segurança, conhecida como Agosto Vermelho, com foco na prevenção de acidentes com eletricidade.

Segundo o Anuário de 2025 da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2024 o Brasil registrou 1.077 acidentes por choque elétrico, que resultaram em 759 mortes — um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Na Paraíba, o cenário preocupa: 39 acidentes por choque elétrico deixaram 31 vítimas fatais no último ano.

O levantamento do anuário mostra que as residências seguem como um dos principais locais de ocorrência desses acidentes fatais. Entre as causas mais comuns estão instalações mal construídas ou reformadas por pessoas sem capacitação, uso de materiais de baixa qualidade, ausência de dispositivos de proteção como o IDR (Interruptor Diferencial Residual) e do condutor de proteção (fio terra). Situações simples, como varais energizados, choques com máquinas de lavar, uso incorreto de benjamins (T) e extensões, e manutenção elétrica feita de forma caseira, aparecem com destaque entre as causas.

A construção civil também é um fator preocupante no documento da Abracopel, onde os acidentes acontecem principalmente devido a construções irregulares, muito próximas da rede elétrica, o que pode acabar ocasionando o toque acidental.

“O dado mais alarmante é que esses acidentes poderiam ser evitados com cuidados básicos de manutenção e prevenção. É fundamental contar com profissionais qualificados para qualquer serviço elétrico, utilizar equipamentos de qualidade e verificar periodicamente as instalações. A eletricidade é algo sério, e a imprudência pode custar vidas”, alerta Lenildson Santos, coordenador de Segurança da Energisa Paraíba.

O anuário também aponta que a faixa etária mais atingida está entre 21 e 50 anos (472 mortes em 686 acidentes), mas crianças e adolescentes também são vítimas — somente em 2024, 49 mortes foram registradas entre 0 e 15 anos, no Brasil.

Dicas para prevenir acidentes com eletricidade:

• Ter atenção especialmente em áreas molhadas como lavanderias, cozinhas e banheiros porque a água é um excelente condutor de energia;
• Atenção com a proximidade de fachadas (rebocos ou pinturas em especial) ou manuseio de materiais de construções a exemplo de vergalhões e réguas metálicas que podem tocar alguma rede de energia que estiver próxima;
• Muita atenção quando for instalar ou mexer em alguma antena (devido ao seu tamanho e muitas vezes ser de material metálico, pode vir a tocar na de energia);
• Deve-se acionar os órgãos competentes (prefeituras) para realização de podas preventivas, mas se estiver muito próxima da rede, a Energisa deve ser aciona para que a poda seja realizada com segurança;
• Não soltar pipas em áreas próximas a rede elétrica, pois podem provocar curto-circuito e rompimento de cabos;
• Nunca arremesse cabos ou outros objetos sobre a rede elétrica. Mesmo eles estando encapados, a capacidade de isolamento do material pode não ser suficiente para evitar a passagem da eletricidade;
• Não usar aparelhos celulares ligados a tomada.

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O Conselho Municipal de Saúde de João Pessoa (CMS-JP) está inserido no programa Participa+ do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um projeto de formação para o controle social no âmbito do SUS que visa fortalecer a atuação de conselheiros de saúde e lideranças de movimentos sociais por meio de oficinas, rodas de conversa e outras atividades.

O Participa+ oferece espaços e ferramentas para que cidadãos, conselheiros de saúde e lideranças sociais possam interagir, compartilhar experiências e contribuir para aprimorar o SUS. “Foi uma experiência maravilhosa. O Participa+ traz ainda mais força, pois, além de formar, permite participar, criar, interagir e defender o SUS, que é o mais importante para todos nós que acreditamos nesse sistema”, destacou Mariah Marques, presidente do Conselho Municipal de Saúde de João Pessoa.

Ela ressaltou que, no âmbito local, está sendo edificada uma espécie de rede estadual de Conselhos de Saúde. “Estamos construindo uma rede estadual de conselhos e, como filha desta cidade — cidade de cultura e resistência — e presidente do Conselho Municipal de Saúde de João Pessoa, sinto grande satisfação em estar presente mais uma vez debatendo políticas públicas, adquirindo conhecimentos e me fortalecendo cada vez mais para a defesa do SUS e para garantir o melhor atendimento à população”, pontuou Mariah Marques.

Vale ressaltar que o Conselho Municipal de Saúde de João Pessoa é pioneiro na apresentação para os demais municípios do Estado e desenvolvimento do documento orientador das pré-conferências e da Conferência Municipal de Saúde de 2025, contribuindo de forma significativa para o Plano Municipal de Saúde de João Pessoa.

Conselho Nacional de Saúde – É uma instância colegiada, deliberativa e permanente do SUS, integrante da estrutura organizacional do Ministério da Saúde. Criado em 1937, sua missão é fiscalizar, acompanhar e monitorar as políticas públicas de saúde nas suas mais diferentes áreas, levando as demandas da população ao poder público, por isso é chamado de controle social na saúde. As atribuições atuais deste Conselho estão regulamentadas pela Lei n° 8.142/1990.

O CNS tem por finalidade atuar na formulação e no controle da execução da Política Nacional de Saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, nas estratégias e na promoção do processo de controle social em toda a sua amplitude, no âmbito dos setores público e privado.