Por 12 votos a 5, os vereadores de Bayeux cassaram, na noite desta quarta-feira (4), o mandato do vice-prefeito da cidade, Luiz Antônio (PSDB), numa sessão que durou aproximadente mais de dez horas. Com a decisão, o tucano perde o mandato de vice-prefeito e fica inelegível por oito anos. Entretanto, a defesa do vai recorrer da decisão.

Votaram pela cassação, o presidente da Câmara, Adriano do Táxi, Daniele Caetano, Kita, França, Netinho, Lico, Guedes, Zé Baixinho, Liciene, Dedeta, Rubem e Orelha. Já Adriano Martins, Inácio, Josauro, Betinho e Roni Alencar votaram contra a cassação.

O vice-prefeito é acusado de cobrar propina no valor de R$ 100 mil  ao empresário Ramon Acioly para pagar a blogs e Sistemas de Comunicação, com o objetivo de divulgarem o vídeo no qual o prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima, subornou um fonecedor do município em troca da liberação de pagamentos atrasados da gestão anterior. Fonte Blog do Anderson Soares.

O secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Estado, João Azevêdo, exaltou a iniciativa do Governo em construir o Hospital Dom José Maria Pires, inaugurado hoje (4). Segundo Azevêdo, o equipamento é um marco para gestão Ricardo e para a Paraíba.

“É um hospital dotado da maior e melhor infraestrutura para o meio, é um marco. A história teve um marco para o turismo, que foi o Centro de Convenções, e a saúde tem um marco que é o Hospital Dom Jose Maria Pires”, disse.

Azevedo comentou ainda sobre política, e a possibilidade de saída do governador Ricardo Coutinho do cargo para disputar uma vaga no Senado Federal. Para o secretário, seja qual for a posição que Ricardo queira “jogar”, será um reforço para o “time”.

“Não é questão de ser melhor ou pior, governador foi eleito para ser governador até o diz 31 de dezembro, se ele decidir sair antes é uma decisão pessoal, e essa prerrogativa ele vai exercer, a posição que ele seguir jogar, será bem-vinda e será boa para o time. Sexta todo mundo vai saber”, destacou.

Por fim, João evitou comentar sobre a criação da assessoria de segurança e apoio para ex-governadores, publicada no Diário Oficial de hoje. Ele preferiu se inteirar do assunto antes de julgar o ato governamental.

“Estou rodando obra, e não conseguir ver. Gostaria de ler para ter compreensão, não me nego a dar opinião, mas preciso compreender e saber sobre aquilo que estou falando. Preciso me informar para fazer o juízo de valor”, salientou.

Ouça a entrevista com o secretário João Azevêdo.

O deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa (ALPB), Bruno Cunha Lima (PSDB), apresentou o projeto de Lei 1.801/2018 para revogar a Lei sancionada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) que cria a guarda particular para ex-governador. O tucano ainda questionou os motivos para a criação de uma segurança particular enquanto grande parte dos municípios paraibanos não conta com efetivo policial capaz de fazer o enfrentamento da violência e recebe o pior salário do país. O parlamentar também encaminhou representação ao Ministério Público pedindo providências em relação a essa lei que é uma “afronta ao contribuinte paraibano”.

“Ricardo está com medo. O governador cria essa Lei e admite que de fato a Paraíba está entregue à criminalidade. Chegou a hora de Ricardo deixar o palácio e se encontrar com a segurança que ele próprio sucateou. É imoral a criação de uma guarda particular que vai ser paga pelos paraibanos, enquanto o resto do Estado enfrenta a violência todos os dias”, destacou Bruno.

A Lei 11.097/2018 que cria guarda particular foi publicada no Diário Oficial do dia 31 e disponibilizada a edição nesta terça-feira (3) à noite. Ela cria três cargos que serão ocupados por policiais militares, que serão escolhidos pelo ex-governador e que ficarão à sua disposição por quatro anos. “Vale lembrar que nós da oposição fomos contrários a esse absurdo”, lembrou.

Os cargos terão vinculação direta ao Secretário Executivo Chefe da Casa Militar do Governador, podendo ser ocupados por policiais da ativa ou reserva remunerada. Perderá o direito ao benefício, conforme a lei, o ex-gestor que fixar residência fora do Estado da Paraíba. Já as despesas serão das dotações orçamentárias da Casa Militar do Governador.

Conforme a Lei, também focam criados cinco cargos de coordenador do acervo do governador dentro da Fundação Casa de José Américo, que será indicado pela família dos ex-gestores e terão a remuneração de R$ 2 mil.

O governador Ricardo Coutinho (PSB) declarou nesta quarta-feira (4), que o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires conta com os recursos para o seu custeio garantidos pelo Governo do Estado. O Hospital gastará R$ 9 milhões mensais.

Segundo o governador, todas as obras do Estado estão com seus recursos assegurados.

“O governo não tem uma obra e nenhum serviço que não esteja pago até 31 de dezembro de 2018. Deixarei o governo absolutamente líquido, limpo e sem qualquer desastre para o meu sucessor, para que ele possa fazer mais do que eu tenha feito. Todas as mais de 200 obras em curso no estado os recursos do estado estão definidos e aptos ao pagamento desde que as medições sejam feitas, da mesma forma, o custeio deste hospital”, destacou.

Ouça a declaração do governador Ricardo Coutinho.

O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) não aprovou a lei sancionada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), que cria guarda pessoa para ex-governadores. “É inacreditável. Enquanto o cidadão clama por segurança pública, Ricardo Coutinho cria uma segurança privada para é ex-governador, que será paga com dinheiro público”, protestou.

Para o tucano, a medida revela privilégio à classe política em detrimento das reais necessidades da população e uma visão arcaica de se fazer política. “Mentalidade velha, na contramão de tudo que estamos vivendo. Uma visão antiga, de que o poder público pertence a ele. Por fim, uma declaração de sua gestão fracassada na segurança pública”, ressaltou o deputado.

O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, se filiou na manhã desta terça-feira (3), ao Partido Social Cristão (PSC), e na oportunidade falou sobre o seu novo partido e a possibilidade de vir a disputar o Governo do Estado.

Manoel Júnior também não se furtou em falar sobre seu ex-partido, o MDB, que só no dia de ontem perdeu três importantes figuras políticas que foram o próprio vice-prefeito, O senador Raimundo Lira e o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo.

Ouça abaixo a fala de Manoel Júnior sobre sua chegada ao PAC e a situação do MDB.

Foram cinco vereadores da cidade de Cabedelo que foram presos (coercitivamente) no início da manhã desta terça-feira (3), na Operação Xeque-Mate da Polícia Federal. Os nomes dos parlamentares presos foram: Lúcio José (PRP), Tércio Dornelas (PSL), Jaqueline (PRP), Júnior Datelle (PEN) e Antônio do Vale (PRP), foram conduzidos coercitivamente para a sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

Outros cinco vereadores estão sendo afastados por conta da Operação Xeque-Mate.

Saiba Mais

A Polícia Federal, em ação conjunta com o MPPB (GAECO), deflagrou nessa manhã (3) a operação Xeque-Mate com objetivo de desarticular esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, no âmbito dos poderes executivo e legislativo municipal. Informações preliminares dão conta de que o prefeito Leto Viana (PRP), seu vice, Flávio de Oliveira (PRP), além do presidente da Câmara, Lúcio José (PRP) foram presos. O escritório de um famoso empresário de João Pessoa também estaria cercado por agentes da PF.

Participam da operação cerca de 200 policiais federais. Serão cumpridos 11 mandados de prisão preventivas, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal.

Durante as investigações, ficou comprovado a participação das principais autoridades públicas do município que se beneficiavam do esquema de diversas formas, tendo registrado aumento patrimonial espantoso, muito acima do condizente com sua renda.

Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de 10 milhões de reais à margem do sistema financeiro oficial.

Em um dos esquemas, foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da câmara municipal que recebiam salários de até R$20.000 e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais.

Foram constatadas ainda doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.

Os envolvidos responderão por formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude licitatória. O prefeito responderá ainda por crime de responsabilidade de prefeito. O MPPB e a PF disponibilizam o endereço eletrônico http://xequemate.mppb.mp.br para denúncias relativas à investigação.