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Condenado por estupro de vulnerável é preso em João Pessoa

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A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Zona Norte (DEAM Norte), com apoio da DEAM Sul e da Unidade de Inteligência da Polícia Civil (UNINTELPOL), cumpriu, nesta terça-feira (26), um mandado de prisão condenatória em desfavor de um homem sentenciado pelo crime de estupro de vulnerável, praticado contraa própria enteada. A ação foi coordenada pela Coordenação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Coordeam) e realizada no bairro Ilha do Bispo, em João Pessoa.

O investigado foi condenado a 23 anos e 4 meses de reclusão pela Justiça. A prisão integra as ações da Operação Nacional Shamar, que tem como foco o enfrentamento à violência contra a mulher e grupos vulneráveis. A localização do condenado ocorreu após sete dias de investigação, período em que as equipes policiais realizaram diligências para identificar o paradeiro do foragido, resultando no cumprimento do mandado judicial.

A Polícia Civil da Paraíba ressalta a importância do trabalho integrado das Delegacias de Atendimento à Mulher da capital (Norte e Sul), da UNINTELPOL e da coordenação da Coordeam, reforçando o compromisso da instituição no combate à violência sexual e na proteção das vítimas.

Polícia Civil cumpre três mandados de prisão em Coremas nas últimas 48 horas

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Nas últimas 48 horas, a Polícia Civil da Paraíba cumpriu três mandados de prisão no município de Coremas. As ações foram realizadas por equipes da delegacia local, em desfavor de investigados por crimes de roubo e tráfico de drogas.

As duas primeiras prisões ocorreram na segunda-feira, 25. Eles são apontados por crimes de roubo e tráfico de entorpecentes. O terceiro preso – investigado por crime de roubo – foi capturado nessa terça-feira, 26. De acordo com informações que chegaram à PCPB, este último capturado pretendia fugir da cidade.

Todas as prisões foram comunicadas à justiça, que deverá adotar as medidas legais cabíveis.

João Pessoa avança em políticas públicas de igualdade racial e realiza reunião do Conselho Municipal

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A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Coordenadoria da Igualdade Racial, promoveu, nesta terça-feira (26), a III Reunião Extraordinária do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir). O encontro aconteceu no Sindicato dos Bancários e reuniu representantes da gestão municipal, sociedade civil, movimentos sociais e instituições para fortalecer o diálogo e as ações voltadas à equidade racial no município.

Entre os principais pontos discutidos estiveram: eleição dos novos membros do Compir; implementação do Plano Juventude Negra Viva (PJNV) em João Pessoa; formulação do edital de chamamento público para composição do Conselho; e organização das atividades alusivas ao Mês da Consciência Negra, em novembro.

A coordenadora da Igualdade Racial de João Pessoa, Carla Uedler, destacou a relevância do encontro para dar continuidade às políticas públicas. Segundo ela, a reunião possibilitou não apenas a renovação do Conselho, mas também um avanço na adesão ao Plano Juventude Negra Viva. “O plano visa reduzir a mortalidade e a violência contra jovens negros, fortalecendo políticas públicas de reparação e justiça social em João Pessoa. Também debatemos a criação da lei municipal de cotas, um passo essencial para garantir mais equidade e oportunidades”, afirmou.

O encontro contou ainda com a presença de representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); do Observatório Antirracista da Paraíba; da Marcha da Negritude; da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), representada pelo vereador Marcos Henriques; além do juiz André Machado, do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT13), que ressaltou a importância da participação do sistema de justiça nas discussões raciais. “É fundamental que a justiça seja inclusiva e interseccional, reconhecendo as especificidades e as desigualdades que atingem a população negra, especialmente mulheres e moradores das periferias”, declarou.

A reunião ainda trouxe reflexões sobre a intersecção entre raça e diversidade sexual. Karina Espínola, assessora da Coordenadoria de Promoção à Cidadania LGBT+, destacou a importância de unir as pautas. “Pessoas negras que também fazem parte da comunidade LGBT sofrem múltiplas formas de violência e exclusão. É urgente que as políticas públicas contemplem essas realidades com o mesmo compromisso”, afirmou.

A III Reunião Extraordinária do Compir reforçou o compromisso de João Pessoa em avançar em políticas afirmativas e de inclusão social. Os encaminhamentos aprovados fortalecem a construção de uma cidade mais justa, plural e diversa, com participação ativa da sociedade civil e instituições públicas.

Consumidor em choque: Tarifa de energia elétrica sobe em média 13,59% na Paraíba a partir desta quinta-feira

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O reajuste da tarifa de energia elétrica da distribuidora Energisa Paraíba foi aprovado pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, dia 26. A distribuidora atende cerca de 1,88 milhão de unidades consumidoras em municípios paraibanos e o aumento médio será de 13,59% a partir desta quinta-feira, dia 28.

Veja na tabela abaixo os índices propostos que entram em vigor a partir de 28 de agosto de 2025:

Empresa Consumidores residenciais – B1
EPB 13,50%
Classe de Consumo – Consumidores cativos
Baixa tensão em média Alta tensão em média Efeito Médio para o consumidor
13,94% 12,11% 13,59%

Entre os fatores que mais impactaram estão custos com transporte, distribuição, compra de energia, encargos setoriais e componentes financeiros de anos anteriores.

O tema foi discutido com a sociedade por meio de audiência pública em João Pessoa (PB), em 18 de junho, e foi pauta da Consulta Pública nº 24/2025.

 

Revisãotarifária x Reajuste tarifário

A Revisão Tarifária Periódica (RTP) e o Reajuste Tarifário Anual (RTA) são os dois processos tarifários mais comuns previstos nos contratos de concessão. O processo de RTP é mais complexo. Nele são definidos: (i) o custo eficiente da distribuição (Parcela B); (ii) as metas de qualidade e de perdas de energia; e (iii) os componentes do Fator X para o ciclo tarifário. Já o processo de RTA é mais simples e acontece sempre no ano em que não há RTP. Nesse processo, é atualizada a Parcela B pelo índice de inflação estabelecida no contrato (IGP-M ou IPCA) menos o fator X (IGP-M/IPCA – Fator X). Em ambos os casos são repassados os custos com compra e transmissão de energia e os encargos setoriais que custeiam políticas públicas estabelecidas por meio de leis e decretos.

Psicólogos no luto: o trabalho invisível que ampara famílias na despedida

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A atuação dos psicólogos no contexto do luto segue pouco conhecida e, muitas vezes, invisível até mesmo dentro da própria profissão. No entanto, esses profissionais desempenham um papel essencial para que famílias enlutadas encontrem acolhimento, compreensão e um espaço seguro para viver e elaborar suas dores. No Grupo Morada, o trabalho vai além da escuta clínica, envolvendo preparo emocional, empatia e atenção a cada detalhe que torne a despedida digna e respeitosa.

De acordo com Simône Lira, psicóloga especialista em luto do Grupo Morada, é necessário apoiar os familiares com um espaço seguro, desde o momento em que o cliente chega para planejar a despedida. “Cada detalhe é pensado para honrar a memória e a história biográfica do ente querido. Esse acolhimento cuidadoso e esclarecedor já é, em si, um ato de educação para a morte, oferecendo informações seguras sobre possibilidades de uma despedida que olhe mais para a vida e o amor vivido do que apenas para a morte”, explica.

Para Simône, a presença de psicólogos em cemitérios, funerárias e centrais de velório ainda enfrenta preconceitos e desconhecimento. “Muitas pessoas, inclusive na universidade, não conhecem essa atuação. A morte é um tabu não só para a sociedade, mas também dentro das profissões. É comum perguntarem: ‘O que um psicólogo faz no cemitério?’. A verdade é que a psicologia cuida de seres humanos, e todos, um dia, perderão alguém. É preciso ter clareza sobre a importância desse cuidado com quem fica”, afirma.

O trabalho do psicólogo do luto se divide em dois momentos. O primeiro, muitas vezes nos bastidores, é voltado ao acolhimento no momento mais agudo da perda, quando as famílias estão organizando a despedida. O segundo, envolve atendimentos posteriores, como plantões psicológicos, orientações e participação em grupos de apoio. “Nós psicoeducamos sobre o processo de luto porque, socialmente, não se valida a dor. A sociedade impõe prazos para o sofrimento, como se houvesse um tempo limite para sentir. Estamos aqui para oferecer um espaço em que seja permitido viver essa dor, reconhecer o que ela representa e encontrar pertencimento”, reforça.

Além do trabalho individual, o Grupo Morada também promove encontros em grupo com pessoas enlutadas, fortalecendo redes de apoio. Nessas rodas de conversa, é possível compartilhar experiências, reconhecer sentimentos e criar vínculos com quem vive dores semelhantes. “A partilha em grupo traz pertencimento ao ser enlutado. Esse é um processo que ajuda na elaboração e no reconhecimento de que não se está sozinho”, conclui Simône.

No Dia do Psicólogo, a atuação desses profissionais, muitas vezes invisível, ganha destaque por sua contribuição silenciosa, mas transformadora, no cuidado com o luto, um trabalho que oferece amparo e sentido em um dos momentos mais desafiadores da vida.

Rede de Cuidado e Proteção Social de João Pessoa está presente em todos os bairros e comunidades de João Pessoa

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João Pessoa dispõe de uma ampla Rede de Cuidado e Proteção Social, reconhecida inclusive pelo Governo Federal, que integra diversas ações para atender pessoas em situação de rua, idosos, crianças em vulnerabilidade social, famílias de baixa renda e trabalhadores que perderam emprego. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de João Pessoa (Sedhuc) e está presente em todos os bairros e comunidades da Capital.

A rede funciona de forma articulada, reunindo Centros de Referência de Assistência Social (Cras), responsáveis pela proteção básica; Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas); Centro de Referência para Inclusão da Pessoa com Deficiência (CRMIPD); Centros Dia para Pessoa com Deficiência e Criança com Microcefalia; além dos Centros POP, voltados ao atendimento de pessoas em situação de rua. A estrutura também inclui Casas de Acolhida, Casas de Passagem e o serviço Ruartes, especializado em abordagem social e reinserção comunitária.

Entre os programas que integram a rede, destaque para o Família Acolhedora, a Guarda Subsidiada e o de Proteção à Vida, iniciativas que reforçam a atenção às populações mais vulneráveis.

Cras – Com três níveis de proteção social – básica, média e de alta complexidade – a rede tem nos 14 Cras espalhados pela cidade a principal porta de entrada. Nesses equipamentos, a população encontra serviços como realização do Cadastro Único (CadÚnico), orientações sobre benefícios sociais, apoio à convivência familiar, encaminhamento em casos de violência doméstica e acesso a projetos comunitários. Dependendo da necessidade, as famílias e indivíduos são direcionados para outros serviços especializados.

O secretário de Cidadania e Direitos Humanos, Diego Tavares, explica que os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) desempenham um papel essencial na garantia de direitos e na promoção da cidadania, sendo a porta de entrada para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). “Temos 14 unidades, sendo uma de caráter volante, que oferecem acolhimento, escuta qualificada, orientação e encaminhamentos que contribuem para o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários”, ressalta.

Diego Tavares acrescenta que além dos atendimentos individuais e familiares, os 14 Cras pertencentes à Rede de Cuidado e Proteção Social de João Pessoa desenvolvem atividades coletivas que estimulam a convivência comunitária, a autonomia e a inclusão social. “É por meio dos Cras que crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e suas famílias ingressam na rede. O objetivo é garantir o acesso a serviços, programas e benefícios assistenciais, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários”, acrescenta.

Para ter acesso ao endereço e contato dos Centros de Referência de Assistência Social, basta acessar o link.

Homem é agredido durante tentativa de assalto na orla de João Pessoa

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Um jovem de 25 anos foi encontrado com ferimentos na Praia de Tambaú, na manhã desta quarta-feira (27). Em depoimento, o homem disse que foi agredido durante um assalto por volta das 2h da manhã na orla.

O jovem foi atendido por policiais militares da BEPTur e por uma equipe do SAMU. Ele também relatou que sofreu diversas pancadas na região da cabeça.

A vítima foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, para receber os procedimentos médicos necessários. A polícia segue investigado o caso e até o momento da publicação desta matéria, nenhum suspeito preso.

Comerciante reage a assalto, atropela e mata suspeito na Paraíba

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Um comerciante reagiu a um assalto e matou um dos suspeitos, na madrugada desta quarta-feira (27), no Centro de Lagoa Seca, Agreste paraibano.

De acordo com a Polícia Civil, um comerciante trafegava em uma caminhonete na BR-104, quando foi abordado por dois suspeitos em uma moto que anunciaram o assalto.

Outro comerciante, que também conduzia uma caminhonete, viu a situação e reagiu ao assalto. Ele atropelou um dos suspeitos que morreu na hora.

O outro homem conseguiu fugir e segue foragido. Ainda de acordo com a polícia, o motorista ficou ferido e foi encaminhado para um hospital da região.

PB Saúde realiza nova chamada de 182 profissionais aprovados no concurso público

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A Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) publicou nesta quarta-feira (27) a
4ª convocação do concurso público regido pelo Edital nº 004/2024. Ao todo, 182
profissionais foram chamados nesta nova lista, distribuídos entre os cargos das áreas
assistencial, multiassistencial, médica e administrativa. Com isso, o número total de
convocados desde o início do certame chega a 753 profissionais.

A nova lista contempla aprovados para diferentes cargos, como analista de sistemas,
técnico em informática, assistente administrativo, médico, enfermeiro, fonoaudiólogo,
técnico em farmácia, entre outros, para atuarem nas três macrorregiões de Saúde da
Paraíba.
Os convocados em ambas as listas devem enviar eletronicamente a documentação exigida,
conforme o checklist de admissão, por meio do link disponível nos editais de convocação,
respeitando o prazo estipulado em cada um deles.

Para o superintendente da PB Saúde, Jhony Bezerra, os convocados chegam para somar à
equipe grandiosa que já atua nos hospitais e serviços gerenciados pela Fundação.
“A
convocação é o primeiro passo da entrada destes profissionais qualificados na nossa
equipe. Em breve eles devem enviar a documentação, depois farão os exames
admissionais e serão chamados para a integração, onde finalmente poderão atuar junto
conosco na nossa missão de promover a excelência em saúde na Paraíba”
, destacou.

O edital de convocação, com a relação de nomes e classificações, juntamente com o
checklist completo de todos os documentos exigidos para a admissão, na aba Concurso
Público do site da PB Saúde. Todo o material pode ser acessado pelo link: Editais e
Documentos Concurso Público 2024. Além disso, a convocação também vai ser
disponibilizada no Diário Oficial do Estado da Paraíba desta quarta (27) e quinta-feira (28).
Com validade de dois anos, prorrogável por igual período, o concurso da PB Saúde segue
garantindo a entrada de novos profissionais nas unidades gerenciadas pela Fundação,
ampliando a qualidade e a resolutividade do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS)da Paraíba.

O concurso público, realizado em dezembro de 2024, ofertou 1.410 (mil, quatrocentas e
dez) para contratação imediata, abrangendo 87 (oitenta e sete) cargos de níveis médio,
técnico e superior. O certame possui validade de 2 (dois) anos, prorrogável por igual
período, nos termos da legislação vigente e do edital regulador

MPPB lança novos protocolos que buscam impedir a exposição de dados da vítima de violência

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Iniciativa visa coibir a revitimização e proteger a intimidade de mulheres em situação de violência

O Ministério Público da Paraíba (MPPB), em uma atuação conjunta da Corregedoria-Geral, do Centro de Apoio Operacional em Matéria Criminal (CAOCrim), do Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial (Gedir) e do Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes (Navic), lançou, nesta terça-feira (26), a iniciativa “Identidade Protegida”. A ação institucional visa a assegurar a efetiva implementação da Lei nº 14.857/2024, que alterou a Lei Maria da Penha para garantir o sigilo do nome da ofendida em todos os processos de violência doméstica e familiar.

A iniciativa está formalizada em três documentos estratégicos: uma Orientação em Caráter Geral Conjunta, uma Orientação Técnica detalhada e uma Cartilha de Implementação Prática. Juntos, eles fornecem as diretrizes e as ferramentas necessárias para que promotores de Justiça e servidores do MPPB apliquem a nova legislação de forma rigorosa, proativa e uniforme em todo o estado.

O novo artigo 17-A da Lei Maria da Penha estabelece que “o nome da ofendida ficará sob sigilo nos processos”, uma medida que, segundo os documentos, não é uma faculdade, mas um “comando cogente que reforça os princípios da dignidade da pessoa humana e da proteção integral de dados”.

O corregedor-ceral do MPPB, Antônio Sarmento, destaca que a iniciativa reflete o papel constitucional da instituição. “O Ministério Público, como defensor do regime democrático e dos direitos sociais e individuais indisponíveis, tem o dever constitucional de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos aos direitos assegurados na Constituição”. Ele complementa, afirmando que “a adoção sistemática das práticas delineadas nos documentos apresentados não apenas assegurará o cumprimento da legislação, mas, fundamentalmente, reforçará o papel do Ministério Público como guardião dos direitos fundamentais e como agente de transformação social, garantindo que a proteção conferida pela lei se materialize em cada ato e em cada processo”.

Orientação e prática para uma atuação eficaz

A Orientação em Caráter Geral Conjunta nº 01/2025 formaliza a diretriz para que todos os membros e servidores zelem ativamente pela observância do sigilo em todas as fases processuais. O documento orienta que, em peças como denúncias e pareceres, o nome da ofendida seja substituído por iniciais ou expressões como “a vítima”, com a qualificação completa anexada em documento apartado e sigiloso.

Para a coordenadora do Gedir, a promotora de Justiça Liana Espínola, a mudança legislativa exige uma nova postura do sistema de justiça, para interromper um ciclo perverso de sofrimento. “A nova norma legal não representa apenas um avanço no combate à violência de gênero, mas impõe a todos os operadores do sistema de justiça e, em especial, a esta Instituição, uma atuação diligente e proativa, para coibir a vitimização secundária e para proteger a intimidade, a honra e a segurança das mulheres em situação de violência”, explica. “A exposição indevida de dados de vítimas, em sistemas de acesso público, é uma realidade alarmante que vulnerabiliza e estigmatiza, criando barreiras para a busca de proteção e de justiça”.

Orientação técnica e cartilha

A Orientação Técnica Conjunta nº 05/2025, produzida com a colaboração dos assessores Márcia Trindade Crispim e Maurício Acioli Gomes Ferreira Filho, aprofunda a análise jurídica da nova lei. O documento esclarece que o objetivo é “evitar que a vítima tenha seu nome exposto para terceiros e que, em razão disso, passe por um processo de revitimização terciária”, que são os julgamentos e a estigmatização social. A orientação também aborda a importância de estender a proteção aos inquéritos policiais, para que a junção desses documentos ao processo não anule o sigilo pretendido pela lei.

Complementando a parte diretiva, a Cartilha de Implementação Prática foi desenvolvida como uma ferramenta essencial para o dia a dia da atividade ministerial. Ela oferece um “passo a passo” com modelos de petições, minutas de requerimentos ao Poder Judiciário e um checklist de conformidade, para garantir que o sigilo seja resguardado de ponta a ponta.

O coordenador do CAOCrim, promotor de Justiça Ricardo Lins, enfatiza que a padronização de procedimentos é crucial para a efetividade da proteção. “Diante de um cenário nacional de índices crescentes e alarmantes de violência doméstica e familiar, a resposta do Ministério Público deve ser firme, coesa e coordenada”. Segundo ele, “a padronização dos procedimentos sugeridos nos materiais é ferramenta essencial, para garantir que a proteção legal não se resuma a uma formalidade, mas se converta em um escudo eficaz contra a estigmatização, a intimidação e as represálias que tanto obstaculizam a busca por justiça”.

Com a iniciativa “Identidade Protegida”, o Ministério Público da Paraíba reafirma seu compromisso com a defesa intransigente da dignidade humana, garantindo à sociedade que a instituição está atenta e atuante, para garantir que o avanço legislativo se traduza em um ambiente de acolhimento e segurança real para todas as mulheres em situação de violência no Estado.

Clique AQUI para ter acesso à Orientação em Caráter Geral Conjunta nº 01/2025

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