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Hervázio promove audiência pública para possibilidade de criação do novo Hino Oficial da PB

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quinta-feira (16), audiência pública com o objetivo de discutir com a população a possibilidade de criação do novo Hino Oficial da Paraíba. O debate foi proposto pelo deputado Hervázio Bezerra e contou com a presença do vereador de João Pessoa Odon Bezerra; além do secretário executivo da Participação Popular de João Pessoa, Tiago Diniz; da ouvidora-geral da ALPB, Arlenilde Aguiar; e de representantes da sociedade civil organizada.

O Hino do Estado da Paraíba foi apresentado pela primeira vez em 1905. Foi escrito por Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo e musicado por Abdon Felinto Milanez. Entretanto, a canção só foi oficializada como hino em 1979.

Autor da Lei 9.484, de 2011, que determina a execução do Hino da Paraíba em solenidades oficiais do estado, assim como da Assembleia, além de sua difusão e publicação em veículos de comunicação da rede oficial do Estado, o deputado Hervázio argumentou que a matéria teve como objetivo popularizar o hino estadual, o que, na sua avaliação, não se concretizou. “Um esforço que eu fiz na época para ver se o hino conseguia pegar. A verdade é que só cantamos o que nos traz emoção e satisfação. O Hino da Paraíba, por mais esforço que eu tenha tido, lamentavelmente, não pegou”, explicou.

Hervázio argumenta que a letra do Hino do Estado não traz informações que remetam à história, à cultura e às riquezas da Paraíba e a audiência pública surge como uma oportunidade para debater com a população, não a possibilidade de mudança do hino oficial, mas da criação de um Hino Popular da Paraíba.

O deputado propôs que, através da Mesa Diretora da Assembleia, seja realizada uma pesquisa com portais e demais veículos de comunicação de todo o Estado para ouvir a população e, consequentemente, apresentar um novo hino. “A história deve e será preservada. Realizamos esta audiência pública para que as entidades venham e discutamos esta matéria. Faremos um documento propondo a preservação do Hino da Paraíba da forma que está e um concurso público para que sejam apresentadas propostas de letra e de música, e, posteriormente, adotar um hino popular”. O parlamentar citou ainda como possíveis hinos populares as canções ‘Paraíba, Jóia Rara’, composta por Ton Oliveira, e ‘Meu Sublime Torrão’, da autoria de Genival Macedo.

Para o vereador de João Pessoa, Odon Bezerra, a ideia de alterar o hino se deve à necessidade de resgatar a história do estado. “Para mim, o hino de um estado deve resumir sua história, deve fazer uma radiografia dentro de uma música, mostrando o que o estado representa. Eu, particularmente, não encontro isso no hino da Paraíba. Onde está a história da Paraíba? Onde conta, em termos de importância, da luta e da resistência? Isso, eu não vejo no hino”, pontuou.

O secretário executivo da Participação Popular da Prefeitura Municipal de João Pessoa, Tiago Diniz, parabenizou o deputado Hervásio Bezerra e a Assembleia pelo debate e se colocou a disposição para apoiar a realização de consulta popular com objetivo de ouvir os paraibanos sobre o tema. “Essa discussão vem num momento importante. Parabenizo sua iniciativa por estar abrindo para a população essa discussão, que é válida e é louvável. A gente precisa de fato abrir essa discussão para que a população possa compreender o que está sendo discutido e, ao mesmo tempo, refletir se existe uma identidade de fato com hino da Paraíba atual e, se não, que nós possamos coletar através da consulta popular”, declarou o secretário.

Confira abaixo a letra do Hino Oficial da Paraíba:

Salve, ó berço do heroísmo
Paraíba, terra amada
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor, traçada!

No famoso diadema
Que da Pátria, a fonte aclara
Pode haver mais ampla gema
Não há pérola mais rara!

Quando repelindo o assalto
Do estrangeiro, combatias
Teu valor brilhou tão alto
Que uma estrela parecias!

Nesse embate destemido
Teu denodo foi modelo
Qual Rubi rubro incendido
Flamejaste em Cabedelo!

Depois, quando o Sul, instante
Clamou por teu braço forte
O teu gládio lampejante
Foi o diamante do Norte!

Quando, enfim, a madrugada
De novembro nos deslumbra
Como um Sol, a tua espada
Dardeja e espanca a penumbra!

Tens um passado de glória
Tens um presente sem jaça
Do porvir, canta a vitória
E ao teu gesto, a Luz se faça!

Salve, ó berço do heroísmo
Paraíba, terra amada
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor, traçada!

Galdino comemora recebimento de prêmio nacional, “reconhecimento do trabalho firme da ALPB”

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O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino, participou nesta quinta-feira (16) de uma entrevista na Rádio CBN e destacou as metas alcançadas em 2023. O parlamentar ressaltou o fato da ALPB ter sido a grande vencedora do prêmio Assembleia Cidadã durante Conferência Nacional da Unale. Ele falou sobre as sessões itinerantes realizadas pela Casa em cidades do interior do Estado, e afirmou que os deputados têm realizado um trabalho firme para aprovar matérias importantes para a população.

“Acredito que as metas foram conseguidas e até superadas, porque a gente teve esse prêmio da ONU, que é um prêmio nacional, de reconhecimento ao trabalho que está sendo feito aqui na Assembleia da Paraíba, um prêmio onde foi disputado por 27 Assembleias do Brasil e nós conseguimos vencer com projeto pioneiro sobre gestão cidadã e sustentabilidade. Agora no final do semestre estamos fazendo um trabalho de forma muito firme, no sentido de realizar grandes debates, não só regionais e estaduais, mas até nacionais, sempre com a participação dos deputados e deputados da Casa”, ressaltou Galdino.

O presidente da ALPB também falou sobre as sessões itinerantes, que são realizadas no interior, com o objetivo de aproximar o Legislativo dos cidadãos paraibanos, ampliando o diálogo e a participação popular nas decisões políticas. “Na próxima semana estaremos indo para Patos e Santa Luzia. Já no próximo mês vamos fazer as sessões nas cidades de Itaporanga e Conceição. Todas no Sertão da Paraíba”, disse.

Adriano Galdino destacou ainda as emendas impositivas, que possibilitam aos deputados apresentar emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA) destinando recursos do Estado para determinadas obras, projetos ou instituições. Ele explicou que agora cada parlamentar terá direito a apresentar 40 emendas. A quantidade aumentou, porém segundo Galdino, o valor continuará o mesmo, em torno de quase R$ 4 milhões.

“O valor é o mesmo. Acontece que ultimamente as instituições filantrópicas, as instituições privadas, têm procurado bastante os deputados. Então, foi aumentado a quantidade de emendas, mas o valor é o mesmo”, disse.

O presidente também foi questionado durante a entrevista sobre o projeto de lei aprovado na ALPB, que visa garantir maior transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos de entidades filantrópicas no estado da Paraíba. “Cada vez mais a Assembleia está preocupada com a transparência. Então, nós aprovamos no sentido de que possamos ter um acompanhamento, uma prestação de contas de todas as emendas que forem aprovadas e destinadas às entidades civis, como também às prefeituras”, resumiu.

Maioria do STF mantém pensão antiga de ex-governadores ou dependentes

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A maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o pagamento de aposentadorias e pensões a ex-governadores ou seus dependentes em ao menos nove estados, por elas terem sido concedidas antes de a prática ser considerada inconstitucional pela Corte.

Prevalece a divergência aberta pelo ministro Gilmar Mendes, para quem, nos casos questionados, há direito adquirido aos vencimentos. Em seu voto, o ministro escreveu que as pensões devem ser mantidas “em virtude da garantia constitucional da segurança jurídica”.

Até o momento, acompanham Mendes os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Nunes Marques, formando a maioria. Cármen Lúcia, relatora, e Luiz Fux foram os únicos que até agora votaram pela suspensão de todos os pagamentos. Restam apenas os votos de Luís Roberto Barroso e André Mendonça.

O assunto é julgado no plenário virtual, em que os ministros têm um período para votar remotamente. A sessão de julgamento está prevista para durar até as 23h59 de 20 de novembro. Até lá, são possíveis mudanças de posicionamento. A análise pode ser também interrompida por pedido de destaque (remessa ao plenário físico) ou vista (mais tempo de análise).

Em diversos julgamentos ao longo dos últimos anos, o Supremo já derrubou dezenas de leis estaduais e municipais que previam o pagamento de aposentadorias ou pensões vitalícias a ex-governadores ou ex-prefeitos e seus dependentes.

Agora, contudo, a controvérsia diz respeito aos pagamentos que começaram a ser feitos antes da prática ser considerada inconstitucional.

Entenda

O pagamento das pensões antigas foi questionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2020, por meio de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). O órgão alegou que a continuidade dessas aposentadorias e pensões viola princípios constitucionais como os de igualdade, impessoalidade e moralidade pública.

A PGR apontou haver notícia sobre o pagamento dessas aposentadorias e pensões em Santa Catarina, no Acre, Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Amazonas, em Rondônia, na Paraíba, em Sergipe e no Pará.

Isso ocorre porque, em alguns desses estados, como Santa Catarina, o governo decidiu aplicar o chamado efeito ex nunc – ou seja, apenas do julgado para frente – e manter os pagamentos das pensões que já estavam sendo feitos antes de o Supremo condenar a prática.

Em outros casos, como no Acre, o governo estadual informou haver uma batalha na Justiça estadual, com decisões favoráveis à manutenção dos pagamentos. Em estados como Minas Gerais e Pará, os pagamentos chegaram a ser suspensos, mas ainda são alvo de disputa.

Ao Supremo, a PGR pediu que fossem derrubadas todas as leis e normas ainda existentes que possam permitir qualquer pagamento de pensão a ex-governadores ou dependentes, bem como que qualquer pagamento ainda em prática fosse suspenso de imediato.

Votos

Em seu voto, que prevalece até o momento, Gilmar Mendes afirmou serem vigentes e válidos, em virtude da segurança jurídica, todos os atos administrativos que instituíram pensões vitalícias antes de o Supremo considerar a prática inconstitucional.

O entendimento se aplica aos nove estados em que benefícios antigos foram questionados pela PGR. O órgão não apontou a concessão de novas aposentadorias e pensões, além daquelas já concedidas antes de o Supremo declarar a inconstitucionalidade da prática.

Em voto vencido, a relatora, Cármen Lúcia, foi a favor da suspensão imediata de qualquer pagamento. “Aquele que não seja titular de cargo eletivo de Governador do Estado, tendo sido extinto o mandato, não pode receber do povo pagamento por trabalho que já não presta, diferente de qualquer outro agente público que, ressalvada a aposentação nas condições constitucionais e legais estatuídas, não dispõe desse privilégio”, escreveu a ministra.

Agência Basil

Conab doa duas toneladas de alimentos para Cozinha Solidária da Prefeitura de João Pessoa

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A visita do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, a João Pessoa, nesta quinta-feira (16), marcou a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no estado. Na ocasião, ele doou cerca de duas toneladas de alimentos para 300 famílias cadastradas na Cozinha Comunitária Bela Vista, no bairro do Cristo Redentor, administrado pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

“A minha visita aqui marca um símbolo de uma retomada, porque o PAA lá atrás, em 2003, no primeiro mandato do presidente Lula, foi o grande braço do poder público pra erradicar a fome. O PAA compra comida da agricultura familiar e dos assentamentos e doa para as cozinhas comunitárias, e o Governo Federal determinou recursos para a Conab comprar os alimentos produzidos por eles, ação em parceria com o MDS e MDA (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar)”, explicou o presidente da Conab, Edegar Preto.

“Nós queremos não só abastecer as cozinhas solidárias, mas também, junto com o MDS e MDA, estruturar as cozinhas solidárias, com equipamentos, fogões, panelas e com dignidade, para que as pessoas que precisam dessa comida se alimentem de uma forma decente e recuperem a autoestima e dignidade”, reforçou.

Nessa primeira doação os alimentos vieram do assentamento do município paraibano Pedras de Fogo. Cada família foi beneficiada com cinco quilos de alimentos. O kit de alimentos doados à comunidade era composto por inhame, macaxeira, batata doce, milho, mamão e abacaxi.

“Nós temos uma parceria com a Conab e eles definiram a distribuição de alimentos, através das cozinhas comunitárias pelo nosso trabalho desenvolvido, pela política de segurança alimentar implementada na Capital. Nessa visita a João Pessoa, a comitiva da Conab veio conferir pessoalmente o nosso trabalho, a nossa execução e iniciar a distribuição dos alimentos”, explicou Norma Gouveia, secretária da Sedes.

Segundo ela, a Prefeitura de João Pessoa, por meio da Sedes, mantém seis cozinhas comunitárias, que servem 600 refeições por dia em cada uma, além de dois restaurantes populares e o Banco de Alimentos.

Ana Carolina recebe os alimentos na Cozinha Comunitária Bela Vista há mais de um ano. Ela vem acompanhada do marido e das duas filhas pequenas, Anaellem, de 10 anos, e Ariel, de seis meses. “É uma maravilha esse trabalho. As refeições aqui cortam bastante a nossa despesa, ainda mais porque meu marido está desempregado”, disse.

Edenice da Silva, de 40 anos, também se diz grata pelo benefício dos alimentos. “Todos os dias venho aqui com meus quatro filhos. Ajuda muito porque estou desempregada e vivemos apenas com o benefício do Bolsa Família e do Pão e Leite”, disse.

Além do presidente da Conab e da secretária Norma Gouveia, estiveram presentes os diretores executivos da Conab, Ivoneide Araújo, diretora de Segurança Alimentar da Sedes e Ítalo Procópio, nutricionista, coordenador de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes.

Populares encontram ossada em área onde Ana Sophia desapareceu e perícia investiga se é humana

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Populares encontraram uma ossada, nesta quinta-feira (16), próximo a região onde Ana Sophia Gomes dos Santos, de 8 anos, desapareceu e a perícia está investigando se trata-se de uma ossada humana.

De acordo com major Fernando, os populares que encontraram a ossada entraram em contato com a polícia, que imediatamente seguiu para o local para investigar.

“Na verdade foram encontradas algumas costelas e não tem crânio, por isso, não dá para dizer se é de humano. Vai ser analisado pela perícia para verificar essa situação”, informou.

Desde a última terça-feira (14) o Corpo de Bombeiros reiniciou as buscas pelo corpo de Ana Sophia que sumiu no dia 4 de julho no distrito de Roma, em Bananeiras, Brejo paraibano.

As buscas, como explicou o major Fernando, estão concentradas na região onde foi encontrado o corpo de Tiago Fontes, acusado de matar a menina. O comandante informou que as buscas não serão diárias, mas seguirão uma estratégia montada pela força-tarefa que investiga o caso.

ClickPB

Incêndio atinge prédio da Secretaria de Saúde no bairro de Jaguaribe e Corpo de Bombeiros é acionado

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Um incêndio de grandes proporções atingiu um prédio nas proximidades do Hospital São Vicente de Paulo, em João Pessoa.

No local, funciona o setor de regulação da Secretaria de Saúde do Estado. Funcionários precisaram ser evacuados e o incêndio teria começado, segundo o Corpo de Bombeiros, em uma incubadora.

Várias viaturas do Corpo de Bombeiros e do Samu foram acionadas para socorrer possíveis vítimas e pessoas que estavam passando mal.

ClickPB

A cada 100 mortos pela polícia em 2022, 65 eram negros, mostra estudo

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Foto: Tânia Rêgo

O número de pessoas mortas pela polícia em apenas oito estados brasileiros chegou a 4.219 em 2022. Desse total, 2.700 foram considerados negros (pretos ou pardos) pelas autoridades policiais, ou seja, 65,7% do total. Se considerados apenas aqueles com cor/raça informada (3.171), a proporção de negros chega a 87,4%. 

Os dados são do estudo Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro, realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), e divulgado nesta quinta-feira (16), com base em estatísticas fornecidas pelas polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

Dos oito estados, apenas o Maranhão não informou a cor/raça de qualquer um dos mortos. Já nos estados do Ceará e Pará, há um grande número de mortos sem identificação de cor/raça: 69,7% e 66,2% do total, respectivamente.

Os dados mostram que a polícia baiana foi a mais letal no ano passado, com 1.465 mortos (1.183 tinham cor/raça informada). Desse total, 1.121 eram negros, ou seja, 94,8% daqueles com cor/raça informada, bem acima da parcela de negros na população total do estado (80,8%), segundo a pesquisa, feita com base em dados do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE).

Aliás, isso ocorre em todos os sete estados que informaram a cor/raça de parte das vítimas. No Pará, por exemplo, 93,9% dos mortos com cor e raça identificadas eram negros, enquanto o percentual de negros na população é de 80,5%, de acordo com o estudo.

Os demais estados apresentaram as seguintes proporções de mortes de negros entre aqueles com cor/raça informada e percentuais de negros na população: Pernambuco (89,7% e 65,1%, respectivamente), Rio de Janeiro (87% e 54,4%), Piauí (88,2% e 79,3%), Ceará (80,43% e 71,7%) e São Paulo (63,9% e 40,3%).

Racismo

“Os negros são a grande parcela dos mortos pelos policiais. Quando se comparam essas cifras com o perfil da população, vê-se que tem muito mais negros entre os mortos pela polícia do que existe na população. Esse fator é facilmente explicado pelo racismo estrutural e pela anuência que a sociedade tem em relação à violência que é praticada contra o povo negro”, diz o coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes.

Nunes também destaca que há falta de preocupação em registrar a cor e raça dos mortos pela polícia em estados como Maranhão, Ceará e Pará. “A dificuldade de ser transparente com esses dados também revela outra face do racismo, que é a face de não ser tratado com a devida preocupação que deveria. Se a gente não tem dados para demonstrar o problema, a gente ‘não tem’ o problema e, se ‘não há’ problema, políticas públicas não precisam ser desenhadas.”

O estudo mostrou ainda que, neste ano, a Bahia ultrapassou o Rio no total de óbitos (1.465 contra 1.330). Em terceiro lugar, aparece Pernambuco, com 631 mortes. “Isso significa um cenário de degradação das forças policiais baianas e um processo de falta de políticas públicas de ação do governo estadual para lidar com essa questão, elencando-a como prioridade e estabelecendo metas e indicadores de redução dessa letalidade por parte das forças policiais”, afirma Nunes.

Segundo a Rede de Observatórios, a quarta edição do estudo demonstra o crescente nível da letalidade policial contra pessoas negras. “Em quatro anos de estudo, mais uma vez, o número de negros mortos pela violência policial representa a imensa maioria. E a constância desse número, ano a ano, ressalta a estrutura violenta e racista na atuação desses agentes de segurança nos estados, sem apontar qualquer perspectiva de real mudança de cenário”, afirma Silvia Ramos, pesquisadora da rede.

Segundo ela, é preciso entender esse fenômeno como uma questão política e social. “As mortes em ação também trazem prejuízos às próprias corporações que as produzem. Precisamos alocar recursos que garantam uma política pública que efetivamente traga segurança para toda a população”, completa.

Posicionamentos

A Secretaria de Segurança de São Paulo informou, por meio de nota, que as abordagens da Polícia Militar obedecem a parâmetros técnicos disciplinados por lei, que criou a Divisão de Cidadania e Dignidade Humana e que seus protocolos de abordagem foram revisados. Além disso, oferece cursos para aperfeiçoar seu trabalho – nos cursos de formação, os agentes estudam ações antirracistas.

Uma comissão analisa todas as ocorrências por intervenção policial e se dedica a ajustar procedimentos. A Polícia Civil paulista busca “estabelecer diretrizes e parâmetros objetivos, racionais e legais, sem qualquer tipo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, origem, onde o policial civil, no desempenho da sua atividade”.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informa que, de janeiro a outubro de 2023, o estado alcançou redução de 22% nas mortes por intervenção de agentes do Estado, se comparado ao mesmo período de 2022, quando foram registrados, respectivamente,  440 e 569 casos em todo o Pará. A Segup ressalta que as ocorrências são registradas no Sistema Integrado de Segurança Pública pela Polícia Civil e que o campo “raça/cor” não é de preenchimento obrigatório, sendo a informação de natureza declaratória por parte de parentes ou da vítima no momento do registro.

Na Bahia, a Secretaria da Segurança Pública ressalta que as ações policiais são pautadas dentro da legalidade e que qualquer ocorrência que fuja dessa premissa é rigorosamente apurada e todas as medidas legais são adotadas. A secretaria informa que investe constantemente na capacitação dos efetivos e também em novas tecnologias, buscando sempre a redução da letalidade e a preservação da vida.

Para tanto, foi criado um grupo de trabalho voltado para a discussão e criação de políticas que auxiliem na redução da letalidade policial, promovendo uma análise mais aprofundada das informações provenientes dessas ocorrências, como o perfil das pessoas envolvidas, contextualização e região, entre outros dados que possam colaborar para a redução desses índices. A secretaria destaca ainda que a maioria dos acionamentos  policiais se dá a partir dos chamados via 190 (Centro Integrado de Comunicações) e 181 (Disque Denúncia), além das operações para cumprimentos de mandados determinados pela Justiça.

No Rio de Janeiro, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, em todos os cursos de formação e aperfeiçoamento de praças e oficiais, a corporação insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como direitos humanos, ética, direito constitucional e leis especiais. A questão racial perpassa, de forma muito incisiva, por todas essas doutrinas na formação dos quadros da corporação.

De acordo com a assessoria, internamente, a Polícia Militar do Rio de Janeiro tem feito a sua parte para enfrentar o desafio do racismo estrutural ao longo de mais de dois séculos. Foi a primeira corporação a oferecer a pretos uma carreira de Estado, e hoje mais de 40% do seu efetivo é composto por afrodescendentes.

A instituição orgulha-se também de seu pioneirismo em ter pretos nos postos de comando. O coronel PM negro Carlos Magno Nazareth Cerqueira comandou a corporação durante duas gestões, nas décadas de 1980 e 1990, tornando-se uma referência filosófica para toda a tropa, ao introduzir os conceitos de polícia cidadã e polícia de proximidade. No decorrer dos últimos 40 anos, outros oficiais negros ocuparam o cargo máximo da corporação.

Agência Brasil entrou em contato com as polícias dos outros estados e aguarda os posicionamentos.

Agência Brasil

Prazo para solicitar reaplicação do Enem termina nesta sexta-feira

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Foto: Érico Andrade/g1

Termina nesta sexta-feira (17) o prazo para apresentação de pedidos de reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio 2023 (Enem), por candidatos que tiveram problemas de logística ou de saúde – doenças infectocontagiosas. A solicitação deve ser apresentada via Página do Participante.

Podem também fazer a solicitação pessoas que não compareceram ao exame porque foram alocadas a uma distância superior a 30 quilômetros da residência informada. A reaplicação das provas será nos dias 12 e 13 de dezembro.

De acordo com o Ministério da Educação, entre os problemas logísticos que possibilitam a reaplicação das provas estão alguns ligados a comprometimento da infraestrutura (como desastres naturais); falta de energia elétrica no local (caso comprometa a visibilidade da prova); falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante e erro no procedimento de aplicação da prova, caso incorra em comprovado prejuízo ao candidato.

As doenças infectocontagiosas que possibilitam a reaplicação da prova são covid-19, tuberculose, coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola; influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem sarampo rubéola e varicela.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) explica que, “nos casos de doenças infectocontagiosas, os pedidos de reaplicação devem ser acompanhados por documentos comprobatórios, que serão analisados pelo Inep individualmente”.

Nos casos de ausência devido a problemas logísticos, o Inep avaliará as solicitações, de acordo com as intercorrências registradas.

Para solicitar a reaplicação do exame, o candidato deve acessar Página do Participante e apresentar documento que comprove a necessidade. Os dados inseridos no pedido não podem ser alterados após o envio.

Agência Brasil

Operação da PF contra tráfico internacional bloqueia R$ 126 milhões

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A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (16), no Rio de Janeiro, a segunda fase da operação Tamoios II, que visa uma quadrilha que atua na lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas. A ação repressiva inclui o bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens móveis e imóveis no valor de até R$ 126 milhões. 

Cinquenta agentes cumprem oito mandados de busca e apreensão e sete mandados com medidas cautelares diversas da prisão. As buscas são feitas em endereços no Rio e em Nova Iguaçu, na região metropolitana. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal.

De frente para a praia

Entre os bens sequestrados figuram dois apartamentos de luxo, que ficam de frente para a praia, na Barra da Tijuca, uma das áreas mais nobres do Rio. Um deles pertence a um homem apontado como líder da quadrilha. Na garagem do imóvel, foi apreendido um carro de luxo blindado.

Uma casa em Angra dos Reis, área turística na Costa Verde no estado do Rio, carros de luxo e motos aquáticas também fazem parte da lista de bens sequestrados pela operação.

A Operação Tamoios II é um desdobramento de uma investigação iniciada em agosto de 2021, que identificou traficantes internacionais que transportavam cocaína, por rodovia, do Rio de Janeiro até Vitória, no Espírito Santo. Depois, as drogas eram acopladas – por meio de pequenas embarcações pesqueiras e com apoio de mergulhadores profissionais – em cascos de navios com destino à Europa. Os nomes dos envolvidos não foram revelados.

A ação desta quinta-feira é conduzida pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE). A Polícia Federal informou que o grupo alvo utilizava “sofisticados meios para ocultar e dissimular a origem de bens adquiridos mediante recursos advindos de suas atividades criminosas, em especial o tráfico transnacional”.

Os investigadores se valeram de quebra de sigilos bancários e fiscais que ajudaram a confirmar a aquisição de diversos bens em nome de terceiros, “com o fim de perpetuar a existência da organização criminosa por intermédio da ocultação e/ou dissimulação dos bens, já que os investigados não tinham capacidade financeira e documentação fiscal que esclareçam a origem dos valores empregados na compra dos bens”, explicaram.

Pelas redes sociais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, comentou a ação da Polícia Federal. “Caminho certo contra o crime organizado”, escreveu.

Agência Brasil

Gramame e Bairro das Indústrias disputam vaga nas oitavas de final nesta quinta-feira

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As seleções de Gramame e do Bairro das Indústrias disputam na noite desta quinta-feira (16), a partir das 19h, no CT Ivan Tomaz, uma vaga nas oitavas de final da Copa João Pessoa de Futebol. O vencedor do duelo enfrenta na 3ª fase do torneio, a equipe do Grotão, que garantiu a vaga na vitória sobre o São Rafael na cobrança de pênaltis por 4 a 3, após o empate em 1 a 1 no tempo normal.

Outras duas equipes já estão garantidas na disputa por uma vaga nas quartas de final: Valentina e Colibris. Os times eliminaram Porto do Capim e Funcionários III, respectivamente. As outras 12 partidas da fase 32-avos vão até o dia 27 de novembro.

O encerramento do principal torneio de futebol da cidade, organizado pela Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer), está previsto para o dia 19 de dezembro.

Resultados da 2ª fase (masculino)

Porto do Capim 1 x 4 Valentina
Funcionários III 1 (4×5) 1 Colibris
São Rafael 1 (3×4) 1 Grotão

Confira a tabela de jogos até o fim de semana do masculino:

Quinta-feira (16/11)
Gramame x Bairros das Indústrias (CT Ivan Tomaz – 19h)

Sexta-feira (17/11)
Gervásio Maia x Varadouro (CT Ivan Tomaz – 19h)
13 de Maio x Mandacaru (CT Ivan Tomaz – 20h45)

Domingo (19/11)
Castelo Branco I x Nova República (CT Ivan Tomaz – 8h)
Mussuré x Sonho Meu (CT Ivan Tomaz – 10h)

Feminino – Quatro equipes estão garantidas nas semifinais do torneio: Cristo Redentor contra Mangabeira I e Cruz das Armas, que enfrenta o Brisamar. As partidas serão disputadas no dia 25 de novembro, ainda sem horário confirmado.