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Após fuga frustrada, STF impõe prisão domiciliar a todos os réus envolvidos

Um dia após a tentativa de fuga do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, a Polícia Federal iniciou o cumprimento de dez mandados de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, contra outros condenados envolvidos na tentativa de golpe. As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e atingem réus dos núcleos 2, 3 e 4 da investigação.

De acordo com a Polícia Federal, os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro participa das diligências. Entre os alvos está Carlos César Moretzsohn Rocha, ex-presidente do Instituto Voto Legal.

Além da prisão domiciliar, os investigados passaram a cumprir uma série de medidas cautelares, como a proibição do uso de redes sociais, a vedação de contato com outros réus, a entrega de passaportes, a suspensão de registros e documentos de porte de arma de fogo e a restrição de visitas.

Silvinei Vasques estava sob monitoramento eletrônico desde agosto de 2024, quando deixou a prisão preventiva. Neste mês, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 24 anos e seis meses de prisão. Na madrugada da sexta-feira, dia 26, acabou detido no Paraguai ao tentar deixar o país utilizando documentos falsos. O plano era chegar a El Salvador, com passagem pelo Panamá, mas foi interceptado pelas autoridades paraguaias.

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República sobre a trama golpista foi dividida em núcleos de atuação, seguindo a linha da investigação da Polícia Federal, com o objetivo de acelerar o julgamento das ações penais. O núcleo 1, considerado crucial, reúne pessoas em posições de comando, como ministros de Estado e militares de alta patente, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O núcleo 2 é apontado como responsável por operacionalizar a tentativa de golpe e inclui, entre outros nomes, Silvinei Vasques e o ex-assessor presidencial Filipe Martins. O núcleo 3 teria atuado como uma central de contrainteligência, enquanto o núcleo 4 respondeu pela disseminação de desinformação contra o sistema eleitoral e as instituições.

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