A vacinação da população privada de liberdade, que atualmente soma 4.523 pessoas em João Pessoa, começou nesta terça-feira (21). A ação tem como foco a imunização contra a Covid-19 e as doenças cobertas pela vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), em uma estratégia de saúde pública que busca prevenir surtos e promover o cuidado integral a uma das populações mais vulneráveis.
A ação integra uma iniciativa conjunta, sendo coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Núcleo de Assistência à Saúde Prisional (NASP), em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP/PB) com a Prefeitura de João Pessoa, que capacitou os profissionais de saúde e é responsável pelo apoio operacional e logístico dos imunobiológicos nas unidades prisionais.
Até o dia 5 de novembro, serão realizadas ações nas seguintes unidades penitenciárias da Capital: Penitenciária Especial Valentina Figueiredo (30 pessoas), Penitenciária Criminalista Geraldo Beltrão (230 pessoas), Penitenciária de Psiquiatria Forense (30 pessoas), Penitenciária Desembargador Sílvio Porto (2.500 pessoas), Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega (953 pessoas), Penitenciária Dr. Romeu Gonçalves de Abrantes (500 pessoas), Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice (20 pessoas), Penitenciária Maria Júlia Maranhão (230 pessoas) e Secretaria de Administração Penitenciária (30 pessoas).
Capacitação – Em setembro, os profissionais de saúde que atuam dentro das unidades prisionais participaram de uma capacitação voltada à atualização dos cartões de vacinação dos internos, com foco especial na prevenção de síndromes gripais e na importância da imunização com a tríplice viral. A inclusão da população carcerária nas campanhas de vacinação é um passo importante para a equidade no acesso à saúde, reforçando o compromisso dos gestores com a saúde pública.
“A vacinação das pessoas privadas de liberdade é uma medida essencial de saúde pública por inúmeros fatores. A quantidade de pessoas nos ambientes prisionais, condições de higiene, ventilação, entre outros fatores que favorecem a disseminação de doenças infecciosas”, destacou o chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa, Fernando Virgolino.
Além disso, o constante fluxo de pessoas entre o sistema prisional e a comunidade, por meio de visitas, equipes de trabalho e transferências dos apenados, que amplia o risco de transmissão de doenças para a população em geral. Por isso, a imunização desse grupo também é uma estratégia para proteger a sociedade como um todo.