O governador João Azevêdo participou, na manhã desta quinta-feira (25), em João Pessoa, da aula inaugural da terceira turma do Curso de Formação dos concursados da Polícia Civil da Paraíba (PCPB) — essa é a última turma do concurso, que abriu 1.400 vagas, sendo o maior da história da instituição. Em 2019, eram 2.100 servidores e, com o certame, após a formação dessa última turma, o número chegará a 3.500 — um aumento de 66% no efetivo, possibilitando um melhor atendimento à população paraibana.
O resultado dessa iniciativa está presente em diversos indicadores, como o índice de elucidação de homicídios que, na Capital, saltou de 12%, em 2019, para 50% no ano passado. A média estadual era de 35% em 2020 — atualmente está em 62%. Bem acima da média nacional, que é de 38% de elucidações.
Após a solenidade, que ocorreu na Academia de Ensino da Polícia Civil (Acadepol), o governador João Azevêdo destacou que a convocação dos últimos 400 alunos para o Curso de Formação da Polícia Civil demonstra o quanto o Governo da Paraíba honra compromissos. “Se tem uma coisa que, neste Estado, a gente faz com muita tranquilidade é honrar compromissos. A gente fez um concurso para 1.400 profissionais da Polícia Civil — o maior concurso que a Polícia Civil teve na sua história. Já chamamos mil aprovados e, agora, os 400 que integram essa terceira turma. Os 485 primeiros que foram aprovados foram chamados de uma única vez, depois os 426 na segunda turma foram chamados e agora esses 400 finais, uma demonstração clara do respeito que temos com a Segurança Pública da Paraíba”, afirmou.
Em sua mensagem de boas-vindas aos formandos, o chefe do Executivo estadual evidenciou a importância do necessário compromisso dos servidores com a população paraibana. “Hoje se inicia uma verdadeira transformação na vida de cada um de vocês — durante cinco meses, vocês vão participar de um curso absolutamente diferente de tudo o que já fizeram na vida. Se alguém acha que vai ser fácil, esqueça; vai ser muito difícil. No entanto, essa etapa na vida de vocês vai transformá-los para melhor. Os investimentos que temos feito, que têm mudado a realidade da nossa segurança pública, não funcionam sozinhos. É preciso que homens e mulheres estejam comprometidos com a sociedade. E é esse compromisso que a população da Paraíba exige de vocês”, comentou.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Jean Francisco Nunes, disse que o Curso de Formação da última turma do Concurso da Polícia Civil representa todo um planejamento da Gestão do governador João Azevêdo. “Aumentar as estruturas da Polícia Civil, com o maior concurso da história dessa instituição, com essa terceira turma, honrando tudo o que estava no próprio edital, nada foi feito a toque de caixa — tudo foi pensado. E tudo que é pensado, levado a sério, beneficia diretamente a população”, observou, ao citar outros avanços nas forças de segurança paraibana, como a Lei de Organização Básica do Corpo de Bombeiros Militar e também da Polícia Militar, assim como as novas sedes da Polícia Civil.
O delegado-geral da PCPB, André Rabelo, também destacou os avanços da instituição nos últimos anos. “A Polícia Civil da Paraíba é uma instituição jovem, com 44 anos. E esse momento vem coroar tantos investimentos, principalmente em recursos humanos. E a sociedade paraibana já percebe isso nas ruas. A gente parte de uma polícia com 250 operações por ano, como foi em 2019-2020, para mais de 4,8 mil operações e ações no ano passado. E o mais importante é que não temos um estado policialesco; temos um estado seguro, com uma polícia muito eficiente para atender as demandas da população paraibana”, acrescentou.
Em sua mensagem, a diretora-geral da Acadepol, Maisa Félix, disse que o desempenho de qualquer função na Polícia Civil paraibana deve seguir o lema da instituição, que é “Investigar e Proteger”. “No constante conflito entre a ordem e a desordem, uma vez que escolhemos a ordem, cumpre-nos interiorizar o respeito aos seres, objeto do nosso apurar, do olhar investimentos e das decorrentes constatações. Nesse caminho, quem estiver no processo precisa investigar e chegar com o espírito desarmado”, completou.
O comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba (PMPB), coronel Sergio Fonseca, evidenciou que os investimentos realizados na Polícia Civil não são isolados. “Esse momento é extremamente importante, porque a Polícia Militar complementa a Polícia Civil — e a Polícia Civil complementa a Polícia Militar, são duas instituições coirmãs. Todas as ações da Polícia Militar, sobretudo quando ocorrem prisões, elas finalizam em uma delegacia da Polícia Civil. Essa integração que vem sendo cultivada e fomentada aqui na Paraíba tem sido essencial para os índices que temos alcançados nos últimos anos. Então, participar da solenidade de aula inaugural de mais uma turma da Polícia Civil é, para nós, que fazemos a Polícia Militar, uma honra e uma grande satisfação, porque temos a certeza de que fortalece cada vez mais as nossas forças policiais. E, como diz o nosso lema, Polícia Forte, Sociedade Segura”, externou.
Representando a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), o deputado João Gonçalves desejou as boas-vindas aos formandos: “Hoje a Paraíba é bem diferente do que era há pouco tempo. Para quem não me conhece, estou no nono mandato — três como vereador e seis na condição de deputado estadual. Quando comecei a minha atuação de deputado, tanto a Polícia Militar e a Civil não tinham condições de prestar um bom serviço à população, nem de atender a uma simples ocorrência. E a gestão do governador João Azevêdo tem transformado essa realidade para melhor.”
A solenidade da aula inaugural da terceira turma do Curso de Formação da PCPB foi prestigiada, ainda, pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMPB), coronel Marcelo Araújo; pelo superintendente do Detran, Isaías Gualberto; pela defensora pública geral da Paraíba, Madalena Abrantes, assim como por representantes do Poder Judiciário, Ministério Público e OAB-PB, entre outros.
Sonho realizado — Entre os 400 formandos que compõem a terceira turma do Curso de Formação da Polícia Civil da Paraíba, a maior parte veio de outros estados, algo que foi comprovado com a resposta, dada por meio do levantar de mãos, à pergunta do governador João Azevêdo: “Quem não é da Paraíba aqui?”
É o caso de Ilssany Macêdo, que passou para o cargo de delegada. A cearense, que era analista judiciária no vizinho estado de Pernambuco, viu a sua aprovação na Polícia Civil paraibana como a realização de um sonho. “Esse curso de formação é o início da concretização de um sonho, conquistado de forma muito árdua, em que precisei de abdicar de muita coisa. Hoje, eu me aposento dos concursos públicos, porque pretendo me aposentar da minha vida profissional aqui na Paraíba”, comemorou.