O vereador Raoni Mendes (DC) não preside mais a CPI dos Combustíveis da Câmara Municipal de João Pessoa. O pedido de renúncia foi oficializado na última quarta-feira (17). Raoni destacou que dois parlamentares atuaram para impossibilitar sua atuação a frente da Comissão e que mesmo tendo o parecer favorável do Procurador Rodrigo Nóbrega Farias pela permanência, optou por renunciar.
Raoni afirmou que sua nomeação seguiu todos os trâmites legais, conforme confirmado pelo Parecer nº 102/2025 da Procuradoria da Câmara. “Mesmo tendo o parecer favorável pela minha permanência, eu renunciei. Mesmo tendo razão desde do início. Não fico”, disse o vereador.
“A escolha do meu nome para a Presidência da CPI ocorreu igualmente dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Regimento Interno, como resultado de uma decisão legítima da bancada. Contudo, um requerimento posterior, articulado por dois vereadores, desvirtuou o processo e paralisou os trabalhos da Comissão. Trata-se de um requerimento irregular, sem respaldo jurídico válido, que, ao invés de fortalecer a atividade investigativa, instaurou um impasse artificial”, disse no pedido de renúncia obtido pelo ClickPB.
Na última segunda-feira (15), na primeira sessão da CPI, cinco dos 7 vereadores membros apresentaram requerimento pedindo a saída de Raoni Mendes (DC), que anteriormente se posicionou contra a comissão e, segundo o vereador Guga Mov Jampa teria negado a existência de cartel na Capital.
Ao presidir os trabalhos iniciais da CPI, o parlamentar também entregou um plano preliminar de atividades e solicitou a presença do Ministério Público no acompanhamento da CPI, que tem prazo regimental de 120 dias para conclusão.