O final de semana foi especial e cheio de esperança para George Pedro de Araújo, paciente com insuficiência cardíaca, que passou por transplante de coração no último sábado (13), no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, da rede estadual de saúde e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde). Este é o sétimo transplante cardíaco realizado pela unidade hospitalar neste ano de 2025.
Morador do município de Sousa e pai de dois filhos, George, de 38 anos, foi diagnosticado com insuficiência cardíaca há quatro anos. Aos poucos, o problema de saúde começou a afetar também sua rotina. “Ele ficava muito chateado porque não estava mais conseguindo acompanhar nossos filhos para andar de bicicleta ou dar uma volta na praça; ele ficava muito cansado até mesmo para tomar banho. Às vezes, à noite, ele até chorava porque já não conseguia mais fazer as mesmas coisas de antes”, contou Aline Araújo, esposa de George.
Desde o diagnóstico de insuficiência cardíaca, o paciente recebe acompanhamento médico, mas o quadro dele se agravou no início deste ano, com uma sucessão de seis internações até ser encaminhado ao Hospital Metropolitano com indicação de transplante cardíaco.
O processo de transplante teve início com a captação do órgão cedido pela família do doador, um homem de 27 anos, que teve morte encefálica confirmada após uma hemorragia subaracnoide. Graças ao ‘sim’ da família do doador, George recebeu um novo coração, motivo de muita gratidão para sua esposa.
“Tudo aconteceu muito rápido e foi uma grata surpresa quando recebemos a ligação de que tinha um coração pronto pra ele. Estamos muito esperançosos e ele já tem uma lista de coisas que quer fazer quando se recuperar, mas a principal é poder brincar com os filhos”, disse Aline, emocionada.
De acordo com Antônio Pedrosa, cirurgião cardiovascular responsável pela cirurgia, o procedimento aconteceu de forma tranquila e o paciente está sendo acompanhado por uma equipe médica e multidisciplinar. “O transplante cardíaco é uma cirurgia complexa, que necessita de uma estrutura hospitalar complexa e aqui no Hospital Metropolitano, disponibilizamos isso à população paraibana”, afirmou.
Ele destacou ainda a importância da doação de órgãos. “Não adianta ter estrutura e profissionais capacitados se, no momento da morte encefálica, os familiares não doarem os órgãos de seu ente querido. Então a doação também é um ato de amor e que pode salvar outras vidas”.
O Hospital Metropolitano é a única unidade da Paraíba habilitada para realizar transplante cardíaco adulto. O serviço conta com uma equipe experiente, estrutura moderna e uma rede articulada com a Central Estadual de Transplantes, o Corpo de Bombeiros, a rede hospitalar e os órgãos de gestão estadual. Em 2025, já são sete transplantes cardíacos, de um total de 18 transplantes cardíacos realizados na história do hospital.