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Opinião – Festa da Padroeira em Alhandra: muito dinheiro, pouco público e grande desgaste político

A abertura da tradicional Festa de Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Alhandra, no Litoral Sul da Paraíba, transformou-se em um fiasco que ainda repercute negativamente entre a população e nas redes sociais da região. Com investimento superior a R$ 1,5 milhão, pago pela Prefeitura, o evento, que deveria ser um dos momentos de maior celebração cultural e religiosa do município, foi marcado pelo esvaziamento do público e pelo descontentamento geral.

 

 

Mesmo com contratações de artistas de peso do cenário nordestino, a festa não conseguiu atrair a presença esperada. O contraste entre o alto gasto com atrações musicais e a ausência do povo expôs a falta de planejamento e sensibilidade da gestão municipal, que parece ter ignorado prioridades básicas da população em troca de um espetáculo vazio.

 

 

Outro ponto polêmico foi a decisão da vice-prefeita Zilda do Varejão, que, em meio à festividade, inaugurou uma academia no município e proibiu a instalação do parque de diversões, tradicionalmente presente na festa e bastante esperado pelas famílias e crianças. A medida gerou frustração, pois retirou uma das principais opções de lazer populares do evento.

 

 

Além disso, comerciantes ambulantes, que sempre aproveitam a ocasião para garantir uma renda extra, também foram impedidos de montar suas barracas no local. Resultado: enquanto a população ficou sem a festa completa, os pequenos trabalhadores ficaram no prejuízo, sem poder comercializar seus produtos.

As críticas ao prefeito Marcelo Rodrigues se multiplicaram, principalmente nas redes sociais. Muitos moradores consideraram um desperdício o investimento milionário diante de uma festa sem povo, sem parque, sem comércio local e sem a essência popular que sempre marcou as comemorações da padroeira.

No fim, a abertura da Festa de Nossa Senhora da Assunção acabou servindo como um retrato da atual gestão: muita pompa, pouca participação popular e uma condução política que não dialoga com a comunidade. Para um evento que deveria fortalecer a identidade cultural e a fé do povo de Alhandra, sobrou apenas o eco do palco vazio e a sensação de descaso.

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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