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Caso Guilherme: Laudo confirma que estudante foi atingido com um tiro de fuzil na cabeça

Em exames que contaram com parceria técnica da perícia da Polícia Federal –constatou que Guilherme foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça. De acordo com o perito Flavio Fabres, da PCPB, foi necessário reconstruir o crânio do jovem para se chegar a essa conclusão.

“Após a reconstituição, nós encontramos o orifício de entrada e orifício de saída no crânio”, disse Flávio, exibindo imagens do trabalho pericial realizado. Ele informou que somente nessa análise mais detalhada no corpo de Guilherme é que foi possível ‘montar’ os ossos da cabeça e visualizar os orifícios causados pelo disparo de arma de fogo.

Essa informações foram repassadas na nesta quinta-feira (24) durante  entrevista coletiva para esclarecer, as causas das mortes dos jovens Guilherme Pereira, 18 anos, e Ana Luzia, 17 anos, durante uma abordagem policial no bairro Muçumagro, em João Pessoa, na noite do dia 30 de novembro de 2024.

De acordo com as explanações, no dia do fato o IPC foi acionado para uma ocorrência de acidente de trânsito em Muçumagro. Guilherme e Ana – que estavam em uma moto – teriam colidido com o veículo em um poste, o que teria causado a morte do casal. O Instituto de Polícia Científica, então, realizou os procedimentos de perícia inerentes a casos de acidentes.

A Delegacia de Acidente de Veículos – que trata de ocorrências do tipo – começou a ouvir as pessoas envolvidos no episódio, e uma das testemunhas relatou que “houve disparo de arma de fogo” durante aquela abordagem realizada por policiais militares. Diante dessa informação – que não havia sido dada à Polícia Civil no dia do fato –, a 1ª Superintendência de Polícia Civil repassou as investigações para a Delegacia de Crimes contra a Pessoa (DCCPES) da capital.

A DCCPES retomou o trabalho investigativo com os procedimentos de praxe: oitiva de pessoas envolvidas no caso; requisição de exames periciais específicos; identificação dos policiais que estavam na ocorrência; informações sobre as armas utilizadas por eles; dentre outros procedimentos.

No decorrer das investigações, a própria DCCPES representou na justiça pela exumação dos corpos de Guilherme e Ana Luzia. Tanto o Ministério Público quanto o Poder Judiciário foram de acordo e permitiram que os cadáveres fossem novamente submetidos a análises periciais.

A informação correta

O superintendente da Polícia Civil na região de João Pessoa, delegado Cristiano Santana, lembrou que todos os exames periciais – inclusive a exumação dos corpos – foram requisitados pela delegada titular da DCCPES, Ana Luisa, no decorrer dos cinco meses de investigação do caso.

“Inicialmente, como a informação dada à Polícia Civil era de que se tratava de um acidente de trânsito, então o caso ficou com a Delegacia de Acidentes. Mas diante do relato de que houve tiros na ocorrência, de imediato nós repassamos o caso para a DCCPES, que requisitou todos os procedimentos necessários à apuração completa do caso”, declarou Santana.

Policial indiciado

Com base em todas as provas técnico-científicas apuradas pela Polícia Civil, o policial apontado como autor do disparo foi indiciado por duplo homicídio qualificado. A jovem Ana Luzia não foi atingida pelo tiro, mas acabou morrendo em decorrência da colisão da motocicleta no poste, o que, por sua vez, teve como fato motivador o disparo na cabeça de Guilherme, que conduzia a motocicleta.

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